05/08/2016

DIÁRIO DE LUTA/ CAPÍTULO 5: TALITA


Beto está no banheiro do apartamento, ouvindo o diálogo entre César, Luiza e Nuno.
-Foi pra isso que você veio? Pra se comportar como se fosse uma vagabunda?
-Você não vai falar assim comigo!
-Quem você pensa que é pra me chamar de "você"? E que moral você tem pra usar esse tom de voz comigo?
-Sou sua filha, não sua mulher. Por isso, não é de qualquer jeito que o senhor vai falar comigo.
-Apenas estou te tratando de acordo com a maneira como se comporta.
Nuno se levanta da cama, ainda enrolado ao lençol.
-Desculpa, Seu César, eu não queria que o senhor...
-Adiantaria alguma coisa se eu tivesse sido comunicado de que vocês dois protagonizariam essa pouca-vergonha debaixo do meu nariz? Pode fazer o que bem entender da sua vida, garoto. Mas das minhas filhas, cuido eu. E eu não admito, de maneira nenhuma, que uma filha minha assuma um papel que cabe a uma prostituta!
-Escuta só: em que mundo você vive, hein? Eu sou livre, dona da minha vontade e do meu corpo, posso fazer com eles o que eu quiser.
-Corpo esse que só se mantém em pé porque eu me mato numa clínica pra sustentar você, a sua irmã e a sua tia.
-Tava demorando pra jogar isso na minha cara, né?
-Luiza, é melhor não provocar o seu pai.
-Tá com medo dele, Nuno? O que você acha que vai acontecer? Ele achar que eu fiquei grávida e te obrigar a casar comigo, como se a gente fosse da idade média e eu fosse uma moça sem honra?
-Com certeza, isso você perdeu. Assim como o respeito que eu tinha por você.
-Você não respeita ninguém!- grita, alterada.
-Calma, Luiza- Nuno segura a moça.
-Se não for pedir muito, você pode abaixar o volume da sua voz? Porque até agora, eu tenho falado educadamente contigo...
-Eu não quero que você seja educado, e sim que seja sincero, pelo menos uma vez na sua vida!
-E quando eu fui falso com você? Hein?
-Com o mundo à sua volta. A começar pela minha mãe.
-O que você quer é que eu seja condescendente com suas vontades. Quem sabe, um amiguinho que passe a mão na sua cabeça todas as vezes que você comete uma besteira? Acontece, Luiza, que esse papel eu não pretendo desempenhar. Eu não sou seu amigo, e sim seu pai.
-Nem isso consegue ser.
-Acho melhor você sair daqui tranquilamente, do meu lado e com a sua irmã. Eu não quero um escândalo maior.
-Olha, Seu César, eu sei que não era pra ser desse jeito que as coisas tinham que acontecer, mas a verdade é que eu gosto...
-Pouco me importa o que você acha, rapaz. Pra mim, o que interessa é que de hoje em diante, você não vai chegar perto da minha filha.
-Isso não.
-O que foi que você disse?
-Na boa, o senhor acha mesmo que eu não gosto da sua filha? Que eu não tô afim de ficar com ela, de pedir a Luiza em namoro?
-Seu interesse é suficiente pra uma tarde na qual você consegue arrastar minha filha pra cama. Aliás, você não precisa fazer muito esforço pra isso. Mesmo porque o tesão de homem pode diminuir consideravelmente quando se tem a oportunidade de transar com uma mulher que faz questão de ser vulnerável.
-Cala a boca! O senhor, se não se tocou, tá dentro da minha casa, e eu não vou deixar que ofenda a Luiza...
Sem titubear, César afasta Luiza de Nuno e a puxa pelo braço.
-Se não se importa, eu tenho uma conversa pra ter com a minha filha, não tenho tempo pra fúria de adolescente romântico.
-Larga o braço dela agora!
-Caso contrário, vai fazer o quê?
-Seu César, eu tô falando numa boa! Deixa a Luiza em paz!
Nuno é agredido com um soco dado pelo médico.
-O que foi que você fez?- Luiza fica assustada com a agressividade do pai.
-Isso, Luiza, é o que vai te acontecer se você se atrever a me desobedecer de novo.
-Tá pensando que vai me meter medo, é, Seu César?- Nuno pergunta, limpando o ferimento labial com uma das mãos.
-Medo talvez não, mas cautela não vai te faltar. Só assim você vai entender que não vai ter próxima vez com a minha filha. Vamos, Luiza.
-Me larga, Pai.
-Vamos embora!- segura o braço da filha com mais força, levando-a para a sala. Hugo, Júlia e Talita estão apreensivos com a discussão- Vamos embora, Talita.
Nuno sai do quarto, ainda ensanguentado.
-O que foi que o senhor fez com meu irmão?- Júlia corre para amparar o rapaz.
-Dei a lição que a tua família se esqueceu de ensinar. Só espero não ter de repetir. Vamos logo!- César abre a porta, colocando Luiza pra fora do apartamento.
-Desculpa, Júlia.
-Tudo bem, Talita. Tudo bem. Vai com o teu pai, ele tá muito nervoso.
-Experimenta colocar o teu irmão na porta da minha casa de novo, Júlia. Aí você vai me ver nervoso mesmo- sinaliza pra que Talita saia do apartamento, e bate a porta.
Beto sai do banheiro e vê Júlia e Hugo nervosos, além de Nuno machucado.
-Que foi que houve?
-Ô, Hugo... – Júlia acena para que o rapaz leia os seus lábios- Leva o Nuno pro meu quarto e faz um curativo nele, tem uma caixinha de primeiros socorros lá no guarda-roupa.
Hugo conduz Nuno ao quarto e Beto se aproxima de Júlia.
-O que é que rolou aqui, Júlia?
-Por pouco você não se queimou com o pai da Talita. Se ele visse o clima entre você e ela, tinha sobrado pra você.
-Que clima, Júlia? Você tá viajando...
-Presta atenção, Beto. Eu já reparei que você anda flertando com a Talita, soltando umas indiretas, um papo... E eu até faço questão que vocês namorem... Mas você vai ter que dobrar o Dr. César, o pai dela.
-Tá, mas você tá falando isso por quê?
-Porque ele agrediu o meu irmão! Entrou que nem um louco quando Hugo abriu a porta e pegou os dois no quarto.
-Caramba...
-Se você gosta da Talita, toma cuidado com esse homem.
-Relaxa, Júlia. O pai da Talita não tem queixa nenhuma pra fazer de mim. Pra todos os efeitos, ele não me viu na festa, não sabe que eu tava aqui.
-Você vai usar isso a seu favor?
-Se for pra ficar com a Talita, por que não?

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Agora, no apartamento da família Telles, os ânimos estão exaltados. Fátima e Talita estão apreensivas com a irritação de César.
-Vê se não fica dando corda pra toda conversa mole que aparecer na porta daqui de casa. Se precisar resolver alguma coisa com relação às meninas, quem tem de dar a permissão sou eu, não você.
-César, você não estava em casa quando as meninas receberam o convite da festa. O próprio Nuno me pediu a permissão, em nome da Júlia...
-São maiores de idade, Fátima. Não têm controle ou supervisão alguma, fazem o que bem entendem. Você consegue perceber que eles poderiam ter oferecido álcool pras minhas filhas?
-Mas isso eles não fizeram.
-Como é que você sabe? Por acaso você viu o que eu vi? Um homem sem roupa, deitado numa cama bagunçada, depois de ter arrastado a Luiza pra lá?
-Parece que o senhor não faz questão de ver a verdade, só a parte que te interessa. O Nuno não me arrastou pra lugar nenhum. Eu dormi com ele porque quis.
-Pra me desafiar. Só pode ser por isso. Porque você adora me espezinhar, questionar a minha autoridade como pai!
-Nem tudo gira em torno do senhor. Eu não tô apaixonada pelo Nuno, eu não quero o Nuno pra mim, se é o que o senhor pensa. Acontece que eu me senti atraída e quis transar com ele. Qual é o problema? Por acaso você acha que só homem sente esse tipo de coisa, que mulher não sente nada?
-Acontece que, para o seu desprazer, Luiza, você não é uma mulher, e sim uma adolescente. Portanto, não é porque você simplesmente tem vontade que qualquer um precisa massagear o seu ego. Eu não estou falando de um capricho qualquer, e sim de sexo.
-Quer apostar quanto que você ia bater palma pra mim se eu fosse um menino?
-Mas não é. E é isso que me deixa com mais vergonha.
-Vergonha de quê, Dr. César? O que aconteceu na casa do Nuno não foi contra a minha vontade, não. Eu quis, eu desejei, eu senti prazer e pronto! Se eu quiser repetir, pode ser com ele, com outro, com quem for! Só que vai ser na hora que o meu corpo quiser.
-Definitivamente, você perdeu a compostura. Ouve bem o que você está falando. Você simplesmente está defendendo o direito de se tornar uma figurinha fácil, Luiza.
-Se engana, Pai. O que eu quero é ser feliz do meu jeito, sem interferência de ninguém.
-Como? Sendo embaixatriz da vulgaridade?
-Deixa de ser machista, Pai.
-Não, eu não posso, Luiza. Eu não posso deixar de ser machista porque existe uma coisa chamada "imposição de limite" que a gente aprende a colocar quando tem um filho, seja a gente homem ou mulher. Além do mais, eu não pretendo ser simpatizante da promiscuidade só porque você quer.
-Quer dizer que eu sou vagabunda porque defendo o direito de cada um de ser feliz, inclusive o meu?
-Luiza, eu não quero mais discutir com você.
-Mas eu quero. Quero bastante. Tô doida pra ouvir o que você pensa de mim, porque até agora, eu só fui xingada.
-Elogiada é que não vai ser, diante desse comportamento descabido. Vamos colocar de vez as cartas na mesa: enquanto você tiver debaixo do meu teto, segue a minha cartilha, exatamente como a sua irmã.
-Eu me mando. Eu fujo, eu vou pra qualquer lugar, só pra não ter de viver com o senhor.
-Ah, e vai viver com quem? Com a caquética da Hermínia? Vai viver de quê, Luiza? Do corpo?
-Qualquer coisa é melhor do que morar com o responsável pela morte da minha mãe.
-Claro... Agora você vai apelar pra chantagem sentimental. Aposto que aquela velha deve ter enchido sua cabeça contra mim, porque é típico dela.
-Não fala da minha avó.
-Falo como eu quiser, no tom que eu quiser! Você está na minha casa pra me ouvir e me obedecer!
-Vai fazer o quê? Me bater, como fez com o Nuno agora há pouco?
-César, por favor, não precisa fazer esse escândalo todo! A Luiza já se arrependeu do que fez, não é, minha filha?
-Nem um pouco!
-Para de me provocar, menina. Eu não quero, e não vou perder a cabeça com você.
-Pelo menos me batendo, ia mostrar que sente alguma coisa. Mas não. Por mim, você não sente nada. Você me adotou só porque minha mãe me queria, e quando viu que nem mesmo com o nascimento da Talita ia ser capaz de segurar o casamento, pulou fora. Não foi você que viu ela morrendo deprimida, esperando pelo dia que você pedisse pra voltar.
-Aquela velha conseguiu fazer minha caveira pra você... Só que, querendo ou não, eu sou o responsável por você e pela Talita. Aqui, quem dá as ordens sou eu. E você vai se comportar tanto dentro da minha casa como fora dela!
-Eu não tenho medo de você, se é isso que quer saber.
-Pouco me importa. O que você me deve é respeito, porque eu sou seu pai.
-Devia ter escolhido outra criança! Porque no meio de tanto menino, você tinha que ter me escolhido? Era pra você ter adotado um menino, que quando crescesse tivesse uma falha de caráter tão grande quanto a sua... – Luiza é interrompida por uma bofetada do pai, que assusta Talita e Fátima.
-Em tempo algum, vou admitir que a Talita e você me faltem com o respeito.
-E vai resolver isso de que...
-Cala a boca, que eu não acabei de falar.
-Eu que não vou ouvir mais nada... – Luiza tenta ir ao quarto, mas Cesar a segura com força.
-Pai, por favor, não bate nela de novo- Talita pede.
-Independente de você ser menina ou não, eu sou responsável por você e em algum momento amei você. Além disso, eu não tolero que questione se fui bom marido ou se sou bom pai. Enquanto você estiver sob a minha guarda, vai fazer o que eu quero. E se possível, sentir!
-Isso nunca.
-Um pai presente não era o que você queria? Pois agora eu vou ficar te vigiando bem de perto. Agora vai pro seu quarto. Vai com ela também, Talita.
-Esse tapa que você me deu eu não vou perdoar nunca.
-A sua desculpa não é do que eu preciso. Faço mais questão da sua obediência. Vão pro quarto, as duas.
-Boa noite- diz Talita.
-Boa noite- responde Fátima, transtornada. Sozinha com o irmão na sala, admite- No fundo, eu já desconfiava da mágoa que ela tinha de você... Só não imaginava que fosse tão grande.
-A recíproca é verdadeira.

////

O sábado seguinte mostra que os nervos continuam em estado de animosidade. Fátima almoça com César e as filhas. Decidida, inicia um diálogo com a sobrinha rebelde.
-Quer mais arroz, Luiza?
-Não, Tia, tá bom já. Obrigada.
-Você está comendo tão pouco.
-Vai acabar ficando doente desse jeito, Lu- alerta Talita.
-Nesse caso, é melhor comer, né? Pra evitar de dar mais despesas pros cofres da família- ironiza.
-A sua sorte é que eu acordei de ótimo humor. Portanto, eu não pretendo responder a qualquer provocação sua.
-E de que jeito você vai fazer isso, Pai? Dando na minha cara?
A campainha toca. César limpa a boca com um guardanapo e o joga sobre a mesa.
-Deixa que eu atendo a porta- levanta-se.
-Será que dá pra gente almoçar em paz, pelo menos hoje?
-Vê se me erra, Talita!
-Eu posso falar com o senhor, Dr. César?
-Beto? Tá fazendo o quê aqui?- Talita fica apavorada, com a possibilidade de mais uma briga.
-Ué, você conhece o Alberto?- César estranha a reação da filha.
-Peraí, vocês se conhecem?
-Ele é filho do Alberto Tavares Siqueira, que trabalha comigo no hospital há anos. Há quanto tempo nós não nos vemos, rapaz? A última vez que te vi você ainda era uma criança!
-Pois é, faz tempo mesmo. Eu queria conversar com o senhor a sós. Claro, se eu não estiver atrapalhando nada.
-Vamos ao meu escritório.
-Claro. Com licença- Beto fala de maneira tímida.
-Quer dizer que esse é o Beto de quem a Talita tanto fala?
-Ele mesmo, Tia. Mas o que ele quer tanto falar com meu pai sozinho?
-Só tem um jeito de saber, Talita- Luiza se levanta e puxa a irmã pelo braço- Vem comigo.
-Acorda, Luiza. Ele não vai deixar a gente entrar.
-Mas não pode proibir a gente de ouvir a conversa.
-Fiquem aqui as duas!- ordena Fátima- Vamos evitar de criar uma nova confusão com o César.
-Imagina, Tia. Meu pai só vai reclamar disso se nos vir, e eu garanto que não vai ser o caso. Vem, Talita- Luiza leva a irmã à porta do escritório.
Pensando estarem sozinhos, Beto e César começam a conversa, a portas fechadas.
-Seu pai pediu pra você vir até aqui pra me dar algum recado, Alberto?
-Não. O motivo que me trouxe até aqui não tem nada a ver com o meu pai. É sobre a sua filha, Talita.
-Pensei que havia me enganado, mas não; realmente vocês se conhecem. Posso saber de onde?
-Eu faço faculdade de jornalismo com a Júlia Romantini, que mora aqui no prédio com o irmão.
-Claro. Aquele irmão da Júlia... Sua colega de sala te contou o que o tal de Nuno aprontou com a minha filha mais velha, Luiza?
-Dr. César, não é do Nuno que eu vim falar, e sim de Talita.
-Sei. Mas você não me esclareceu de onde a conhece.
-Desde que suas filhas se mudaram pra esse prédio, começaram uma amizade com a Júlia. Como eu estou sempre visitando o apartamento, acabei me aproximando da Talita também.
-Fico muito feliz. Acredito que amizades como a sua possam render frutos saudáveis. Jamais ouvi queixa alguma com relação ao seu comportamento. Apenas estranhei que minha filha caçula nunca comentou qualquer coisa a seu respeito.
-Porque ele não nota as filhas- Luiza pensa em voz alta, atrás da porta.
-Fala baixo- Talita recrimina a irmã.
-Talvez ela esteja tímida de falar. Se mudou há pouco tempo pra cá, tudo é muito novo pra ela...
-Quem sabe, não é? Acho que está na hora de você pôr as cartas na mesa. O que de tão sério você tem pra falar sobre a Talita?
-Olha, eu pensei muito de falar com ela, mas achei melhor procurar o senhor.
-Uhum. Pra quê?
-Eu quero pedir a sua filha em namoro.

DEPOIMENTO

"Eu estava em casa quando comecei a passar mal. Pensei que era uma coisa sem importância, mas foi se repetindo. Insistiram pra que eu fizesse um exame e eu fiz, crendo que não ia dar em nada. Quando eu recebi o resultado, eu me senti morta. Tiraram meu chão. Procurei um médico, e ele me disse que o melhor tratamento que eu podia fazer era a quimioterapia. E meu câncer estava em estágio avançado. Resolvi contar ao meu marido, mas antes de dizer claramente o que eu tinha, perguntei se ele seria mesmo capaz de ficar do meu lado em qualquer circunstância. Ele me disse que sim, e isso me deu coragem pra contar. Comecei o tratamento há, mais ou menos, dois anos, e meu esposo me acompanhava. Pelo menos no início... Eu me vi em carne viva... E logo eu, que chamava a atenção, que era sempre elogiada pela beleza física, naquela situação? Muitas vezes, ele me dizia que foi justamente esse aspecto que o fez se interessar se interessar por mim. Como eu podia oferecer essa nova mulher, sem brilho de vida, debilitada e continuar um casamento que foi pautado por isso? Passei alguns meses internada, e quando estava pronta pra voltar pra casa, liguei pra saber se ele podia me buscar. Ainda me sentia muito fraca. Ninguém atendia, nem no telefone fixo, nem em casa. A minha irmã veio me buscar, e me levou pra casa. Assim que eu entrei, a primeira coisa que fiz foi pedir a minha irmã que me levasse até o quarto, onde eu abri o closet e não encontrei uma peça de roupa sequer que pertencesse a ele. Diante do meu desespero, ela chegou a me sugerir que eu passasse um tempo na casa dela, numa tentativa de me recuperar desse novo choque. Foi então que eu declarei: ʻnão se preocupe, eu vou conseguir ser forte. Vou ser forte aquiʼ. Isso não quer dizer, infelizmente, que eu não sinta a falta dele. Só de pensar que não o tenho mais, penso que vou enfraquecer de novo... Meu nome é Norma e tentar acreditar que o abandono não vai me vencer é a minha luta diária.
"

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