07/07/2017

VIDA LOUCA/ CAPÍTULO 34: HERÓI DOS PIVETES (PENÚLTIMO CAPÍTULO)

-O que foi? Pirou de vez? Onde é que você me ouviu falando isso?
-Não mente pra mim, nem tenta me fazer de idiota! Eu ouvi pela extensão quando estava lá embaixo.
-Você ouviu a minha conversa? Deu pra isso agora? Tá me vigiando?
-Não foge do assunto, Vinícius! Você tá planejando alguma coisa contra a Bete e quer usar o Fábio como isca. Melhor você me contar o que está acontecendo!
-Eu não tenho nada pra conversar com o senhor, e muito menos sobre essa pessoa, que eu nem sei quem é.
-Nada me tira da cabeça que você está mentindo.
-Pense o que quiser.
-O que deu em você? Virou criminoso ou está querendo virar?
-Seja lá de onde você tirou que eu quero matar alguém, é mentira!
-Realmente, você acha que eu nasci ontem?
-Não me interessa quando foi, tô pouco me lixando! Só quero que você me deixe em paz!
-Pra cometer o seu crime em paz?
-Pai, eu já tô perdendo a paciência contigo!
-Antes isso do que a liberdade, que você vai perder dentro de alguns dias.
-Você pirou?
-Pior que não. A Bete tem alguma coisa a ver com a morte da Victória, não tem?
-A Bete?
-Eu fiquei encarregado de investigar as denúncias que a Gabriela fez. Ela acusou essa garota de drogar o Fábio pra que ele tivesse uma overdose e de atirar no Eduardo, e suspeita também de que foi ela que mandou o carinha matar o irmão dela no hospital.
-Por acaso a Gabriela provou alguma coisa? Ela tá trabalhando pra polícia agora?
-Só que existe um detalhe que a polícia descobriu e que envolve essa menina: o dia da morte da Victória.
-O que é que tem isso?
-Você se lembra de uma empresa de segurança que ficava atrás do colégio, logo na rua que muitos dos alunos saem depois da aula?
-Sei, a Vigilantes do Recife. Sei também que tinha fechado há um tempo. O que é que tem ela?
-O circuito de câmeras da empresa não foi desativado assim que o prédio foi desocupado. E por esses dias, o responsável pela segurança do edifício viu as filmagens da morte da Victória. Registraram o rosto dos dois assaltantes.
-Quer dizer que descobriram?
-Descobriram sim. E um deles, o que atirou na Victória, era justamente o que dirigia o carro quando eles fugiram pela tentativa de assassinato contra Eduardo. Já o que entrou no hospital e se fez passar por médico era o que a Victória empurrou pra se defender. Sabe o que esses dois tinham em comum? Os dois foram acusados pela Gabriela de terem sido enviados pela Bete. O que ela tinha contra a Victória pra querer matá-la? Diz, Vinícius! O que é que você sabe?
-Eu não sei de nada, já te falei!
-Quer que a polícia te indicie como cúmplice daquela garota? Pra achar as provas de que ela é criminosa é só questão de tempo. Diz o que você sabe, não fica calado...
-Tá bom, foi ela! Para de me torturar! Foi ela que matou a Victória! Tá satisfeito?
-Você está me dizendo que... Uma garota mata a sua namorada e você fica calado? Não me procurou por quê, Vinícius? Era isso que você tinha que fazer desde o começo! Por que você ficou calado?
-Porque ela matou o Diego! Ele não morreu por acidente, morreu porque foi ela que matou!
-O Diego também? Você sabia o tempo todo e ficou em silêncio? Aquela desgraçada quase acabou com as vidas de Eduardo e Gabriela! E você ia assistir a tudo, sabendo da culpa dela?
-Eu ouvi ela dizendo que matou o Diego.
-Dizendo pra quem?
-Pra ninguém! A Bete é louca, admitiu sozinha! Eu ouvi quando ela disse que matou o Diego e bati de frente com ela. Aquela infeliz tentou acabar comigo me jogando da escada do sobrado onde mora! E, como não conseguiu, armou a mão dos outros pra matar a Victória! Você entende agora por que eu quero me vingar? A Victória morreu por culpa dela!
-E é justo que os outros paguem por causa da maldade daquela garota?
-Eu invadi a casa da Bete e descobri por que ela quer destruir todo mundo que rodeia o Fábio. Entreguei a prova pra Alice, e ela conseguiu afastar a assassina do filho dela!
-Não consigo digerir tudo o que você está me dizendo.
-Ninguém vai sentir a falta daquela cachorra! Deixa eu acabar com ela, para de se meter na minha vida!
-Caso contrário o quê? Vai me matar como ela fez com a Victória?
-Se eu me calei sobre a Vicky foi pra que a Bete não fosse atrás de você também!
-Pra mim, você é tão cúmplice quanto ela!
-Você não entende? Eu fiz isso porque me importo com você!
-Agora? Depois desse rastro de sangue? Se eu não tivesse ouvido pela extensão, você ia virar um assassino! Foi pra isso que eu te criei? Fala!
-Quer acordar pra vida? Os dois caras que assaltaram a Victória morreram, eles não vão contar que foi a Bete que mandou eles darem um fim nela! A polícia não tem prova de que ela é traficante, de que foi ela quem drogou o Fábio, que matou o Diego, que mandou matar a Victória, que tentou matar a Gabriela, que mandou matarem o Eduardo! Tem? Então, deixa eu me livrar desse estorvo sozinho!
Luciano dá uma bofetada no rosto do filho, que fica abalado com as declarações feitas ao pai.
-Ouve bem o que você diz, Vinícius. Ouve, porque você não vai trazer a Victória de volta pra sua vida. O máximo que você vai conseguir é se igualar à assassina da tua namorada.
-Já fiquei de braços cruzados muito tempo. Quer que eu faça o quê, Pai? Que eu deixe ela ficar sem pagar?
-Vai pagar, sim. Só que pela mão da justiça.
-Eu já te falei que a polícia não tem prova de nada que acuse a Bete.
-Mas você vai arranjar. Agora que você bolou esse encontro vindouro com ela, vamos aproveitar a oportunidade e fazer ela confessar cada crime que cometeu.

Vinícius, no dia seguinte, visita Fábio no centro de apoio.
-Que bom que você veio. Tenho que te contar uma coisa.
-Fala, então.
-Depois que você me contou toda a história, a Gabriela veio me visitar.
-Vocês se entenderam, finalmente?
-Pois é. Agora eu tenho um motivo bom pra sair daqui o quanto antes: não decepcionar a Gabriela nunca mais.
-Imagino que teus pais ficaram felizes com isso.
-E vão ficar mais. O centro me deu autorização pra visitar os dois amanhã.
-Que bom. Legal mesmo.
-O que é que você tem, Vinícius?
-Fábio, eu não devia falar, mas...
-O que foi, cara?
-Meu pai pediu segredo, eu não posso falar, mas... Uma hora ou outra, você vai saber.
-Saber do quê? Alguma coisa a ver com aquela bandida?
-Pior que sim. Mas, Fábio, não fala pra ninguém.
-Tá me matando de ansiedade, fala logo!
-Amanhã, o meu pai e eu... A gente vai pegar a Bete.
-Como assim? O que é que vocês estão amando?
-Olha, eu liguei pra ela e marquei um encontro.
-Onde e quando?
-Sabe aquela fábrica que vendia água mineral e que fechou há um tempo?
-Aquela empresa... Como é que era o nome mesmo? A Nova Cristalina, é essa?
-Sim, é essa mesmo. O depósito ficou às moscas depois que a fábrica fechou.
-Tá, mas como vocês vão fazer pra que a Bete vá até lá? Vocês, pelo menos, inventaram um bom pretexto pra ela ir a um lugar deserto com aquele?
-Quando eu liguei, foi ela mesmo que sugeriu esse lugar, porque o sobrado dá muito na vista. Como meus trampos na agência rarearam, fiquei devendo uma grana preta pra ela: dez mil.
-Isso tudo, Vinícius?
-Se teus pais não tivessem sacado que você era viciado, a essas alturas você ia dever bem mais.
-Tá, e esse dinheiro que você tá devendo? Era o pretexto que você usou quando ligou pra Bete?
-Um deles. O que eu falei é que sabia de uma forma de acabar com você.
-Certo, e ela pensa que você vai me entregar de bandeja.
-Exatamente.
-Alguma desculpa você vai ter que inventar.
-Hoje eu liguei pra ela e marquei pra amanhã, às nove da manhã, o encontro com ela.
-Mas como é que a grana que você tá devendo entra nessa história?
-Digo que entrego você de bandeja e, em troca, ela perdoa a minha dívida.
-E o teu pai?
-Instala câmeras escondidas e uma escuta em mim. Faço ela confessar os crimes que ela cometeu.
-Vinícius, pelo pouco que eu conheço a Bete, ela não vai falar assim tão fácil.
-Eu sei que ela matou o Diego e a Victória. Pra mim, não vai ter como negar.
-Cara, e se... Esquece.
-Termina, Fábio.
-Você é o único que sabe que o Diego morreu porque ela matou.
-Não mais. Meu pai e você também sabem.
-Só que a gente não ouviu isso da boca dela, como você.
-Qual é o teu medo, Fábio?
-Sinceramente? De que ela não pense duas vezes em te matar.
-Isso não vai rolar. Eu me garanto.
-Nem você sabe como fazer isso. Para de se fazer de forte, Vinícius. Você sabe muito bem que aquela garota não vale nada.
-Que coincidência... Eu também não. Bico fechado, hein?
-Onde é que você vai?
-Ter uma noite de descanso. Amanhã o dia vai ser puxado, mas vai valer a pena.
-Deixa o Luciano agir, Vinícius. Não toma nenhuma atitude pra se arrepender depois.
-Mandar aquele lixo pro inferno não é nada que eu possa me arrepender. Torce pela gente- Vinícius deixa o quarto.
-Vinícius, me ouve! Volta aqui, Vinícius! Vinícius!

Quando amanhece, Priscila, uma das voluntárias do centro de apoio, leva Fábio até a porta do imóvel, onde ambos esperam pelo táxi que vai levá-lo à mansão.
-Finalmente vai poder sentir o carinho dos seus pais de novo.
-Mal vejo a hora, Priscila.
-Pensei que você fosse ficar mais animado com o reencontro.
-Não é um reencontro, pra falar a verdade.
-Como assim, Fábio? Você não vai pra casa?
-Não, eu vou, é que... – começa a mentir- Eles vinham aqui de vez em quando. Morro de saudade da minha casa, eles eu via até com certa frequência.
-Tem razão. Olha aí, o seu táxi chegou. Estranhei que o Seu Caio e a Dona Alice não tenham vindo te buscar.
-O carro da minha mãe tá quebrado, e o dele... O meu pai resolveu trocar por esses dias. Obrigado por me emprestar o dinheiro do táxi.
-Imagina, depois você me paga. Quando você voltar, eu quero que me conte tudo que houve.
-Pode deixar. Até mais tarde- Fábio entra no veículo, que começa a trafegar pela zona leste da cidade.
-Pra onde mesmo que a gente vai, moço?
-Sabe onde ficava a fábrica da Nova Cristalina? Toca pra lá.

Eduardo e Gabriela estão tomando café da manhã com Ariane, que toca no tema do retorno temporário de Fábio pra casa.
-Quer dizer que ele vai voltar hoje pra casa?
-Finalmente, Mãe!
-Sabe no que eu pensei?- Da gente passar no shopping antes e comprar um presente pra ele!- sugere Eduardo.
-Você tá bem animado, hein, mano?
-É, Gabi. Chega de tristeza. Meu amigo tá voltando pra casa e esse pesadelo de droga acabou de vez!
-Uma pena que ninguém conseguiu comprovar as mentiras daquela criminosa- Ariane vê o sorriso da filha desparecer rapidamente- Está tudo bem, querida?
-O que foi, Gabriela?
-Tive um pressentimento, um aperto no peito.
-Com o Fábio?
-Não sei, Eduardo. Não sei se foi com ele, mas eu não gostei nada disso.

Vinícius já está na fábrica abandonada à espera de Bete, que chega num táxi estacionado, a seu pedido, um pouco distante do prédio desativado. A moça entra no local e o rapaz liga para o seu celular.
-Já cheguei. Subiu até o primeiro andar, como eu te falei pelo celular?
-A porta tá aberta, tô esperando aqui.
A traficante vai atrás do modelo e caminha devagar, olhando para todos os lados, desconfiando de que a polícia esteja à sua espera. Fábio, por sua vez, desce do seu táxi exatamente em frente ao prédio. O rapaz em tratamento contra as drogas paga ao motorista e abandona o veículo, entrando também a passos lentos. De longe, avista Bete subindo às escadas, e toma cautela para não ser percebido pela criminosa, que chega à sala e inicia uma conversa com Vinícius, deixando a porta entreaberta, cuja brecha permite que o filho de Alice e Caio assista ao diálogo.
-Tomara que essa ideia do Luciano dê certo- torce Fábio.
-Pra quê você quis me encontrar aqui, nesse lugar?
-Você quem quis me ver, Vinícius. Achei que era melhor a gente vir até aqui.
-Que é isso, Bete? Medo da polícia?
-Nem da polícia, nem de ninguém. Olha só, se é pra falar da tua dívida comigo, esquece que eu não vou...
-Eu tenho o que você quer. Quer dizer, eu acho que posso te dar.
-Então, você conseguiu a grana que estava me devendo?
-O que eu tenho pra te fazer é uma troca. Com mais vantagem pra você do que pra mim.
-Melhor você parar de blefar comigo, Vinícius. O que eu quero de você são os dez mil reais que você me deve, mais nada.
-Tem uma coisa que te importa bem mais do que isso, Bete.
-Posso saber o quê?
-Acabar com o Fábio, de uma vez por todas.
-O que é que você tem a ver com o Fábio?
-Eu sei por que você odeia o Fábio, por que quer destruir a vida do cara.
-Sabe do quê, Vinícius?
-De tudo. Acabei ficando amigo do cara, ele me contou tudo da vida dele depois que a gente ficou próximo. Uma amizade que você mesma ajudou a começar. O Fábio já sabe que você não deu ponto sem nó, Bete. Sabe que você odeia a mãe dele, e que por isso manipulou o Fábio contra a Gabriela, que me usou pra que ele se drogasse como a gente...
-“A gente”? Aceita uma coisa, Vinícius: o controle da situação sempre foi meu. Não me coloca na mesma laia que você e o Fábio! O que você quer, afinal?
-Uma troca razoável, Bete: você perdoa a minha dívida e eu te conto como destruir o Fábio.
Através de um espelho existente na sala, a ex-namorada de Diego vê o sobrinho espiando a conversa e pensa que ele está mancomunado com o problemático modelo.
-Pensando bem... – Bete tira uma arma da calça e aponta para Vinícius- Melhor fazer uma mudança de planos.
-Que é isso? Abaixa essa arma, Bete!
-Pensando o quê, seu imbecil? Que eu sou idiota, igual a você?
-Bete, abaixa a arma!
-Implorando pela vida, que lindo... Mas não me convence de jeito nenhum!
-Larga esse revólver, Bete, eu tô te pedindo!
-Que revólver? Ficou maluco? Não tem arma nenhuma aqui. Assim como não tem nenhuma confissão minha. Quer me incriminar, cretino? Aposto que deve ter um gravador escondido em você, pronto pra qualquer escorregada que eu der, não é?
-Eu já sei tudo sobre você, Bete; todo mundo sabe agora, inclusive o Fábio.
-Ótimo. Não preciso me esconder mais de ninguém, vai ser um jogo limpo a partir de agora. Vou começar fazendo um favor ao mundo e me livrando de um verme: você. Adeus, Vinícius...
A vilã vira de costas e atira contra a parede, deixando Vinícius desesperado quando este percebe a proximidade de Fábio da sala.
-Fábio!
-Aparece, desgraçado! Aparece na minha frente!
Com medo, o adolescente deixa de se esconder e fica frente a frente com Bete. Vinícius teme pela vida do jovem.
-Os dois juntos, e ainda por cima pra armar contra mim? Essa é nova!
-Bete, não faz essa besteira. Abaixa o revólver. Teu problema é comigo, não é com o Vinícius.
-Esse traíra pensou que ia me passar a perna, mas se ferrou ainda mais comigo. Eu não vou me esquecer disso, e sabe por quê, Fábio? Porque ninguém que me enfrenta ficou vivo pra contar a história.
-Tá falando de quem exatamente? Do Diego, que você matou?
-Não toca no nome dele!- a antagonista grita para o adolescente.
-E a Victória? Hein?- Vinícius provoca a moça- O que ela te fez pra acabar do mesmo jeito que o Diego, assassina?
-Não fui eu que matei a Victória, Vinícius: foi você quem matou. Quem apertou o gatilho foi você.
-Desgraçada!- Vinícius tenta agredir Bete, mas é contido por Fábio.
-Não chega perto de mim...
-Você não vai atirar na gente.
-Em você, principalmente!
-Ainda não. Não sem antes ouvir o quanto eu tenho nojo de você! Eu não tenho culpa do que te aconteceu quando você era criança!
-Pode não ter, mas vai pagar do mesmo jeito! A não ser que você ajoelhe e peça pra te deixar vivo. Pede, Fábio.
-Quer que eu me humilhe pra você, é isso?
-Não faz isso, Fábio!
-Ah, ele vai fazer! Pode ficar certo que ele vai fazer, se quiser salvar a sua vida e a dele. E então, Fábio? Vai se humilhar ou assinar a sentença de morte, sua e do Vinícius?
-Agora eu tenho que abaixar a cabeça e pedir desculpa porque você matou meio mundo de gente?
-E ainda foi pouco. O principal alvo ainda tá vivo, mas por pouco tempo. Isso eu te garanto.
-Por mim, você pode atirar.
-Tão tranquilo assim por quê?
-Porque você não precisa mais se esconder. Todo mundo sabe quem é você. Mas se você tá esperando que me humilhe, peça perdão, apele pra você me deixar vivo, tá enganada.
-Pior pra você. Porque assim vai ser mais rápido de me livrar de você de uma vez por todas. Sabe qual é a lição que você vai levar desse mundo, Fábio? “Ninguém é páreo pra mim’!
-Não?- Vinícius retira das costas uma arma e aponta pra traficante.
-Ah, o plano não era pra me entregar pra polícia? Era pra me matar?
-Abaixa o revólver e deixa o Fábio sair do prédio.
-Pra quê? Você vai atirar com ele aqui dentro ou sem, não faz diferença.
-Solta a arma, Bete!
-Planejou tudo direitinho, hein, Vinícius? Eu sempre achando que você era um zero a esquerda, mas agora você me surpreendeu. Quer atirar em mim? Atira, mas vê se acerta logo! Porque se não acertar, eu não vou pensar duas vezes em tirar você e o Fábio do meu caminho. Atira, seu verme! Atira!
-Vinícius, não faz isso! Ela tá te provocando, cara! Você não é assassino como ela, larga essa arma, por...
Fábio se assusta com o disparo efetuado por Vinícius e Bete leva a mão esquerda ao ventre.

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