-O que foi? Pirou de vez? Onde é que
você me ouviu falando isso?
-Não mente pra mim, nem tenta me fazer
de idiota! Eu ouvi pela extensão quando estava lá embaixo.
-Você ouviu a minha conversa? Deu pra
isso agora? Tá me vigiando?
-Não foge do assunto, Vinícius! Você
tá planejando alguma coisa contra a Bete e quer usar o Fábio como isca. Melhor
você me contar o que está acontecendo!
-Eu não tenho nada pra conversar com o
senhor, e muito menos sobre essa pessoa, que eu nem sei quem é.
-Nada me tira da cabeça que você está
mentindo.
-Pense o que quiser.
-O que deu em você? Virou criminoso ou
está querendo virar?
-Seja lá de onde você tirou que eu
quero matar alguém, é mentira!
-Realmente, você acha que eu nasci
ontem?
-Não me interessa quando foi, tô pouco
me lixando! Só quero que você me deixe em paz!
-Pra cometer o seu crime em paz?
-Pai, eu já tô perdendo a paciência
contigo!
-Antes isso do que a liberdade, que
você vai perder dentro de alguns dias.
-Você pirou?
-Pior que não. A Bete tem alguma coisa
a ver com a morte da Victória, não tem?
-A Bete?
-Eu fiquei encarregado de investigar
as denúncias que a Gabriela fez. Ela acusou essa garota de drogar o Fábio pra
que ele tivesse uma overdose e de atirar no Eduardo, e suspeita também de que
foi ela que mandou o carinha matar o irmão dela no hospital.
-Por acaso a Gabriela provou alguma
coisa? Ela tá trabalhando pra polícia agora?
-Só que existe um detalhe que a
polícia descobriu e que envolve essa menina: o dia da morte da Victória.
-O que é que tem isso?
-Você se lembra de uma empresa de
segurança que ficava atrás do colégio, logo na rua que muitos dos alunos saem
depois da aula?
-Sei, a Vigilantes do Recife. Sei
também que tinha fechado há um tempo. O que é que tem ela?
-O circuito de câmeras da empresa não
foi desativado assim que o prédio foi desocupado. E por esses dias, o
responsável pela segurança do edifício viu as filmagens da morte da Victória.
Registraram o rosto dos dois assaltantes.
-Quer dizer que descobriram?
-Descobriram sim. E um deles, o que
atirou na Victória, era justamente o que dirigia o carro quando eles fugiram
pela tentativa de assassinato contra Eduardo. Já o que entrou no hospital e se
fez passar por médico era o que a Victória empurrou pra se defender. Sabe o que
esses dois tinham em comum? Os dois foram acusados pela Gabriela de terem sido
enviados pela Bete. O que ela tinha contra a Victória pra querer matá-la? Diz,
Vinícius! O que é que você sabe?
-Eu não sei de nada, já te falei!
-Quer que a polícia te indicie como
cúmplice daquela garota? Pra achar as provas de que ela é criminosa é só
questão de tempo. Diz o que você sabe, não fica calado...
-Tá bom, foi ela! Para de me torturar!
Foi ela que matou a Victória! Tá satisfeito?
-Você está me dizendo que... Uma garota
mata a sua namorada e você fica calado? Não me procurou por quê, Vinícius? Era
isso que você tinha que fazer desde o começo! Por que você ficou calado?
-Porque ela matou o Diego! Ele não
morreu por acidente, morreu porque foi ela que matou!
-O Diego também? Você sabia o tempo
todo e ficou em silêncio? Aquela desgraçada quase acabou com as vidas de
Eduardo e Gabriela! E você ia assistir a tudo, sabendo da culpa dela?
-Eu ouvi ela dizendo que matou o
Diego.
-Dizendo pra quem?
-Pra ninguém! A Bete é louca, admitiu
sozinha! Eu ouvi quando ela disse que matou o Diego e bati de frente com ela.
Aquela infeliz tentou acabar comigo me jogando da escada do sobrado onde mora!
E, como não conseguiu, armou a mão dos outros pra matar a Victória! Você
entende agora por que eu quero me vingar? A Victória morreu por culpa dela!
-E é justo que os outros paguem por
causa da maldade daquela garota?
-Eu invadi a casa da Bete e descobri
por que ela quer destruir todo mundo que rodeia o Fábio. Entreguei a prova pra
Alice, e ela conseguiu afastar a assassina do filho dela!
-Não consigo digerir tudo o que você
está me dizendo.
-Ninguém vai sentir a falta daquela
cachorra! Deixa eu acabar com ela, para de se meter na minha vida!
-Caso contrário o quê? Vai me matar
como ela fez com a Victória?
-Se eu me calei sobre a Vicky foi pra
que a Bete não fosse atrás de você também!
-Pra mim, você é tão cúmplice quanto
ela!
-Você não entende? Eu fiz isso porque
me importo com você!
-Agora? Depois desse rastro de sangue?
Se eu não tivesse ouvido pela extensão, você ia virar um assassino! Foi pra
isso que eu te criei? Fala!
-Quer acordar pra vida? Os dois caras
que assaltaram a Victória morreram, eles não vão contar que foi a Bete que
mandou eles darem um fim nela! A polícia não tem prova de que ela é traficante,
de que foi ela quem drogou o Fábio, que matou o Diego, que mandou matar a
Victória, que tentou matar a Gabriela, que mandou matarem o Eduardo! Tem?
Então, deixa eu me livrar desse estorvo sozinho!
Luciano dá uma bofetada no rosto do
filho, que fica abalado com as declarações feitas ao pai.
-Ouve bem o que você diz, Vinícius.
Ouve, porque você não vai trazer a Victória de volta pra sua vida. O máximo que
você vai conseguir é se igualar à assassina da tua namorada.
-Já fiquei de braços cruzados muito tempo.
Quer que eu faça o quê, Pai? Que eu deixe ela ficar sem pagar?
-Vai pagar, sim. Só que pela mão da
justiça.
-Eu já te falei que a polícia não tem
prova de nada que acuse a Bete.
-Mas você vai arranjar. Agora que você
bolou esse encontro vindouro com ela, vamos aproveitar a oportunidade e fazer
ela confessar cada crime que cometeu.
Vinícius, no dia seguinte, visita
Fábio no centro de apoio.
-Que bom que você veio. Tenho que te
contar uma coisa.
-Fala, então.
-Depois que você me contou toda a
história, a Gabriela veio me visitar.
-Vocês se entenderam, finalmente?
-Pois é. Agora eu tenho um motivo bom
pra sair daqui o quanto antes: não decepcionar a Gabriela nunca mais.
-Imagino que teus pais ficaram felizes
com isso.
-E vão ficar mais. O centro me deu autorização
pra visitar os dois amanhã.
-Que bom. Legal mesmo.
-O que é que você tem, Vinícius?
-Fábio, eu não devia falar, mas...
-O que foi, cara?
-Meu pai pediu segredo, eu não posso
falar, mas... Uma hora ou outra, você vai saber.
-Saber do quê? Alguma coisa a ver com
aquela bandida?
-Pior que sim. Mas, Fábio, não fala
pra ninguém.
-Tá me matando de ansiedade, fala
logo!
-Amanhã, o meu pai e eu... A gente vai
pegar a Bete.
-Como assim? O que é que vocês estão
amando?
-Olha, eu liguei pra ela e marquei um encontro.
-Onde e quando?
-Sabe aquela fábrica que vendia água
mineral e que fechou há um tempo?
-Aquela empresa... Como é que era o
nome mesmo? A Nova Cristalina, é essa?
-Sim, é essa mesmo. O depósito ficou
às moscas depois que a fábrica fechou.
-Tá, mas como vocês vão fazer pra que
a Bete vá até lá? Vocês, pelo menos, inventaram um bom pretexto pra ela ir a um
lugar deserto com aquele?
-Quando eu liguei, foi ela mesmo que
sugeriu esse lugar, porque o sobrado dá muito na vista. Como meus trampos na
agência rarearam, fiquei devendo uma grana preta pra ela: dez mil.
-Isso tudo, Vinícius?
-Se teus pais não tivessem sacado que
você era viciado, a essas alturas você ia dever bem mais.
-Tá, e esse dinheiro que você tá
devendo? Era o pretexto que você usou quando ligou pra Bete?
-Um deles. O que eu falei é que sabia
de uma forma de acabar com você.
-Certo, e ela pensa que você vai me
entregar de bandeja.
-Exatamente.
-Alguma desculpa você vai ter que
inventar.
-Hoje eu liguei pra ela e marquei pra
amanhã, às nove da manhã, o encontro com ela.
-Mas como é que a grana que você tá
devendo entra nessa história?
-Digo que entrego você de bandeja e,
em troca, ela perdoa a minha dívida.
-E o teu pai?
-Instala câmeras escondidas e uma
escuta em mim. Faço ela confessar os crimes que ela cometeu.
-Vinícius, pelo pouco que eu conheço a
Bete, ela não vai falar assim tão fácil.
-Eu sei que ela matou o Diego e a
Victória. Pra mim, não vai ter como negar.
-Cara, e se... Esquece.
-Termina, Fábio.
-Você é o único que sabe que o Diego
morreu porque ela matou.
-Não mais. Meu pai e você também
sabem.
-Só que a gente não ouviu isso da boca
dela, como você.
-Qual é o teu medo, Fábio?
-Sinceramente? De que ela não pense
duas vezes em te matar.
-Isso não vai rolar. Eu me garanto.
-Nem você sabe como fazer isso. Para
de se fazer de forte, Vinícius. Você sabe muito bem que aquela garota não vale
nada.
-Que coincidência... Eu também não.
Bico fechado, hein?
-Onde é que você vai?
-Ter uma noite de descanso. Amanhã o
dia vai ser puxado, mas vai valer a pena.
-Deixa o Luciano agir, Vinícius. Não
toma nenhuma atitude pra se arrepender depois.
-Mandar aquele lixo pro inferno não é
nada que eu possa me arrepender. Torce pela gente- Vinícius deixa o quarto.
-Vinícius, me ouve! Volta aqui,
Vinícius! Vinícius!
Quando amanhece, Priscila, uma das
voluntárias do centro de apoio, leva Fábio até a porta do imóvel, onde ambos
esperam pelo táxi que vai levá-lo à mansão.
-Finalmente vai poder sentir o carinho
dos seus pais de novo.
-Mal vejo a hora, Priscila.
-Pensei que você fosse ficar mais
animado com o reencontro.
-Não é um reencontro, pra falar a
verdade.
-Como assim, Fábio? Você não vai pra
casa?
-Não, eu vou, é que... – começa a
mentir- Eles vinham aqui de vez em quando. Morro de saudade da minha casa, eles
eu via até com certa frequência.
-Tem razão. Olha aí, o seu táxi
chegou. Estranhei que o Seu Caio e a Dona Alice não tenham vindo te buscar.
-O carro da minha mãe tá quebrado, e o
dele... O meu pai resolveu trocar por esses dias. Obrigado por me emprestar o
dinheiro do táxi.
-Imagina, depois você me paga. Quando
você voltar, eu quero que me conte tudo que houve.
-Pode deixar. Até mais tarde- Fábio
entra no veículo, que começa a trafegar pela zona leste da cidade.
-Pra onde mesmo que a gente vai, moço?
-Sabe onde ficava a fábrica da Nova
Cristalina? Toca pra lá.
Eduardo e Gabriela estão tomando café da
manhã com Ariane, que toca no tema do retorno temporário de Fábio pra casa.
-Quer dizer que ele vai voltar hoje pra casa?
-Finalmente, Mãe!
-Sabe no que eu pensei?- Da gente passar no
shopping antes e comprar um presente pra ele!- sugere Eduardo.
-Você tá bem animado, hein, mano?
-É, Gabi. Chega de tristeza. Meu amigo tá
voltando pra casa e esse pesadelo de droga acabou de vez!
-Uma pena que ninguém conseguiu
comprovar as mentiras daquela criminosa- Ariane vê o sorriso da filha desparecer
rapidamente- Está tudo bem, querida?
-O que foi, Gabriela?
-Tive um pressentimento, um aperto no
peito.
-Com o Fábio?
-Não sei, Eduardo. Não sei se foi com
ele, mas eu não gostei nada disso.
Vinícius já está na fábrica abandonada
à espera de Bete, que chega num táxi estacionado, a seu pedido, um pouco
distante do prédio desativado. A moça entra no local e o rapaz liga para o seu
celular.
-Já cheguei. Subiu até o primeiro
andar, como eu te falei pelo celular?
-A porta tá aberta, tô esperando aqui.
A traficante vai atrás do modelo e
caminha devagar, olhando para todos os lados, desconfiando de que a polícia
esteja à sua espera. Fábio, por sua vez, desce do seu táxi exatamente em frente
ao prédio. O rapaz em tratamento contra as drogas paga ao motorista e abandona
o veículo, entrando também a passos lentos. De longe, avista Bete subindo às
escadas, e toma cautela para não ser percebido pela criminosa, que chega à sala
e inicia uma conversa com Vinícius, deixando a porta entreaberta, cuja brecha
permite que o filho de Alice e Caio assista ao diálogo.
-Tomara que essa ideia do Luciano dê
certo- torce Fábio.
-Pra
quê você quis me encontrar aqui, nesse lugar?
-Você
quem quis me ver, Vinícius. Achei que era melhor a gente vir até aqui.
-Que
é isso, Bete? Medo da polícia?
-Nem
da polícia, nem de ninguém. Olha só, se é pra falar da tua dívida comigo,
esquece que eu não vou...
-Eu
tenho o que você quer. Quer dizer, eu acho que posso te dar.
-Então,
você conseguiu a grana que estava me devendo?
-O
que eu tenho pra te fazer é uma troca. Com mais vantagem pra você do que pra
mim.
-Melhor
você parar de blefar comigo, Vinícius. O que eu quero de você são os dez mil
reais que você me deve, mais nada.
-Tem
uma coisa que te importa bem mais do que isso, Bete.
-Posso
saber o quê?
-Acabar
com o Fábio, de uma vez por todas.
-O
que é que você tem a ver com o Fábio?
-Eu
sei por que você odeia o Fábio, por que quer destruir a vida do cara.
-Sabe
do quê, Vinícius?
-De
tudo. Acabei ficando amigo do cara, ele me contou tudo da vida dele depois que
a gente ficou próximo. Uma amizade que você mesma ajudou a começar. O Fábio já
sabe que você não deu ponto sem nó, Bete. Sabe que você odeia a mãe dele, e que
por isso manipulou o Fábio contra a Gabriela, que me usou pra que ele se drogasse
como a gente...
-“A
gente”? Aceita uma coisa, Vinícius: o controle da situação sempre foi meu. Não
me coloca na mesma laia que você e o Fábio! O que você quer, afinal?
-Uma
troca razoável, Bete: você perdoa a minha dívida e eu te conto como destruir o
Fábio.
Através
de um espelho existente na sala, a ex-namorada de Diego vê o sobrinho espiando
a conversa e pensa que ele está mancomunado com o problemático modelo.
-Pensando
bem... – Bete tira uma arma da calça e aponta para Vinícius- Melhor fazer uma
mudança de planos.
-Que
é isso? Abaixa essa arma, Bete!
-Pensando
o quê, seu imbecil? Que eu sou idiota, igual a você?
-Bete,
abaixa a arma!
-Implorando
pela vida, que lindo... Mas não me convence de jeito nenhum!
-Larga
esse revólver, Bete, eu tô te pedindo!
-Que
revólver? Ficou maluco? Não tem arma nenhuma aqui. Assim como não tem nenhuma
confissão minha. Quer me incriminar, cretino? Aposto que deve ter um gravador
escondido em você, pronto pra qualquer escorregada que eu der, não é?
-Eu
já sei tudo sobre você, Bete; todo mundo sabe agora, inclusive o Fábio.
-Ótimo.
Não preciso me esconder mais de ninguém, vai ser um jogo limpo a partir de
agora. Vou começar fazendo um favor ao mundo e me livrando de um verme: você.
Adeus, Vinícius...
A
vilã vira de costas e atira contra a parede, deixando Vinícius desesperado
quando este percebe a proximidade de Fábio da sala.
-Fábio!
-Aparece,
desgraçado! Aparece na minha frente!
Com
medo, o adolescente deixa de se esconder e fica frente a frente com Bete.
Vinícius teme pela vida do jovem.
-Os
dois juntos, e ainda por cima pra armar contra mim? Essa é nova!
-Bete,
não faz essa besteira. Abaixa o revólver. Teu problema é comigo, não é com o
Vinícius.
-Esse
traíra pensou que ia me passar a perna, mas se ferrou ainda mais comigo. Eu não
vou me esquecer disso, e sabe por quê, Fábio? Porque ninguém que me enfrenta
ficou vivo pra contar a história.
-Tá
falando de quem exatamente? Do Diego, que você matou?
-Não
toca no nome dele!- a antagonista grita para o adolescente.
-E
a Victória? Hein?- Vinícius provoca a moça- O que ela te fez pra acabar do
mesmo jeito que o Diego, assassina?
-Não
fui eu que matei a Victória, Vinícius: foi você quem matou. Quem apertou o
gatilho foi você.
-Desgraçada!-
Vinícius tenta agredir Bete, mas é contido por Fábio.
-Não
chega perto de mim...
-Você
não vai atirar na gente.
-Em
você, principalmente!
-Ainda
não. Não sem antes ouvir o quanto eu tenho nojo de você! Eu não tenho culpa do
que te aconteceu quando você era criança!
-Pode
não ter, mas vai pagar do mesmo jeito! A não ser que você ajoelhe e peça pra te
deixar vivo. Pede, Fábio.
-Quer
que eu me humilhe pra você, é isso?
-Não
faz isso, Fábio!
-Ah,
ele vai fazer! Pode ficar certo que ele vai fazer, se quiser salvar a sua vida
e a dele. E então, Fábio? Vai se humilhar ou assinar a sentença de morte, sua e
do Vinícius?
-Agora
eu tenho que abaixar a cabeça e pedir desculpa porque você matou meio mundo de
gente?
-E
ainda foi pouco. O principal alvo ainda tá vivo, mas por pouco tempo. Isso eu
te garanto.
-Por
mim, você pode atirar.
-Tão
tranquilo assim por quê?
-Porque
você não precisa mais se esconder. Todo mundo sabe quem é você. Mas se você tá
esperando que me humilhe, peça perdão, apele pra você me deixar vivo, tá
enganada.
-Pior
pra você. Porque assim vai ser mais rápido de me livrar de você de uma vez por
todas. Sabe qual é a lição que você vai levar desse mundo, Fábio? “Ninguém é
páreo pra mim’!
-Não?-
Vinícius retira das costas uma arma e aponta pra traficante.
-Ah,
o plano não era pra me entregar pra polícia? Era pra me matar?
-Abaixa
o revólver e deixa o Fábio sair do prédio.
-Pra
quê? Você vai atirar com ele aqui dentro ou sem, não faz diferença.
-Solta
a arma, Bete!
-Planejou
tudo direitinho, hein, Vinícius? Eu sempre achando que você era um zero a
esquerda, mas agora você me surpreendeu. Quer atirar em mim? Atira, mas vê se
acerta logo! Porque se não acertar, eu não vou pensar duas vezes em tirar você
e o Fábio do meu caminho. Atira, seu verme! Atira!
-Vinícius,
não faz isso! Ela tá te provocando, cara! Você não é assassino como ela, larga
essa arma, por...
Fábio
se assusta com o disparo efetuado por Vinícius e Bete leva a mão esquerda ao
ventre.
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