16/10/2016

WERNECK CAKE/ CAPÍTULO 30: SOQUE, NÃO!



-Alguém me ajuda! Socorro! Socorro!
O corpo de bombeiros entra no local e contém as chamas do incêndio. Um dos que estavam lá (chamava-se Baricelli) percebeu que as labaredas estavam diminuindo e tirou Peter de lá, levando-o para fora.
-Tira a Juliane e o Lívio de lá. Eles vão queimar daqui a pouco.
-Calma, A gente vai resgatar os dois.
-O Lívio morreu.
-Tem um morto no palco?
-Ele foi assassinado!
-Quem fez isso?
-Eu não sei, eu tinha desmaiado.
-Certo, coloca esse cobertor e tampa o nariz por causa da fumaça. Anda garoto, vai!
Peter sai do salão e Baricelli consegue sinalizar para os companheiros que encontrou Lívio e Juliane.
-A menina tá viva.
-E o rapaz?- pergunta um colega.
-O rapaz... Ele... Olha, pede pra alguém do Samu entrar com duas macas, rápido.
-Peter, Peter... Não, não, me solta! Me solta, seu desgraçado! Solta o meu braço! Não!- Juliane delira com os rapazes em seu inconsciente, entre acessos de tosse.
As macas chegam. Juliane é colocada sobre uma delas e recebe um nebulizador. Lívio é retirado logo em seguida, quando as chamas são controladas.
-Calma, Peter. A Juliane vai ser tirada de lá com vida. Tá o comentário de que os bombeiros apagaram o fogo- tranquiliza Santiago.
-Se acontecer alguma coisa com ela... Se ela morrer... – Peter começa a chorar.
-Não vai acontecer nada com a minha amiga. Até porque... – Carolina dá um tapa nas costas dele!
-Que é isso, mulher?- assusta-se o namorado.
-Se acontecer alguma coisa, você vai ficar bem feliz. Não é isso que você quer? Ela longe de você pra sempre?
-É bom que pelo menos um dos dois sobreviva. Não vou poder reconstruir o “Bolero da Bodega” sem dinheiro. Nem se eu fizesse “The Walking Dead Esperança”- reflete Nieta.
Nesse momento, as macas com Juliane e Lívio são transportadas pra ambulância.
-Juliane... – grita Peter.
-Não adianta, Peter. Ela tá desmaiada. Não pode te ouvir.
-Só espero que ela escape, porque esse Lívio, pela cara dele... Eu acho que ele não escapou, não... – observa Carolina.
-Peter Werneck?- procura o delegado.
-Sou eu. E o senhor, quem é?
-Eu sou o delegado que ficou responsável pelo caso da sua ex-namorada que te jogou do corrimão de um estúdio televisivo. Vejo que você já está recuperado da queda.
-Pelo menos daquela queda, sim.
-Peter, eu vou precisar falar contigo, além do seu irmão, da namorada dele e da dona Nieta, que é responsável pela casa de shows.
-Todo mundo tá aqui, seu delegado, mas... Pra quê o senhor quer falar com a gente?
-Bom, é necessária a investigação sobre o que aconteceu.
-Quem indicou o nome da gente pode dizer que foi o Lívio que causou o incêndio.
-Eu não estou falando do incêndio. Me refiro ao que fizeram com o rapaz que causou o incêndio. Os quatro vão ter que prestar depoimento na delegacia para que possamos descobrir quem decidiu acabar com o meliante.
Os suspeitos passam a se entreolhar.
-Que é isso? Alergia à fumaça?- estranha o oficial.

*****

Começa o momento da acareação com Santiago, Nieta, Peter e Carolina- ela ocorre na tarde seguinte ao crime. Todos estão bastante nervosos com o que o delegado vai perguntar. E também porque é último capítulo, o que justifica o estado de nervos da turma.
-Eu quero começar logo pelo Peter, que é a única testemunha ocular do crime.
-Mas eu não vi nada.
-Claro que viu. Você, sua namorada e o outro rapaz foram os únicos a ficarem até que o incêndio terminasse. Como você foi o único a acordar, deve ter visto alguma coisa.
-Eu lembro que eu desmaiei porque a Juliane quebrou uma garrafa na minha cabeça.
-Quer dizer que ela quis te matar?
-Não! É que o Lívio tava descontrolado, ameaçando a gente com um gargalo quebrado. Quando ele se aproximou da Juliane, eu tentei jogar ele no chão e a gente brigou. Minha... Ex-namorada tentou separar a gente, gritou pra que a gente parasse. E como não deu resultado, ela pegou uma das garrafas de uísque e estourou na minha cabeça. Mas foi querendo acertar o Lívio, porque ele tava em cima de mim.
-Só que você foi o único a acordar. Por isso, está lógico que alguma coisa naquela casa você viu.
-Eu só vi a Juliane desmaiada do meu lado. Quando eu fui acordar ela, eu vi o Lívio... Bom, o Lívio daquele jeito. Cheio de hematoma, de sangue... Foi aí que o bombeiro chegou.
-E o gargalo que ele usou para ameaçar você e Juliane?
-Eu não sei, eu não vi mais com ele.
-Imagino que você deva ter ficado muito assustado pra não pensar em procurar a saída de emergência.
-O trato era que o Lívio falaria onde ela ficava caso eu assinasse um contrato pra fazer parte de uma banda. Como eu não aceitei, a briga começou.
-Você não teria motivos pra matar o Lívio, teria?
-Não, não teria. Por quê? Só porque eu descobri que a Juliane trabalhava escondido de calcinha e sutiã, dançando num cano, e foi à casa dele? Não, não tinha motivos. Tenho! Até agora!
-Bom, acho eu que a própria dona deveria saber onde ficava a saída de emergência. Dona Nieta, há quanto tempo a banda investigada estava se apresentando no “Bolero da Bodega”?
-Há cerca de um mês.
-Nunca havia ocorrido nenhum acidente no local?
-Nunca.
-Como a senhora explica o fato de que Peter Werneck não sabia onde era a saída de emergência e a vítima, sim?
-Lívio frequentava a casa de shows antes de ter em mente o projeto da banda.
-Sim, mas segundo a perícia que fizemos, a saída de emergência fica atrás do palco. Mesmo que ele fosse um exímio cliente, ele não teria como saber circulando pelo local. Ou seja, alguém contou pra ele.
-Na verdade, é a primeira alternativa. Ele circulava pela casa... Fora do horário de funcionamento.
-Vocês eram amantes?
-Por favor, seu delegado. Não faz sentido o senhor fazer uma pergunta dessas- Carolina comenta.
-Já que é pra esclarecer tudo... Sim, nós tivemos um tórrido romance.
-A senhora sabe que falso testemunho é um crime gravíssimo.
-Mas não é crime. O Lívio só conhecia a saída de emergência porque ela ficava perto do meu quarto.
-Todas as noites, a senhora dormia lá?
-Não, só nas noites em que o “Bolero da Bodega” trazia muitos clientes e eu ficava com medo de voltar pra casa.
-O caso que vocês tinham serviu pra que ele conseguisse tocar com Peter?
-Sim, porque eu não cobrava nada por isso. Eu era realmente apaixonada pelo Lívio.
-Desculpa, mas não me parece uma mulher apaixonada.
-Não sou mais depois que algo que aconteceu após o incêndio começar.
-O quê, exatamente?

*****

-O suficiente pra quem vai morrer. Corta, Lívio. Vai, covarde!- Juliane discutindo com Lívio. Ele começa a tremer, e ela se desvencilha dele para correr até Peter.
-Peter, meu amor, acorda!
-Eu vou te matar!
-Me larga!
-Eu acabo com você, Nuelle.
-Solta!
E num ímpeto de raiva, Juliane é jogada no chão, onde bate a cabeça e desmaia ao lado do Peter.
Nieta entra pela saída de emergência, quando percebe que o fio de um dos refletores pega fogo rapidamente e parte-se, caindo em cima do contrato.
-Não!- grita Lívio!
-Lívio, vamos sair daqui. Olha esse lugar, você conseguiu destruir tudo.
-Não... Eu não vou sair até ter terminado de acabar com a vida desses dois idiotas.
-Se você não parar com isso, quem vai acabar com você sou eu! Seu infeliz! Eu demorei anos pra construir isso, e o que é que você faz? Põe fogo com essa sua obsessão ridícula!
-Ridícula é você! O que você pensa? Hein, Nieta? Que eu vou com a sua cara? Que eu gosto de ficar toda noite aqui, no seu quarto? Eu te usei pra chegar onde eu queria. Só que eu não pude chegar! Por isso, esquece esse lugar e me esquece também, coroa ridícula!
-Que você morra, desgraçado! Só assim você me paga! Morre!
Nieta volta para a rua.

*****

-E a senhora negou ajuda aos outros?
-Na hora, eu fiquei tão descontrolada com o Lívio que eu nem lembrei deles.
-Muito bem, acho que podemos prosseguir com as perguntas. Foi você que delatou a Juliane, não foi, Santiago?
-Foi, sim.
-E você imaginava que ela pudesse ter também um caso com Lívio?
-Não até o meu irmão ter falado que a viu no apartamento.
-Acreditou nessa hipótese, então?
-Sim, senhor.
-Talvez você tivesse atentado contra a vida do Lívio, de alguma forma.
-Por que eu faria isso?
-Quero que me conte. Você lembra com qual mão arrancou a máscara de Juliane, vulgo Nuelle?
-Com a direita.
-E não doeu com o ferimento?
Carolina repara que a mão de Santiago está enfaixada.
-Quando você se cortou, amor?
-Eu não sei, eu vi que minha mão tava cortada quando cheguei em casa.
-Tem certeza?- pergunta o delegado.
-Não, não tenho. Eu segui a Nieta e discuti com o Lívio- confessa.

*****

-O que é que você quer?
-Solta meu irmão. Para com essa babaquice, a gente pode morrer.
-A gente não vai morrer, mas... O desgraçado do Peter e a vagabunda da mulher dele...
-Você não vai matar ninguém.
-Por quê? Vai defender o seu irmão?- aproxima-se de Peter- Então tenta.
Santiago corre para salvá-lo, mas Lívio começa a cortá-lo lentamente com o gargalo.
-Tá pensando que pode comigo, hein, safado?
Santiago se defende dando um chute no vilão, que ainda tem o pedaço da garrafa em mãos.

*****

-Não acredito. Você falou com o Lívio antes de tudo acontecer? Quer dizer que você... - questiona Peter.
-Não, Peter, claro que não. Eu nunca vou ter coragem pra fazer nada contra ninguém.
-Acho que vamos ter que investigar sua história. Ela está muito mal-contada. Você pode perfeitamente ser o...
-Não! Ele não fez nada, eu sei que não fez nada!
-Como assim, Carolina?
-Porque eu também usei a saída de emergência.
-Mas você disse que não sabia como eu tinha me cortado.
-O corte era uma coisa que eu não fazia ideia, mas eu tinha visto você sair da casa.  Eu entrei pra ver se eu conseguia ajudar a Juliane a sair e...

*****

Carolina entra com sua bolsa e percebe Juliane se mexendo.
-Alguém me ajuda. Ele vai me matar.
-Calma, Juliane! Eu vou te tirar... Ah!
Carolina grita quando Lívio segura o seu pescoço.
-Você vai ser a minha chave pra sair daqui. Eu vou te usar como escudo. A polícia não vai chegar perto de mim.
-Me larga, desgraçado!- e o derruba com a sua bolsa. Rapidamente, o rapaz cai no chão e ela foge.
-Foge, Carolina. Foge daqui...

*****

-Então, o Lívio correu atrás de você assim que sofreu a reação?
-Sim, mas ele não chegou a sair da casa.
-Bom, pelo visto todos aqui tinham motivos pra acabar com o Lívio, mas apenas ele ou a própria Juliane poderia falar o autor do crime com clareza.
E envolta num cobertor, Juliane surpreende a todos aparecendo na porta da sala do delegado.
-Juliane? O que você... - assusta-se Peter.
-Eu sei quem fez aquilo com o Lívio. Eu vou contar.
-Sente-se, por favor- recomenda o delegado.
-Eu lembro de ter acordado após o Lívio ter me jogado no chão. Ele tava correndo atrás da Carolina.
-E daí?

*****

-Parece que todo mundo resolveu salvar a princesa.
-Lívio, para com isso! Você não vê que vai acabar indo pra cadeia por causa disso?
-Não me interessa! Cala a sua boca! Quer saber de uma coisa? Eu não vou esperar o fogo acabar contigo. Eu mesmo faço isso!- estrangula Juliane.
-Peter...
-Diz adeus ao teu namorado! Porque com ele ainda vai ser pior do que tá sendo contigo! Vagabunda!
Eis que a moça resolveu se defender. Junto de Lívio, estava o perigosíssimo gargalo. Pois bem, ela o alcançou e quebrou na cara do vilão.
-Desgraçada! Olha o que você fez com meu rosto- percebe o quanto sangra.
Entre acessos de tosse, ela ameaça.
-Eu vou te ensinar. Eu te mostro que ninguém toca em mim, nem no meu filho... E nem no Peter, seu animal!
-Mostra que eu quero ver!- grita, mas Juliane dá um soco- Vagabunda! Eu vou acabar com você!- tenta dar um tapa nela, mas a dançarina segura a sua mão e volta a golpeá-lo. Lívio resiste, quando recebe um chute que o faz cair ao chão, perto do cano de pole dance. Mesmo assim, ainda tem forças pra dizer- Tá pronta, Nuelle?
-Pronta pra quê? Canalha? Pronta pra quê?- puxa a cabeça dele.
-Pra se despedir de tudo? Do seu namorado? Da sua vida? Do seu filho?
-Essa vai ser a primeira e a última vez que você fala no meu filho, seu doente!- e empurra o seu rosto contra o cano- Pede desculpa!
-Morre, miséria!
Volta a bater a cara do antagonista com o cano, mais três vezes.
-Pede!
-Vadia!
-Fala!
-Quero que vocês morram! Os três!
Todo o discurso ético da mocinha vai por água abaixo.
-Desistiu, vaca? Cadê a tua força pra competir comigo? Vagabun...
Juliane se levanta e começa a chutar diversas vezes a cara do sujeito! Até que ele desmaia de vez. A cena violenta, que acabou de protagonizar, a deixa chocada. Chora como uma criança e despenca ao lado de Peter, com quem pensa que vai morrer. Acaba descontrolada, e por fim, desmaia novamente.

*****

-E... Por que você fez isso?
-Porque ele ia me matar, e depois, o Peter morreria por causa dele.
-Bom, a senhorita sabe que vai responder por lesão corporal, mas com o atenuante da legítima defesa.
-Eles estão vivos, não é? Pra mim, é o que interessa.
-Não, Juliane... Não pode ser... - Peter é incrédulo.
-É a verdade.
-Por quê?- olha para a janela da sala, chorando.
-Eu matei o Lívio porque...
-Por que o Sport foi rebaixado?- grita, ao ver fogos de artifício e a vitória do Náutico.
-Esperem um minuto: quem disse que o Lívio morreu?- adverte o delegado.
-Hã?- todos se espantam.
-O menino foi levado ao hospital pela agressão, mas não morreu. Não é pra tanto!
-Quer dizer que fomos trolados nessa acareação, delega?- pergunta Santiago.
-Problem?- finaliza o homem da lei.

*****

Na porta da delegacia, os personagens comentam seus desfechos.
-Carolina, eu quero te pedir desculpas. Acho que tudo que aconteceu foi culpa minha, por causa da minha desconfiança.
-Relaxa, Santiago. Agora eu só quero saber de esquecer isso tudo.
-Sabe de uma coisa? Eu tô muito orgulhoso do que fez.
-Olha aqui, não adianta vir com essa conversa mole, não. Só dei aquela bolsada por conta da minha best.
Vamos então pra lanchonete?
-Você acha que tô com clima pra lanchar?
-Não, mas tá com clima pra emendar um programa no outro. Bora!
-Tá, mas vai falar com teu irmão. Ele tá uma pilha de nervos- os dois se beijam.
-Peter...
-Ela me ama, cara. Agora eu sei.
-Quer um conselho? Usa o pole dance dela a teu favor.
-Como assim?
-Ela não vai responder o processo em liberdade? Pois então: quando chegar em casa, vai entender o que eu digo. Te cuida, mano.

*****

Juliane vai pra casa com o figurino do “Bolero da Bodega” e chama a atenção dos vizinhos. Quando chega em frente à porta, nota que perdeu a chave na confusão. Mas ouve um barulho que parece ser a mesma sendo destrancada.  Quem a recebe é Peter, acompanhado de Bernardo. O moço pede:
-Fica comigo, Juliane.
Ela fica sem reação. Depois, pega o filho e entrega para uma vizinha.
-Dona Marisa, a senhora pode dar uma olhadinha nele?
-Claro... – responde assustada a anciã de noventa e oito anos. Juliane fecha a porta e as janelas.
-Por favor, chega perto da cama e fecha os olhos- diz, bastante contida. Peter atende seu pedido e é surpreendido por uma violenta bofetada que o faz cair sobre o colchão Castor!
-O que deu em você?
Logo, a gata puxa o feche éclair de sua roupa e a arremessa para o criado-mudo.
-Eu sei que você gosta de criatividade e, principalmente, exclusividade minha. Repassei a lição para a Nuelle e ela... Bom, ela decidiu botar em prática.
Há aquela troca de beijos ardentes e tudo mais que não vamos contar porque está passando o programa do Bozo no horário!

*****

Poderíamos fazer um capítulo só com o epílogo, mas como somos modernos e mal estruturados, vamos contar tudo de uma vez. Depois desse momento “Gabriela”, Lívio vai para a cadeia por tudo que aprontou no “Bolero da Bodega”. Lá, ele conhece Priscila, a fura-olho que foi demitida nos primeiros capítulos. Ela está fazendo um bico na enfermaria da colônia penal e cuida dos ferimentos do cara. Como Lívio costumava apanhar nas brigas, sempre era levado pra lá. Os dois tiveram um caso até que ele saiu da cadeia e passou a vender CDs na Sete de Setembro.
Já Nieta reconstruiu sua vida ao lado do Baricelli, o bombeiro boa-praça. Refez a casa de shows e apresenta as regravações de seus boleros no “Interativo”. Carolina e Santiago tiveram que conciliar as viagens ao congresso de Medicina com as escapadinhas na lanchonete.
Juliane, Peter e Bernardo começaram uma vida melhor do que a que sempre sonharam. Ela aprendeu a valorizar o seu corpo tanto quanto nós e produziu um book, onde virou modelo e candidata ao Miss Bumbum 2014.
Novamente, Peter passou a usar seu conhecimento musical da maneira certa. Passou a compor músicas para uma banda chamada “Alekrin e Os Cretinos”, que logo foi indicada ao VMB e virou tema de um web show. Os dois vivem estampando fotos no site Ego (ela, mais no Paparazzo), e não pensam em filhos. Por enquanto.
E Bernardo...
Como os seus responsáveis enriqueceram, foi mandado para um colégio interno na Suíça. Seria cruel, se não fosse o fato de não sabermos qual a próxima enrascada desse divertido romance em Werneck, o bairro badalado do qual nenhum leitor ouviu falar.


*****

“Já que eu não tenho beleza, gosto da exclusividade que a beleza da minha mulher tem. Exceto quando eu ganho grana com isso!”
(Peter Werneck, marido da gata do jaleco aposentado)

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