13/01/2025

NO LUGAR DO OUTRO | CENA 1

Aparecem os logos, em sequência, do Governo de Pernambuco, da Gerência Regional de Educação e da Escola de Referência em Ensino Médio Amaury de Medeiros. Um letreiro traz, em fonte menor, a palavra “apresenta”; e depois o título da obra audiovisual, projetando ao fundo um quebra-cabeças utilizado para representar as pessoas autistas.

(fundo musical: “Loucos” – introdução)

Ao fundo da imagem, vê-se o pátio da escola, com a câmera movimentando-se lentamente até que ela foca em Guto, entrando no local com uma pasta. Na direção contrária ao professor, entra uma aluna chamada Laís, que procura chegar até a sala de aula. Guto deixa a pasta cair antes que possa se aproximar da estudante. Ele recolhe os papeis sem se dar conta da presença de Laís, que para ao seu lado e pergunta:

LAÍS: Professor?

GUTO: (coloca-se de pé e utiliza a Libras tátil com a aluna) Laís? Como você sabe que eu estou aqui?

LAÍS: Conheci pelo perfume. Estou muito atrasada?

GUTO: Você chegou na hora certa. Pode entrar na sala.

LAÍS: (com uma mão apenas) Obrigada.

Os dois seguem em direções opostas. Laís passa por Tom, encostado a uma parede. Ele olha para a câmera.

TOM: A Laís é uma pessoa cega, e para se locomover ela usa uma bengala branca. Essa cor vai fazer com que as pessoas a reconheçam como alguém que perdeu totalmente a visão. Quando uma pessoa usa uma bengala verde, significa que ela possui baixa visão; para identificar alguém que é surdo e cego ao mesmo tempo, a bengala possui as cores branca e vermelha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário