Uma das consultas posteriores do jovem fora marcada
a alguns dias do primeiro encontro com Juliane. Nesse dia, a fisioterapeuta
havia combinado que ele apareceria no consultório a partir das duas da tarde. A
criatura pega um metrô cheio de vendedor de Flicts (acho que é assim que se
escreve), sendo abordado por adolescentes que pedem desculpas por incomodar a
sua paz, e que no fim, incomodam. Ao descer, pega um ônibus de integração lotado.
Todo esse percurso agonizante é pra dizer que... A mulher não estava lá quando
o adolescente chegou.
Erro
possível quando se trata da estonteante Juliane, fique você sabendo. Afinal,
aquele espetáculo de mulher não demorou mais do que quinze minutos. E o nosso
protagonista de dezesseis anos já sentia que a moça mantinha-se diferenciada
demais, sem explicar o porquê. Era amor? Claro que não! Ele apenas compartilhou
comigo a opinião de que havia um fenômeno da fisioterapia mundial perto dele.
Juliane pediu desculpas pelo atraso, mas garantiu que isso foi por conta do
carro dela. Eles entraram no consultório. Com seu charme, a fisioterapeuta
segurava uma lata de Coca-cola, justificando que passou na lanchonete antes de
encontrá-lo do corredor. Sobre a mesa que ficava próxima, pôs o recipiente do
refrigerante. Pediu que o garoto sentasse na cadeira enquanto ela verificava a
quantas andava o processo de recuperação do pé. Sem querer, o rapaz derrubou a
lata em cima do jaleco dela. Pediu perdão diversas vezes, mas foi advertido de
que estava tudo bem. Juliane foi até uma sala ao lado e garantiu que trocaria a
vestimenta, pois havia guardado outra no caso precisasse - ou caso teria acesso
a esse roteiro, né? Só sendo.
Vamos
ao que interessa: deixou a porta entreaberta. Ao tirar o jaleco, percebeu que
sua blusa rosa decotada também acabou sendo manchada. O resultado é que a troca
acabou povoando a mente do adolescente por dias. Como não tinha nenhuma blusa
reserva, vestiu o novo jaleco e pronto. Não foi sensual, apenas uma mera troca
de roupa. Mas eu quero ibope, entenda. Voltando aos exames, Juliane comunicou
que era necessário ele voltar outras vezes. Lógico que ele não prestou atenção,
tinha um botão aberto. O tal decote era valorizado. Ela percebeu, soltou um
sorriso e propôs que ele prestasse atenção na proposta de voltar à clínica.
Bom, se não voltar, 97% dos leitores masculinos vão arrumar uma boa desculpa
para comparecer. Os outros 3% ainda perdem tempo pensando que darei o endereço.
(escrita por Thiago Barros e Vinícius Assis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário