-Alguém me ajuda! Socorro!
Socorro!
O corpo de bombeiros entra no
local e contém as chamas do incêndio. Um dos que estavam lá (chamava-se
Baricelli) percebeu que as labaredas estavam diminuindo e tirou Peter de lá,
levando-o para fora.
-Tira a Juliane e o Lívio de lá.
Eles vão queimar daqui a pouco.
-Calma, A gente vai resgatar os
dois.
-O Lívio morreu.
-Tem um morto no palco?
-Ele foi assassinado!
-Quem fez isso?
-Eu não sei, eu tinha desmaiado.
-Certo, coloca esse cobertor e
tampa o nariz por causa da fumaça. Anda garoto, vai!
Peter sai do salão e Baricelli
consegue sinalizar para os companheiros que encontrou Lívio e Juliane.
-A menina tá viva.
-E o rapaz?- pergunta um colega.
-O rapaz... Ele... Olha, pede pra
alguém do Samu entrar com duas macas, rápido.
-Peter, Peter... Não, não, me
solta! Me solta, seu desgraçado! Solta o meu braço! Não!- Juliane delira com os
rapazes em seu inconsciente, entre acessos de tosse.
As macas chegam. Juliane é
colocada sobre uma delas e recebe um nebulizador. Lívio é retirado logo em seguida,
quando as chamas são controladas.
-Calma, Peter. A Juliane vai ser
tirada de lá com vida. Tá o comentário de que os bombeiros apagaram o fogo-
tranquiliza Santiago.
-Se acontecer alguma coisa com
ela... Se ela morrer... – Peter começa a chorar.
-Não vai acontecer nada com a
minha amiga. Até porque... – Carolina dá um tapa nas costas dele!
-Que é isso, mulher?- assusta-se
o namorado.
-Se acontecer alguma coisa, você
vai ficar bem feliz. Não é isso que você quer? Ela longe de você pra sempre?
-É bom que pelo menos um dos dois
sobreviva. Não vou poder reconstruir o “Bolero da Bodega” sem dinheiro. Nem se
eu fizesse “The Walking Dead Esperança”- reflete Nieta.
Nesse momento, as macas com
Juliane e Lívio são transportadas pra ambulância.
-Juliane... – grita Peter.
-Não adianta, Peter. Ela tá
desmaiada. Não pode te ouvir.
-Só espero que ela escape, porque
esse Lívio, pela cara dele... Eu acho que ele não escapou, não... – observa
Carolina.
-Peter Werneck?- procura o
delegado.
-Sou eu. E o senhor, quem é?
-Eu sou o delegado que ficou
responsável pelo caso da sua ex-namorada que te jogou do corrimão de um estúdio
televisivo. Vejo que você já está recuperado da queda.
-Pelo menos daquela queda, sim.
-Peter, eu vou precisar falar
contigo, além do seu irmão, da namorada dele e da dona Nieta, que é responsável
pela casa de shows.
-Todo mundo tá aqui, seu
delegado, mas... Pra quê o senhor quer falar com a gente?
-Bom, é necessária a investigação
sobre o que aconteceu.
-Quem indicou o nome da gente
pode dizer que foi o Lívio que causou o incêndio.
-Eu não estou falando do
incêndio. Me refiro ao que fizeram com o rapaz que causou o incêndio. Os quatro
vão ter que prestar depoimento na delegacia para que possamos descobrir quem
decidiu acabar com o meliante.
Os suspeitos passam a se
entreolhar.
-Que é isso? Alergia à fumaça?-
estranha o oficial.
*****
Começa o momento da acareação com
Santiago, Nieta, Peter e Carolina- ela ocorre na tarde seguinte ao crime. Todos
estão bastante nervosos com o que o delegado vai perguntar. E também porque é
último capítulo, o que justifica o estado de nervos da turma.
-Eu quero começar logo pelo
Peter, que é a única testemunha ocular do crime.
-Mas eu não vi nada.
-Claro que viu. Você, sua
namorada e o outro rapaz foram os únicos a ficarem até que o incêndio
terminasse. Como você foi o único a acordar, deve ter visto alguma coisa.
-Eu lembro que eu desmaiei porque
a Juliane quebrou uma garrafa na minha cabeça.
-Quer dizer que ela quis te
matar?
-Não! É que o Lívio tava
descontrolado, ameaçando a gente com um gargalo quebrado. Quando ele se
aproximou da Juliane, eu tentei jogar ele no chão e a gente brigou. Minha...
Ex-namorada tentou separar a gente, gritou pra que a gente parasse. E como não
deu resultado, ela pegou uma das garrafas de uísque e estourou na minha cabeça.
Mas foi querendo acertar o Lívio, porque ele tava em cima de mim.
-Só que você foi o único a
acordar. Por isso, está lógico que alguma coisa naquela casa você viu.
-Eu só vi a Juliane desmaiada do
meu lado. Quando eu fui acordar ela, eu vi o Lívio... Bom, o Lívio daquele
jeito. Cheio de hematoma, de sangue... Foi aí que o bombeiro chegou.
-E o gargalo que ele usou para
ameaçar você e Juliane?
-Eu não sei, eu não vi mais com
ele.
-Imagino que você deva ter ficado
muito assustado pra não pensar em procurar a saída de emergência.
-O trato era que o Lívio falaria
onde ela ficava caso eu assinasse um contrato pra fazer parte de uma banda.
Como eu não aceitei, a briga começou.
-Você não teria motivos pra matar
o Lívio, teria?
-Não, não teria. Por quê? Só
porque eu descobri que a Juliane trabalhava escondido de calcinha e sutiã, dançando
num cano, e foi à casa dele? Não, não tinha motivos. Tenho! Até agora!
-Bom, acho eu que a própria dona
deveria saber onde ficava a saída de emergência. Dona Nieta, há quanto tempo a
banda investigada estava se apresentando no “Bolero da Bodega”?
-Há cerca de um mês.
-Nunca havia ocorrido nenhum
acidente no local?
-Nunca.
-Como a senhora explica o fato de
que Peter Werneck não sabia onde era a saída de emergência e a vítima, sim?
-Lívio frequentava a casa de
shows antes de ter em mente o projeto da banda.
-Sim, mas segundo a perícia que
fizemos, a saída de emergência fica atrás do palco. Mesmo que ele fosse um
exímio cliente, ele não teria como saber circulando pelo local. Ou seja, alguém
contou pra ele.
-Na verdade, é a primeira
alternativa. Ele circulava pela casa... Fora do horário de funcionamento.
-Vocês eram amantes?
-Por favor, seu delegado. Não faz
sentido o senhor fazer uma pergunta dessas- Carolina comenta.
-Já que é pra esclarecer tudo...
Sim, nós tivemos um tórrido romance.
-A senhora sabe que falso
testemunho é um crime gravíssimo.
-Mas não é crime. O Lívio só
conhecia a saída de emergência porque ela ficava perto do meu quarto.
-Todas as noites, a senhora
dormia lá?
-Não, só nas noites em que o
“Bolero da Bodega” trazia muitos clientes e eu ficava com medo de voltar pra
casa.
-O caso que vocês tinham serviu
pra que ele conseguisse tocar com Peter?
-Sim, porque eu não cobrava nada
por isso. Eu era realmente apaixonada pelo Lívio.
-Desculpa, mas não me parece uma
mulher apaixonada.
-Não sou mais depois que algo que
aconteceu após o incêndio começar.
-O quê, exatamente?
*****
-O suficiente pra quem vai
morrer. Corta, Lívio. Vai, covarde!- Juliane discutindo com Lívio. Ele começa a
tremer, e ela se desvencilha dele para correr até Peter.
-Peter, meu amor, acorda!
-Eu vou te matar!
-Me larga!
-Eu acabo com você, Nuelle.
-Solta!
E num ímpeto de raiva, Juliane é
jogada no chão, onde bate a cabeça e desmaia ao lado do Peter.
Nieta entra pela saída de
emergência, quando percebe que o fio de um dos refletores pega fogo rapidamente
e parte-se, caindo em cima do contrato.
-Não!- grita Lívio!
-Lívio, vamos sair daqui. Olha
esse lugar, você conseguiu destruir tudo.
-Não... Eu não vou sair até ter
terminado de acabar com a vida desses dois idiotas.
-Se você não parar com isso, quem
vai acabar com você sou eu! Seu infeliz! Eu demorei anos pra construir isso, e
o que é que você faz? Põe fogo com essa sua obsessão ridícula!
-Ridícula é você! O que você
pensa? Hein, Nieta? Que eu vou com a sua cara? Que eu gosto de ficar toda noite
aqui, no seu quarto? Eu te usei pra chegar onde eu queria. Só que eu não pude
chegar! Por isso, esquece esse lugar e me esquece também, coroa ridícula!
-Que você morra, desgraçado! Só
assim você me paga! Morre!
Nieta volta para a rua.
*****
-E a senhora negou ajuda aos
outros?
-Na hora, eu fiquei tão
descontrolada com o Lívio que eu nem lembrei deles.
-Muito bem, acho que podemos
prosseguir com as perguntas. Foi você que delatou a Juliane, não foi, Santiago?
-Foi, sim.
-E você imaginava que ela pudesse
ter também um caso com Lívio?
-Não até o meu irmão ter falado
que a viu no apartamento.
-Acreditou nessa hipótese, então?
-Sim, senhor.
-Talvez você
tivesse atentado contra a vida do Lívio, de alguma forma.
-Por que eu
faria isso?
-Quero que me
conte. Você lembra com qual mão arrancou a máscara de Juliane, vulgo Nuelle?
-Com a direita.
-E não doeu com
o ferimento?
Carolina repara
que a mão de Santiago está enfaixada.
-Quando você se
cortou, amor?
-Eu não sei, eu
vi que minha mão tava cortada quando cheguei em casa.
-Tem certeza?-
pergunta o delegado.
-Não, não tenho.
Eu segui a Nieta e discuti com o Lívio- confessa.
*****
-O que é que
você quer?
-Solta meu
irmão. Para com essa babaquice, a gente pode morrer.
-A gente não vai
morrer, mas... O desgraçado do Peter e a vagabunda da mulher dele...
-Você não vai
matar ninguém.
-Por quê? Vai
defender o seu irmão?- aproxima-se de Peter- Então tenta.
Santiago corre
para salvá-lo, mas Lívio começa a cortá-lo lentamente com o gargalo.
-Tá pensando que
pode comigo, hein, safado?
Santiago se
defende dando um chute no vilão, que ainda tem o pedaço da garrafa em mãos.
*****
-Não acredito. Você falou com o
Lívio antes de tudo acontecer? Quer dizer que você... - questiona Peter.
-Não, Peter, claro que não. Eu
nunca vou ter coragem pra fazer nada contra ninguém.
-Acho que vamos ter que
investigar sua história. Ela está muito mal-contada. Você pode perfeitamente
ser o...
-Não! Ele não fez nada, eu sei
que não fez nada!
-Como assim, Carolina?
-Porque eu também usei a saída de
emergência.
-Mas você disse que não sabia
como eu tinha me cortado.
-O corte era uma coisa que eu não
fazia ideia, mas eu tinha visto você sair da casa. Eu entrei pra ver se eu conseguia ajudar a
Juliane a sair e...
*****
Carolina entra com sua bolsa e
percebe Juliane se mexendo.
-Alguém me ajuda. Ele vai me
matar.
-Calma, Juliane! Eu vou te
tirar... Ah!
Carolina grita quando Lívio
segura o seu pescoço.
-Você vai ser a minha chave pra
sair daqui. Eu vou te usar como escudo. A polícia não vai chegar perto de mim.
-Me larga, desgraçado!- e o
derruba com a sua bolsa. Rapidamente, o rapaz cai no chão e ela foge.
-Foge, Carolina. Foge daqui...
*****
-Então, o Lívio correu atrás de
você assim que sofreu a reação?
-Sim, mas ele não chegou a sair
da casa.
-Bom, pelo visto todos aqui
tinham motivos pra acabar com o Lívio, mas apenas ele ou a própria Juliane
poderia falar o autor do crime com clareza.
E envolta num cobertor, Juliane
surpreende a todos aparecendo na porta da sala do delegado.
-Juliane? O que você... -
assusta-se Peter.
-Eu sei quem fez aquilo com o
Lívio. Eu vou contar.
-Sente-se, por favor- recomenda o
delegado.
-Eu lembro de ter acordado após o
Lívio ter me jogado no chão. Ele tava correndo atrás da Carolina.
-E daí?
*****
-Parece que todo mundo resolveu
salvar a princesa.
-Lívio, para com isso! Você não
vê que vai acabar indo pra cadeia por causa disso?
-Não me interessa! Cala a sua
boca! Quer saber de uma coisa? Eu não vou esperar o fogo acabar contigo. Eu
mesmo faço isso!- estrangula Juliane.
-Peter...
-Diz adeus ao teu namorado!
Porque com ele ainda vai ser pior do que tá sendo contigo! Vagabunda!
Eis que a moça resolveu se defender.
Junto de Lívio, estava o perigosíssimo gargalo. Pois bem, ela o alcançou e
quebrou na cara do vilão.
-Desgraçada! Olha o que você fez
com meu rosto- percebe o quanto sangra.
Entre acessos de tosse, ela
ameaça.
-Eu vou te ensinar. Eu te mostro
que ninguém toca em mim, nem no meu filho... E nem no Peter, seu animal!
-Mostra que eu quero ver!- grita,
mas Juliane dá um soco- Vagabunda! Eu vou acabar com você!- tenta dar um tapa
nela, mas a dançarina segura a sua mão e volta a golpeá-lo. Lívio resiste, quando
recebe um chute que o faz cair ao chão, perto do cano de pole dance. Mesmo assim, ainda tem forças pra dizer- Tá pronta,
Nuelle?
-Pronta pra quê? Canalha? Pronta
pra quê?- puxa a cabeça dele.
-Pra se despedir de tudo? Do seu
namorado? Da sua vida? Do seu filho?
-Essa vai ser a primeira e a
última vez que você fala no meu filho, seu doente!- e empurra o seu rosto
contra o cano- Pede desculpa!
-Morre, miséria!
Volta a bater a cara do
antagonista com o cano, mais três vezes.
-Pede!
-Vadia!
-Fala!
-Quero que vocês morram! Os três!
Todo o discurso ético da mocinha
vai por água abaixo.
-Desistiu, vaca? Cadê a tua força
pra competir comigo? Vagabun...
Juliane se levanta e começa a
chutar diversas vezes a cara do sujeito! Até que ele desmaia de vez. A cena violenta,
que acabou de protagonizar, a deixa chocada. Chora como uma criança e despenca
ao lado de Peter, com quem pensa que vai morrer. Acaba descontrolada, e por
fim, desmaia novamente.
*****
-E... Por que você fez isso?
-Porque ele ia me matar, e depois,
o Peter morreria por causa dele.
-Bom, a senhorita sabe que vai
responder por lesão corporal, mas com o atenuante da legítima defesa.
-Eles estão vivos, não é? Pra
mim, é o que interessa.
-Não, Juliane... Não pode ser... -
Peter é incrédulo.
-É a verdade.
-Por quê?- olha para a janela da
sala, chorando.
-Eu matei o Lívio porque...
-Por que o Sport foi rebaixado?-
grita, ao ver fogos de artifício e a vitória do Náutico.
-Esperem um minuto: quem disse
que o Lívio morreu?- adverte o delegado.
-Hã?- todos se espantam.
-O menino foi levado ao hospital
pela agressão, mas não morreu. Não é pra tanto!
-Quer dizer que fomos trolados
nessa acareação, delega?- pergunta Santiago.
-Problem?- finaliza o homem da lei.
*****
Na porta da delegacia, os
personagens comentam seus desfechos.
-Carolina, eu quero te pedir
desculpas. Acho que tudo que aconteceu foi culpa minha, por causa da minha
desconfiança.
-Relaxa, Santiago. Agora eu só
quero saber de esquecer isso tudo.
-Sabe de uma coisa? Eu tô muito
orgulhoso do que fez.
-Olha aqui, não adianta vir com
essa conversa mole, não. Só dei aquela bolsada por conta da minha best.
Vamos então pra lanchonete?
-Você acha que tô com clima pra
lanchar?
-Não, mas tá com clima pra
emendar um programa no outro. Bora!
-Tá, mas vai falar com teu irmão.
Ele tá uma pilha de nervos- os dois se beijam.
-Peter...
-Ela me ama, cara. Agora eu sei.
-Quer um conselho? Usa o pole dance dela a teu favor.
-Como assim?
-Ela não vai responder o processo
em liberdade? Pois então: quando chegar em casa, vai entender o que eu digo. Te
cuida, mano.
*****
Juliane vai pra casa com o
figurino do “Bolero da Bodega” e chama a atenção dos vizinhos. Quando chega em
frente à porta, nota que perdeu a chave na confusão. Mas ouve um barulho que
parece ser a mesma sendo destrancada.
Quem a recebe é Peter, acompanhado de Bernardo. O moço pede:
-Fica comigo, Juliane.
Ela fica sem reação. Depois, pega
o filho e entrega para uma vizinha.
-Dona Marisa, a senhora pode dar
uma olhadinha nele?
-Claro... –
responde assustada a anciã de noventa e oito anos. Juliane fecha a porta e as
janelas.
-Por favor,
chega perto da cama e fecha os olhos- diz, bastante contida. Peter atende seu
pedido e é surpreendido por uma violenta bofetada que o faz cair sobre o
colchão Castor!
-O que deu em
você?
Logo, a gata
puxa o feche éclair de sua roupa e a arremessa para o criado-mudo.
-Eu sei que você
gosta de criatividade e, principalmente, exclusividade minha. Repassei a lição
para a Nuelle e ela... Bom, ela decidiu botar em prática.
Há aquela troca
de beijos ardentes e tudo mais que não vamos contar porque está passando o
programa do Bozo no horário!
*****
Poderíamos fazer
um capítulo só com o epílogo, mas como somos modernos e mal estruturados, vamos
contar tudo de uma vez. Depois desse momento “Gabriela”, Lívio vai para a
cadeia por tudo que aprontou no “Bolero da Bodega”. Lá, ele conhece Priscila, a
fura-olho que foi demitida nos primeiros capítulos. Ela está fazendo um bico na
enfermaria da colônia penal e cuida dos ferimentos do cara. Como Lívio costumava
apanhar nas brigas, sempre era levado pra lá. Os dois tiveram um caso até que
ele saiu da cadeia e passou a vender CDs na Sete de Setembro.
Já Nieta
reconstruiu sua vida ao lado do Baricelli, o bombeiro boa-praça. Refez a casa
de shows e apresenta as regravações de seus boleros no “Interativo”. Carolina e
Santiago tiveram que conciliar as viagens ao congresso de Medicina com as
escapadinhas na lanchonete.
Juliane, Peter e
Bernardo começaram uma vida melhor do que a que sempre sonharam. Ela aprendeu a
valorizar o seu corpo tanto quanto nós e produziu um book, onde virou modelo e candidata ao Miss Bumbum 2014.
Novamente, Peter
passou a usar seu conhecimento musical da maneira certa. Passou a compor
músicas para uma banda chamada “Alekrin e Os Cretinos”, que logo foi indicada
ao VMB e virou tema de um web show.
Os dois vivem estampando fotos no site Ego (ela, mais no Paparazzo), e não
pensam em filhos. Por enquanto.
E Bernardo...
Como os seus
responsáveis enriqueceram, foi mandado para um colégio interno na Suíça. Seria
cruel, se não fosse o fato de não sabermos qual a próxima enrascada desse
divertido romance em Werneck, o bairro badalado do qual nenhum leitor ouviu
falar.
*****
“Já que eu não
tenho beleza, gosto da exclusividade que a beleza da minha mulher tem. Exceto
quando eu ganho grana com isso!”
(Peter Werneck,
marido da gata do jaleco aposentado)
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