02/01/2020

CATCH BACK/ EPISÓDIO 1


CENA 1

Um letreiro sobre um fundo preto avisa: “baseado em um lugar que não existe mais”.
(fundo musical: “Jack Soul Brasileiro (Jørd & Mojjo remix)”- parte instrumental)
O episódio mostra a fachada do imóvel no qual se localiza o consultório do psicólogo Douglas Rodrigues. A placa vem com a inscrição “Dr. Rodrigues: sua autoestima ou sua grana de volta”. Quando a música de fundo cessa, Vlaviano aparece deitado numa cadeira reclinável.
DOUGLAS: Como se sente hoje?
VLAVIANO: Sinceramente? Vendo o mundo de uma maneira diferente.
DOUGLAS: O que te leva a essa impressão? Talvez o seu ego se enxergue de uma maneira tão pessimista que tudo ao seu redor te pareça hostil demais. Ou, pelo menos, de uma forma que você não consiga reconhecê-lo, a ponto de se inserir nele.
VLAVIANO: É só a cadeira que quebrou e não me deixa levantar, Douglas. Para de achar uma explicação científica pra essa infraestrutura malfeita.
DOUGLAS: Verdade, eu havia esquecido que ela estava com defeito. O que você tem de novo pra me contar?
VLAVIANO: Nada. A minha vida é inerte.
DOUGLAS: Você desembarcou de Parintins até aqui só pra me dizer isso?
VLAVIANO: Porque tu és meu psicólogo há três anos, criatura!
DOUGLAS: (vai até a janela) E escuto as mesmas coisas que você fala como se fosse um esquete eterno de “Chaves”. Sabe o que deveria fazer?
VLAVIANO: Não faço a menor ideia.
DOUGLAS: Sei que o teu problema é a falta de emprego.
VLAVIANO: O maior deles.
DOUGLAS: Talvez a solução seja partir pra outra área, algo que não esteja exatamente de acordo com aquilo que você estudou.
VLAVIANO: Vocês, psicólogos, não aconselham a gente a fazer o que der na telha?
DOUGLAS: Se fosse assim tão simples, eu estaria esquiando em Bariloche; não caçando um ar-condicionado em Manaus. O que você quer é dinheiro, e eu tô tentando ser o mais objetivo possível.
VLAVIANO: Me fazendo desistir de ser escritor? Isso não é ser objetivo, é ser destrutivo!
DOUGLAS: Já foi pra entrevistas de emprego?
VLAVIANO: Já.
DOUGLAS: Participou de seleções?
VLAVIANO: Uhum.
DOUGLAS: Fez concurso?
VLAVIANO: E não passei, pra você ver que reprovado em concurso não é lenda da Amazônia, não.
DOUGLAS: Entregou currículos pra profissionais que não tenham a ver com a área da escrita?
VLAVIANO: Perdi a conta de quantas vezes. Inclusive a última foi há uma semana.
DOUGLAS: Que interessante. Mandou pra quem?
VLAVIANO: Acredite se quiser, foi pra um psicólogo.
DOUGLAS: Uau! Será que eu conheço o colega de profissão?
VLAVIANO: Vê todo dia. Principalmente quando se olha no espelho. Eu deixei uma cópia do meu currículo contigo.
DOUGLAS: Sério?
VLAVIANO: Muito. Numa das sessões você falou que a faxineira do consultório vai entrar numa licença-maternidade.
DOUGLAS: Como você é meu paciente, eu prometi que ia olhar com muito carinho.
VLAVIANO: Carinho é o preço dos pecados que eu pago, porque de baratos eles não têm nada. Você triturou meu currículo.
DOUGLAS: (vira-se para Vlaviano) Olha, eu sei que você tá a perigo, mas essa mania de perseguição é surreal.
NARRADOR: “A PERIGO”: sem dinheiro ou muito tempo sem manter relações íntimas.
VLAVIANO: Douglas, eu não acho que exista um motivo forte pra eu começar a ouvir mentiras aqui.
DOUGLAS: Calma, rapaz. Acontece que pra esse tipo de emprego é necessário ter experiência.
VLAVIANO: Você botou uma placa lá fora dizendo que não precisava de experiência.
DOUGLAS: Além do mais, você é meu paciente. Eu não teria coragem de triturar um documento que pode mudar a sua vida.
VLAVIANO: Mas triturou. Consigo ver na lixeira as sete primeiras letras do meu nome. Botei até em negrito. Fonte Arial, tamanho 28.
DOUGLAS: É que... Eu tenho um paciente homônimo que eu atendo nas quartas-feiras à tarde.
VLAVIANO: Quantas pessoas chamadas Vlaviano você conhece?
DOUGLAS: Bem, a nossa sessão terminou. Pode passar no caixa e pagar a consulta.
VLAVIANO: Quando colar meu currículo, a gente conversa. Boa tarde.
(fundo musical: “Farol (Kaloze, Nogue, Vhenace remix)”- parte instrumental)
Douglas fica sozinho em seu consultório, completamente constrangido com o confronto com Vlaviano.

CENA 2

(fundo musical: “Adrenalizou (Gabe Pereira remix)”- “dona de grandes feitos/ acelera os batimentos/ não sei como vou controlar”)
A nova cena começa exibindo a entrada da sede da Pharmanveres, empresa criada por Maria Clara. Paloma segura o microfone e começa uma transmissão televisiva.
PALOMA: Este local foi o cenário de inúmeras reportagens na última semana. Os telejornais do Brasil e do exterior tentam entender como o maior laboratório farmacêutico do Amazonas virou o centro de uma polêmica. Para entender melhor o problema, o nosso programa entrevista hoje a dona desse império: Maria Clara Anveres. Como vai, querida?
MARIA CLARA: Poderia estar melhor, longe das páginas de fofoca e perto das matérias da revista “Saúde”.
PALOMA: Maria Clara, queremos que tudo seja esclarecido o mais rápido possível e, pra isso, realizamos essa entrevista exclusiva. Mas é claro que você não construiu tudo isso do nada. De que forma você descobriu que farmácia era o ramo no qual você queria estar o resto da sua vida?
MARIA CLARA: Quando eu me submeti à atividade de dar a luz.
PALOMA: Você tem filhos?
MARIA CLARA: Não, mas eu tive um professor na faculdade, Tenório, que me disse que todo trabalho universitário que você faz é um parto.
Maria Clara, então, lembra do dia em que terminou de redigir um trabalho, mas é posta numa maca de maternidade, como se estivesse, de fato, dando à luz.
ENFERMEIRA: (posicionada em frente à moça) Força, Maria Clara. A criança está quase nascendo!
MARIA CLARA: E a mãe desse bacuri morrendo, eu quero anestesia!
ENFERMEIRA: Só mais um pouco, Maria Clara!
MARIA CLARA: (faz uma cara de dor) Grrr!
ENFERMEIRA: Nasceu... É uma menina linda.
MARIA CLARA: Me deixa segurar, por favor. Oi, meu amor. Você é linda mesmo. Eu perdi a conta do quanto que eu te esperei chegar.
ENFERMEIRA: Que nome você vai dar pra ela?
MARIA CLARA: O nome dela vai ser “Como não gripar depois de tomar a vacina da gripe”.
ENFERMEIRA: Isso tudo?
MARIA CLARA: Mas ela já tem um apelido: “Monografia” (Maria Clara segura, enrolado numa manta, o seu trabalho de conclusão de curso).

ABERTURA

A web série passa a exibir a sua abertura, e canção que a embala é “Melhor sorriso (João Conti & Luccas remix)”. As imagens são dispostas da seguinte forma:
- os créditos abrem com a inscrição “uma web série criada e escrita por Gabriel Arenas” e a abertura mostra Maria Clara ostentando um sorriso perfeito; em seguida, os atores que vivem os papeis, além de dar destaque a quem desempenha Paloma;
-em contraste com a imagem anterior, Vlaviano demonstra que não tem um de seus dentes;
- Maria Clara mostra todo o rosto, demonstrando plenitude;
- Vlaviano aparenta estar assustado;
-Maria Clara aparece com três vestimentas diferentes, à esquerda do vídeo. A primeira, uma blusa simples; a segunda, a beca de sua formatura; a terceira, um tailleur;
-Vlaviano também surge no vídeo com três figurinos: uma camisa azul-marinho, uma camiseta da mesma cor e uma camiseta vermelha, que traz a frase “tingi pra parecer que eu comprei”;
-o Colégio Providencial aparece em cena;
-depois, o consultório de Douglas;
- para dar fim à sequência de locais, o laboratório da Pharmanveres;
A parte instrumental final da vinheta mostra os olhos e as bocas de Paloma e de Douglas, sem revelar o rosto completo de ambos. Na sequência, Maria Clara e Vlaviano alternam suas posições pelo cenário, sempre se mantendo em lados opostos. E no centro aparece Vlad, com uma aparência tão tranquila quanto a da empresária. A imagem dos três é rapidamente distorcida para a volta do logotipo da série, mas não sem antes trazer os créditos:
Direção de fotografia: KODAK ULTRA COM 36 POSES;
Cenografia: PAREDES DE PAPELÃO;
Figurino: GRIFE ARDC (“A ROUPA DO CORPO”);
Edição final: MAL-FEITA, POR SINAL;
Produção de arte: OBJETOS ADQUIRIDOS NA LOJA DE R$ 1,99;
Caracterização: PAINT;
Produção de elenco: TODO ESCOLHIDO PELO INSTAGRAM;
Produção musical: QUALQUER CANÇÃO REMIXADA;
Escrita com ÓCIO;
Produção: DA NETFLIX É QUE NÃO É;
Direção artística: FELIPE LIPSTEIN.
O logo da web série é exibido, com a palavra “catch” exibindo duas setas, cada uma apontando uma direção diferente.

Volta-se, então, à sede da empresa, onde a entrevista é realizada. Paloma prossegue.
PALOMA: Clara, o que mantém a polêmica acesa do medicamento que você lançou é...
MARIA CLARA: Que eu quis lançar, não é? Porque até agora eu não o coloquei no mercado.
PALOMA: Pelo visto, nem vai. O que tem a dizer sobre isso?
MARIA CLARA: Estou há dois anos e meio estudando os benefícios da administração do Semancol, minha querida. E sei o efeito que ele causa também. Por conta disso que eu pretendo colocá-lo nas farmácias de todo o Brasil, e diluído numa dose que venha em um preço acessível.
PALOMA: É óbvio que a senhorita sabe. Assim como todos os que foram cobaias do seu experimento. Pessoas que, dias depois do acontecimento, passaram a sofrer alucinações frequentes. Algumas, inclusive, tiveram que ser recolhidas por clínicas. A senhorita sabia disso?
MARIA CLARA: Paloma, eu não sou nenhuma alienada, nem moro numa ilha. A imprensa não me deixa esquecer, se é o que você pensa. Acontece que atribuir essas alucinações à administração do Semancol é uma irresponsabilidade. Pior ainda por se tratar da minha empresa.
PALOMA: A que a senhorita atribui as denúncias feitas pelas suas próprias cobaias? A coincidências?
MARIA CLARA: Eu acredito que exista um complô contra mim.
PALOMA: Organizado por quem?
MARIA CLARA: Se eu soubesse, não estaria nesse programa tentando limpar a minha imagem, não acha? Mas é lógico que existe. A minha vida não tá um caos à toa. Por que querem me destruir, eu não sei.
PALOMA: Talvez isso não se trate de um caso de armação, e sim de saúde pública. A vida de várias pessoas foi colocada em risco depois de elas terem vindo até aqui.
MARIA CLARA: Você se sente ameaçada aqui, por acaso?
PALOMA: Eu não estou em discussão, suas cobaias estão.
MARIA CLARA: Então, que provem que o medicamento causa realmente essas alterações. Porque a minha pesquisa é clara: o remédio é desenvolvido para despertar os instintos que conduzem os pacientes à satisfação pessoal. Não há relação com drogas ilícitas ou algo do tipo.
PALOMA: Ocorre que algumas das cobaias fizeram exame toxicológico e foi acusada a presença de um elemento alucinógeno. As datas da contaminação batem com as dos testes feitos aqui na sede da empresa.
MARIA CLARA: Que provem, então, que foram afetados aqui. Eu não tenho mais nada a dizer.
PALOMA: Ao que parece, a senhorita quer encerrar a entrevista pra fugir do assunto.
MARIA CLARA: Pense o que te der na telha. Você não queria uma entrevista exclusiva comigo? Eu já te dei. Pode encerrar a transmissão. Não aguento mais esse inferno que estão fazendo na minha vida. Com licença.
(fundo musical: “Perigo (Dallass remix)”- “tô correndo perigo/ sem conseguir agir/ essa mina vicia/ me causa extasia/ e eu não quero fugir”)
PALOMA: Aqui é Paloma Oliveira, e essa foi mais uma entrevista exclusiva para o programa “Chicoteando”. Boa noite.

CENA 3

Vlaviano está em um ponto de ônibus e seu celular toca no bolso de sua calça.
(fundo musical: “Luz que me traz paz (Astronauts & Deep Motion remix)”- parte instrumental)
VLAVIANO: Quem é o abestado que tá me mandando mensagem? Só pode ser a Oi pra eu colocar crédito!
NARRADOR: “ABESTADO”: imbecil, bobo, tolo.
VLAVIANO: (passa a ler a mensagem) “Eu tenho a solução do problema que você está enfrentando. Me encontre amanhã, às três e meia da tarde, no Colégio Providencial. Não cogite a hipótese de faltar”. Colégio Providencial? Mas quem é que quer me encontrar no lugar onde eu estudei?

Estamos apresentando “Catch back”.
(fundo musical: “Linha de fogo (DJ Corello soul inside remix)”- “dance, dance, dance mania”)

NARRADOR: Cultura Inglesa? CCAA? Fisk? Minds? O melhor lugar pra treinar o seu inglês é aqui!
THIAGO: “Dan-dan-dance! Dan-dan-dance with me!”.
NARRADOR: Porque se tem uma coisa que essa parada de sucessos não vai fazer é te deixar parado!
THIAGO: “And now I’m all up on ya, what you expect? But you’re not coming home with me coming”.
NARRADOR: Hoje, depois do primeiro episódio de “Catch back”, “Kids graça!”.

Voltamos a apresentar ”Catch back”.
(fundo musical: “Linha de fogo (DJ Corello soul inside remix)”- “dance, dance, dance mania”)

VLAVIANO: Será que isso é um golpe novo? Já sei: vou salvar o número que me enviou a mensagem aqui na agenda. Só um minutinho e... Que estranho, o remetente não tem conta no WhatsApp. Isso deve ser uma proposta de emprego. Tomara que seja, não vou nem chamar a polícia pra não ser dispensado antes de ser admitido. Mas por que logo no Providencial? Muito estranho isso. Muito mesmo.

CENA 4

Ivan desembarca no aeroporto puxando uma mala, aparentando estar calmo até ver Paloma à sua espera.
(fundo musical: “Tempo perdido (Anicio, Danne, Vipp remix)”- “não temos tempo a perder”)
PALOMA: Pensei que essa pós-graduação não fosse acabar nunca mais. O tempo que você ficou longe pareceu uma eternidade.
IVAN: Como você sabia que eu vinha pra cá?
PALOMA: Eu sei tudo o que me interessa. Como você.
IVAN: Faz tempo que estás me esperando?
PALOMA: Uma vida toda... Mentira, cheguei agorinha.
NARRADOR: “AGORINHA”: há pouquíssimo tempo.
IVAN: Sempre me surpreendendo, hein, Paloma?
PALOMA: Engano seu. Quando se trata de você, eu sou bem previsível. Aproveitou bem a Espanha?
IVAN: Bastante. Mas era hora de voltar definitivamente.
PALOMA: Aposto que se envolveu numa pesquisa nova...
IVAN: Não. Estudar foi só uma consequência. Eu tô voltando pela causa da minha distância.
PALOMA: Queres dizer o quê?
IVAN: Você, que é jornalista, deve saber. É verdade esse negócio de que a empresa de Maria Clara fechou?
PALOMA: As notícias atravessam o Atlântico, não é? Pois é, menino; você acredita?
IVAN: Muito. É por isso mesmo que eu voltei pro Brasil.
PALOMA: Como assim, Ivan? O que a Maria Clara tem a ver com essa volta tua?
IVAN: Tudo. Claro que eu nunca desejei que ela fracassasse, mas... Acho que essa nova realidade, com a qual ela vai acabar se habituando, vai fazer com que ela pare de só se ver como empresária e passe a se aceitar como mulher.
PALOMA: Ou te ver como homem. O homem que ela dispensou há dez anos. Não é isso que você quer dizer?
IVAN: As coisas não são iguais como no passado.
PALOMA: Algumas são. A sua obsessão por ela e o meu amor por você, por exemplo. Só a ambição dela que cresceu. E esse sentimento talvez não abra espaço pra você.
IVAN: Paloma, quando eu fui embora, eu deixei bem claro que eu não me sentia preparado pra assumir nada com ninguém. Até porque meu coração não deixou de pertencer à Maria Clara, nem mesmo com todo esse tempo de distância.
PALOMA: Já vi que foi uma perda de tempo te propor esquecer essa mulher.
IVAN: A gente sempre foi muito sincero um com o outro, Paloma. E tu sabes o quanto eu te admiro... Mas não vou passar desse limite contigo.
PALOMA: Admiração... Essa é boa. Vê só, Ivan: eu espero que essa estadia tua no Amazonas não faça você se decepcionar com ela. Se bem que...
IVAN: O quê, Paloma?
PALOMA: O fato de ela ter dito, há uma década, que preferia o trabalho a você. Ela te separou de mim quando você ouviu que o trabalho era mais importante. E enquanto você chorava por ela em frente aos pontos turísticos de La Toba, eu devorava milhares de patos no tucupi enquanto pensava no que poderia ser a vida da gente se eu tivesse tido uma chance tua.
IVAN: Acha mesmo que não me dói saber que existe alguém que me valorize e que eu não consigo ver de outra forma?
(fundo musical: “À francesa” (Extended club mix)”- “mas os momentos felizes não estão escondidos/ nem no passado, nem no futuro”)
PALOMA: Sinceramente? Eu só torço pra que ela não te faça sofrer de novo. Mas que vai ser difícil, vai. Só vou te dizer uma coisa, Ivan: no dia em que você entender que eu sou a mulher da tua vida, estarei esperando você avançar o sinal. Porque quem tem limite, meu filho, é Tratado de Tordesilhas.

CENA 5

Vlaviano aparece em frente ao portão azul do Colégio Providencial. Estranha rapidamente a forma como o encontra.
VLAVIANO: Um prédio fechado há sete anos e me aparece assim, sem cadeado, pra qualquer um entrar... Tá com uma cara de emboscada isso aqui... Mas não tem presepada maior do que a minha vida nesse momento (Vlaviano entra no local e encontra um papel que diz “vá para a biblioteca”). Até o aviso é digitalizado no meio dessas ruínas todas. Deve ser pra ninguém reconhecer a letra do golpista. Será que eu ainda sei onde é que a biblioteca fica? Deve ser junto da escada das salas do ensino médio, se não me falha a memória.
(fundo musical: “Sentença (Voltech, Ethernal Soul and Deep Motion remix)”- “quando esse som tocar/ seu coração lembrar/ ‘cê’ vai olhar pra trás”)
Vlaviano abre a porta da biblioteca, que está com a luz apagada. Ele aciona o interruptor, mas a luz não funciona. No centro do local, há uma pequena escada e uma mesa, esta trazendo uma lâmpada e uma nova placa feita de papel, na qual está escrita “troque a lâmpada”. O desempregado olha para os lados, pensando que é seguido por alguém, mas não vê ninguém. Deixando a porta aberta, sobe os degraus da escada segurando a lâmpada. Conectando-a ao bocal, a impressão de não estar sozinho é reforçada. A lâmpada acende.
VLAD: Oi.
(fundo musical: “Se a gente pode sonhar (Zerky remix)”- “não há limites pra você e eu/ eu sei que a gente um dia vai mudar o mundo”)
Vlaviano cai da escada. Já com as nádegas ao chão, vê o adolescente Vlad aproximar-se com preocupação.
VLAD: Tá tudo bem com o senhor?
(fundo musical: “Puro êxtase (Sax in the house version)”)
Vlaviano fica assustado com a presença do garoto. A imagem da cena congela na expressão de Vlad, acreditando que o tombo não teve gravidade.
Os créditos finais são exibidos pela primeira vez, sobre a figura, com os seguintes tópicos:
(fundo musical: “Livre pra viver (DJ Ippocratis ‘Grego’ Bournellis, DJ Silvio Müller, DJ Cabello e DJ Ricardo Guedes)”- “viver é bom demais/ ninguém vai me prender”)
-abertura: ZOETROPIC FREE;
-cenografia: PAINT;
-colaboração: CLARA ANVERES;
-design de personagens: PAINT;
-dublagem: AUDACITY;
-edição: ANIMOTICA- VIDEO EDITOR/ WINDOWS STORY REMIX;
-efeitos especiais: É VOCÊ QUE ESTÁ VENDO COISA;
-efeitos visuais: NERO PHOTOSNAP VIEWER/ MICROSOFT OFFICE WORD/ PICASA 3/ PRISMA;
-músicas: “À FRANCESA (EXTENDED CLUB MIX)” (Marina Lima)/ “ADRENALIZOU (GABE PEREIRA REMIX)” (Vitor Kley)/ “DIAS E NOITES” (Veneza)/ “FAROL (KALOZY, NOGUE, VHENACE REMIX)” (Vitor Kley)/ “JACK SOUL BRASILEIRO (JøRD & MOJJO REMIX)” (Lenine)/ “LINHA DE FOGO (DJ CORELLO SOUL INSIDE REMIX)” (Rosanah Fienngo)/ “LIVRE PRA VIVER (DJ IPPOCRATIS ‘GREGO’ BOURNELLIS, DJ SILVIO MÜLLER, DJ CABELLO E DJ RICARDO GUEDES)” (Claudio Zoli) / “LUZ QUE ME TRAZ PAZ (ASTRONAUTS & DEEP MOTION REMIX)” (Maneva)/ “MELHOR SORRISO (JOÃO CONTI & LUCCAS REMIX)” (A. D. Z)/ “MEU BEM (GABE PEREIRA REMIX)” (Sharlon Oreano)/ “PERIGO (DALLASS REMIX)” (R4ulzito & Nith)/ “PURO ÊXTASE (SAX IN THE HOUSE VERSION)” (Barão Vermelho)/ “SE A GENTE PODE SONHAR (ZERKY REMIX)” (SoFly)/ “SENTENÇA (VOLTECH, ETERNAL SOUL AND DEEP MOTION REMIX) (Di Ferrero)/ “TEMPO PERDIDO (ANICIO, DANNE, VIPP CODE REMIX)” (Legião Urbana);
-narração: GABRIEL ARENAS;
-pesquisa: DICIONÁRIO INFORMAL/ FACEBOOK/ G1/ YOUTUBE/ WIKIPÉDIA;
-sonoplastia: AUDACITY;
-trilha sonora: QUEM VAI COMPRAR?

Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Até porque, se assim fosse, estaríamos em Pernambuco e não no Amazonas.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.
Mas, na boa: você acredita?

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Exibe-se a vinheta da produtora de todo o conteúdo, a Joga Fora No Lixo Produções. Após os créditos finais, o vídeo exibe uma chamada para o episódio seguinte.
(fundo musical: “Dias e noites”- parte instrumental)
NARRADOR: Próxima quinta- uma figura bem extrovertida cruza o caminho de Vlaviano.
VLAVIANO: Quem é você?
VLAD: Pode me chamar de Vlad. E você quem é? Tá fazendo o quê aqui? Como eu vim parar na biblioteca? Quem te deu a chave? Já foi aluno do Providencial também?
VLAVIANO: Danou-se! É uma criança ou a Matraca da “Turma do Pateta”?
NARRADOR: E o retorno de Ivan ao Amazonas pode mexer com o coração de sua antiga paixão.
MARIA CLARA: (lê uma notícia através do celular) “Ivan Lemgruber, ícone da geografia nacional, fixa novamente residência em Manaus”. Como será que ele está depois desses anos todos? Será que virou um baiacu?
(fundo musical: “Dias e noites”- “viver algo novo”)
NARRADOR: Próxima quinta- segundo episódio de “Catch back”.

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