21/02/2013

AINDA É CEDO/ CAPÍTULO 16: FALAMOS O QUE NÃO DEVIA NUNCA SER DITO POR NINGUÉM



-Isso é mentira, não é, Milena? Fala!- exige Fabrício.
-Claro que é mentira, meu filho. Não passa de uma notícia tendenciosa- Cristina procura contornar a situação.

-Por que você não responde?

Viviana, sem conseguir reagir com palavras, acaba abandonando o palco às pressas. Cristina toma o microfone das mãos do filho.

-Só pode ser um engano, uma notícia de péssimo gosto que busca caluniar a família Faria. Milena é uma moça íntegra, e dela não podemos fazer queixa alguma. O nosso nome jamais poderá ser manchado com uma notícia tão tendenciosa quando essa. Maestro, som, por favor.

Assim que a música é executada, ela se volta para os filhos e fala secretamente.

-O que é que está acontecendo aqui?

-Quem é que sabe?- responde Pedro.

-Vão logo atrás dessa garota e tragam ela de volta à festa. Essa fuga foi um atestado de culpa dela. Não podemos dar uma repercussão negativa para a comemoração.

-É só nisso que você pensa? Na sua festa?- revolta-se Fabrício.

-No momento, sim. Vamos logo com isso, tragam ela aqui agora.

-Vamos, Fabrício. Ela deve ter saído, ou ido pra piscina- Pedro empurra a cadeira do irmão.

-Ricardo, sobe aqui- Cristina gesticula para o marido.

-Eu não vou deixar você escapar mais uma vez- sussurra Cora, segurando o braço de Ricardo.

-Não vou voltar pra você, esqueça de uma vez essa loucura- desvencilha-se e vai para o lado de Cristina.



*****



Na piscina, está Viviana, chorando desesperadamente por ter sido descoberta. Atrás, vêm Pedro e Fabrício.

-Para. Eu não vou lá.

-Você tem que ir, cara. A Milena não teve tempo pra te mandar a real, contar os segredos dela.

-O nome dela não é Milena. É Viviana. Ela mentiu, dizendo que era pra conseguir me levar ao hospital no dia do acidente. Ela não tem nada pra contar. Quando teve oportunidade de falar, me escondeu isso.

-Mas a gente não sabe por que ela fez isso.

-Nem precisa saber, porque já tá na cara. A Milena... A Viviana é uma mentirosa, uma vagabunda que só queria saber de ficar na casa da gente, se aproveitando de tudo e me fazendo acreditar que ela era boa pessoa.

-Fabrício, não tem como saber se isso tudo foi premeditado ou não.

-Deixa de ser ingênuo. O que você pensa? Que ela foi obrigada a isso? E a mentir, a me enganar?

-Só vou te pedir isso, Fabrício: dá pra Milena uma chance dela falar o que a gente ainda não sabe. Pode ser que seja uma mentira, alguém deve ter postado isso pra falar mal da...

-Viviana? Ela tinha muito mais pra esconder. Eu sempre sentia que tinha alguma coisa que não deixava ela se abrir. E não adianta você ficar defendendo, não. Eu não vou desculpar isso nunca. Eu confiei nela, me declarei na frente de todo mundo. E o pessoal rindo da minha cara, sabendo que ela era uma...

-Filho?- Ricardo chega à piscina e vê Viviana chorando longe dos meninos.

-Me tira daqui, pai. Me leva pra outro lugar. Eu não quero mais ficar nessa festa, com essa gente toda me reparando.

-Sem antes falar com ela? Nem pensar.

-Você não vai me obrigar, Pedro. Nem ninguém. Pai, vamos sair daqui logo?

-Tudo bem. Onde você quer ir?

-Qualquer lugar, só não me deixa aqui.

-Tá bem, vamos.

Quando Ricardo leva Fabrício ao carro, Pedro se aproxima de Viviana.

-Milena... Olha, eu sei que esse não é seu nome de verdade. Meu irmão me falou. Mas por que você escondeu de todo mundo que...

-Que eu fugi de casa porque meu pai fugiu comigo e queria se vingar da minha mãe por causa da traição dela? Que eu descobri tudo, fugi e usei meu nome de Viviana pra que ele não conseguisse me achar? Que eu vim pra outra cidade pra que ele nunca mais me encontrasse? Que eu tinha que arrumar um jeito pra viver?

-Desse jeito?

-Eu nunca me vendi. Juro pelo que você quiser. Não tem nem dois meses que eu cheguei aqui. Eu tinha vindo de Natal pra cá. Não conhecia ninguém daqui, não tenho parente nem família aqui. Aí eu vi que o único jeito de me safar era assim. Só que no dia que eu ia começar, aconteceu o acidente.

-Como é que eu vou saber que você tá falando a verdade agora?

-Eu amo seu irmão, Pedro. Não tem como negar isso.

-Você pode mentir pra mim, da mesma forma que escondeu dele essa história. O Fabrício é mais próximo de você. Se tivesse contado desde o começo, ele não tava desse jeito, sem querer se aproximar de você.

-Eu sei que a culpa é minha. A última coisa que eu queria era magoar seu irmão.

-Olha pra mim. Viviana, eu mandei olhar pra mim- a moça levanta a cabeça- Eu vou te ajudar. Não tenta me enganar, porque aí quem não vai aguentar sou eu.

-Me ajudar? Depois de tudo? Por quê, Pedro?

-Você sabe o motivo, não preciso dizer de novo. Eu vou te tirar daqui, e te levar pra um lugar onde você vai ficar até eu conversar com o Fabrício.

-O que essa garota ainda faz aqui na minha casa?- Cristina chega, explosiva. Fabrício e Ricardo ouvem do portão e entram novamente na casa, enquanto os convidados saem do salão.

-Calma, mãe. Eu tô levando ela pra outro lugar.

-Ela pode até ir, mas você não vai a lugar nenhum. Não com essa sirigaita.

-Olha só com a senhora fala comigo!

-Você não é ninguém pra decidir como eu posso ou não falar, Milena. Ou melhor, Viviana. Se duvidar, deve ser muito nome falso que você usou pra dar golpe em outras famílias.

-Mãe, para com isso. Olha o escândalo.

-Pouco me importa o escândalo. O pior é o que essa sujeitinha me fez passar.

-Agora não é hora de explicar tudo o que aconteceu.

-Pedro, não tem explicação, meu filho. Essa sua amiguinha aí se prostitui. E pra não perder a chance de subir na vida, ela ainda tem a coragem de fingir ser a melhor amiga do seu irmão e dar em cima dele.

-Eu não dei em cima de ninguém. Eu e o Fabrício nunca tivemos nada.

-Porque eu não permiti. Porque eu ficava em cima, sem dar liberdade pra uma desconhecida. Agora, se depender dele e do Pedro, você já teria dado o golpe da barriga.

-Quer saber de uma coisa? A senhora tem razão, mãe. Eu não vou levar a Viviana pra canto nenhum. Ela vai ficar aqui em casa.

-Você não se atreva!

-Ela não entrou na nossa casa por conta do Fabrício? Então quem decide se ela sai ou não é ele.

-Pedro, não ouse passar por cima das minhas ordens. Eu sou a dona dessa casa...

-Que é minha! Daqui a Viviana não sai!

-Sendo assim, quem vai colocar essa cachorra pra fora sou eu!- Cristina agarra Viviana e tenta arrastá-la até o portão. Pai e filhos interem e afastam a socialite da garota.

-A senhora não vai encostar um dedo nela- defende Fabrício.

-Olha a humilhação que essa garota faz a gente passar. Ela joga o nome da família na lama e vocês não fazem nada?

-Quem vai fazer alguma coisa agora sou eu. Escuta aqui, todo mundo- Fabrício se aproxima dos convidados- Sabe aquela moça ali, de quem vocês falam mal e riem dela? O nome dela não interessa pra mim, nem pra ninguém. Só que essa festa é meio que pra ela. E por quê? Porque se não fosse ela, eu não tava aqui, comemorando o fato de estar vivo. Se eu devo alguma coisa a alguém, é só pra ela. Pra Viviana. Pra Milena. Pra minha Milena- vai até a moça e segura suas mãos- Eu vou perguntar de novo: quer namorar comigo?

-Fabrício, mas assim, na frente de todo mundo?

-É que eu quero que todo mundo saiba que eu não me importo.

-Você tem certeza de que isso é o que você quer?

-Tenho certeza de que não vou me arrepender. Aceita ou não?

-Aceito. Eu quero ser sua namorada, sim.

Prestes a se beijarem, são interrompidos por Cristina.

-Já chega dessa palhaçada! Fora da minha casa, sua mundana! Vagabunda!- arrasta-a pelos cabelos enquanto os convidados ficam chocados, jogando-a na calçada- Esse daí é o teu lugar, Viviana. No chão. Nunca mais você vai se aproximar da família faria. Nunca! E vou avisando a todos vocês, hein?- para os seguranças que estão no portão- O primeiro que permitir a entrada dessa vagabunda aqui vai pro olho da rua! Agora eu quero ver quem vai ser homem o suficiente pra me desmoralizar por causa dessa mulher! Quem vai ser?- vai para o seu quarto, enquanto Viviana sai correndo de volta para a avenida do acidente. Pedro, Fabrício e Ricardo olham para a moça, que olha para o seu namorado. Percebendo quem ele não virá atrás dela, afasta-se da mansão.



*****



Na mesa do café, Cristina e Ricardo estão calados. O ambiente já era insustentável. E a tensão toma conta quando o patriarca da família Faria decide quebrar o silêncio.

-Olha, eu sinto muito, mas eu vou ter que falar. É constrangedor, mas eu não consigo evitar. O escândalo quer você fez, a forma como você falou com aquela menina... Não é pra menos que isso é a manchete dos jornais...

-O que você entende de escândalo, Ricardo? Por acaso é você que precisa prezar pela honra dos Faria? Meu nome pode estar na boca de meio mundo, mas eu defendi a minha família.

-A que custo? Fazendo uma confusão pior? A gente podia ter dado dinheiro pra essa garota, e ela se afastava da casa de uma vez por todas.

-Eu conheço esse tipo de mulher, sabe? A gente dá um dinheiro pra ela refazer a vida em outro lugar, longe do Fabrício, e depois ela volta com a intenção de pedir uma quantia maior. Mais, mais e mais. Não, eu tinha que humilhá-la, fazê-la sentir a vergonha que eu senti quando vi todo mundo rindo de mim. Só de falar nessa mulher já me embrulha o estômago. Vou pedir pra empregada tirar meu prato daqui- levanta-se.



*****



-O que foi aquilo, Fabrício?- vira-se Pedro para o irmão, no quarto- Me diz mesmo: o que foi aquilo?

-Do que você tá falando?

-Eu tô falando da nossa mãe humilhando a Viviana, botando ela pra fora. E você que pediu ela em namoro, nem se bole mais em relação a isso.

-Você quer que eu vá atrás dela, é isso?

-É o namorado dela.

-Eu não sei mais.

-Fabrício, você enfrentou aquela gente toda e garantiu que era com a Viviana que queria ficar. O que foi que mudou?

-Eu senti pena.

-Pena? Pena por quê?

-Eu não queria ver a Viviana maltratada, humilhada daquele jeito. Fiz isso pra defender.

-Não quer mais ficar com ela? E o teu amor por ela? Cadê?

-Amo ela mesmo. Muito, você nem imagina quanto. Só que eu não vou ficar com uma prostituta.

-Ela vai largar essa vida, Fabrício...

-Tá, tá, mas quando? E você acha que eu vou dividir minha vida com uma mulher dessas?

-Mas ela não vai mais se prostituir.

-Só que quando tiver perto de mim, ela vai me fazer lembrar de ontem. E eu vou ficar remoendo essa história, imaginando com quantos caras ela se envolveu antes de me conhecer.

-O passado da Viviana não interessa mais. Ela nem chegou a se vender na rua. Aquela notícia é do mal, só foi feita pra acabar com a moral da família.

-Pouco me importa a moral da família. Com a Viviana eu não fico mais.

-Ela te ama.

-Eu não acredito nisso. Não depois do que eu descobri.

-Sabe de uma coisa? Quem vai resolver o seu problema sou eu. Eu vou procurar a Viviana e trazer ela aqui pra falar contigo.

-Pedro, para de se meter na minha vida e defender a Viviana. Ela é uma...

-Para! Eu vou trazer a Viviana aqui. Se tem alguém que pode contar a verdade, é ela. Ela também tá esperando você procurar.



*****



Ricardo está terminando de tomar café, quando o celular começa a tocar. É Cora.

-O que foi?

-Tem alguém perto de você?

-Não, estou sozinho aqui. E depois não tem problema. Seu número está salvo como “Lauveríssimo”. O que você quer?

-Eu quero você aqui comigo. Aparece?

-O que nós tínhamos não existe mais. Agora é passado.

-Não pra mim, Ricardo. Você insistiu demais pra que eu fosse contra o que queria e me entregasse. Agora você age como se eu nunca tivesse sido nada na sua vida?

-Fui obrigado a fazer isso.

-Pela sua mulher?

-Muito complicado de falar tudo por telefone.

-Basta me encontrar no mesmo lugar de sempre. Sabe que eu vou estar te esperando porque não consigo mais me ver longe de você.

-Acho que é melhor eu ir te ver na pousada. Eu posso te explicar melhor porque me afastei de você.

-Talvez eu não te deixe voltar mais...

-Não faz isso comigo. Eu não posso. Olha, eu vou chegar daqui a uma hora.

-Vou te esperar. Um beijo.

-Beijo.

O publicitário desliga o celular e vai ao encontro da professora, sem se dar conta de que Cristina escuta toda a conversa e desconfia.

-Beijo? Pra Lauveríssimo? Não pode ser, é muito estranho isso tudo. Com quem será que ele falou ao telefone? Será que Lauveríssimo é um nome falso? Já sei o que fazer, vou tirar isso a limpo- Cristina pega o telefone e liga pra recepção da agência.

-VB Media, bom dia?

-Aqui é Cristina Faria falando.

-Dona Cristina, o seu Ricardo...

-Eu sei que não chegou. Acabou de sair de casa. Eu quero uma coisa: que você passe essa ligação com o Lauveríssimo.

-Desculpe, quem é Lauveríssimo?

-Há alguém na agência com esse nome?

-Sinceramente, eu nunca ouvi falar.

-Procura alguém do RH e vê se acha qualquer pessoa que tenha esse sobrenome, vai!

-Só um minuto.

Cristina espera, até que a recepcionista volta à linha.

-Achou?

-O rapaz do RH pesquisou no computador todos que tivessem o sobrenome. E não consta nenhum Lauveríssimo aqui.

-Tudo bem. Obrigada.

Rapidamente, Ludmila, em frente ao computador, liga para Cristina.

-Alô?

-Gostou da matéria, dona Cristina Faria?

-Sua desgraçada! Eu vou processar o seu jornaleco de quinta. Minha família está maculada perante a sociedade por conta das suas mentiras.

-Vamos combinar que fui muito boazinha, hein? Afinal, de todos os escândalos, eu publiquei o menor deles.

-Você só pode estar tentando me extorquir mais, não é?

-Com o dinheiro que a senhora me deu, eu posso fazer a minha vida em outro lugar, não preciso de mais chantagem. Mas vou abrir os olhos. Seu marido tem uma amante, sim, e é a ex-professora do seu querido filho Pedro Faria. Sabe qual é o nome dela? Cora Lauveríssimo!

-Só pode... Ser mentira sua.

-Não duvido nada que eles ainda se encontrem naquela pousada, perto do conservatório estadual de música. Aquele do Pedro, lembra? É só molhar a mão do cara da recepção que seu problema está resolvido. Ele te conta tudo.

-Mentira sua!- grita.

-Se quiser saber mais, me procura na redação do jornal. Por enquanto, eu vou me deliciar vendo seu escândalo na interente. Beijos, Cristina- desliga.

-Lauveríssimo... Cora Lauveríssimo. Eu vou acabar com aquela mulher e com o Ricardo. Eu vou lá agora!- pega a bolsa em cima do sofá e chama um táxi.



*****



Passados cinco minutos, a sala volta a ser cenário dos personagens, quando Viviana e Pedro chegam à mansão.

-Não foi bom eu ter vindo aqui.

-Relaxa, Viviana. Eu tenho certeza que o Fabrício vai levar um papo contigo.

-Como, Pedro? Você viu que ele nem se buliu pra me defender quando a mãe me jogou pra fora.

-É porque foi tudo muito rápido, não deu tempo de pensar direito. Olha, eu vou ter que ir pra faculdade agora, tá?

-Você vai me deixar aqui sozinha?

-O Fabrício sabe que você veio pra cá. Eu avisei. Mas fica à vontade. Tá com o teu celular aí?

-Tô- tira-o do bolso.

-Pronto. Qualquer coisa, me liga- beija-a no rosto, e ambos ficam constrangidos- Tchau.

Viviana deixa o celular numa mesa e vai para o banheiro. Fabrício sai do novo quarto e pergunta pela garota.

-Viviana? É você que tá aí? Viviana?

O jovem vê o celular e percebe a presença de Viviana na casa. No entanto, decide checar o aparelho dado por Pedro. Na lista de chamadas, não havia ligações recentes. Na caixa de mensagens, textos enviados pela operadora e os versos que foram mandados na barraca do hospital.

-“Gosto da ideia de te ver chegar, sentir teu corpo contra o meu, ficar junto, falar tua língua, gritar pro mundo que o amor valeu”? Mas quem foi que mandou...

E identifica o remetente da mensagem: o número do celular de Pedro.



*****



Cora abre a porta do quarto.

-Eu só vou falar uma vez pra ver se você entende: não vamos mais nos encontrar.

-Impossível, Ricardo. Eu tentei resistir, como você tenta fazer agora, mas é inevitável.

-Cora, me ouve, a situação é muito grave.

-Não quero mais saber de nada. Só de saber o quanto você tá perto de mim eu perco o chão. Enfrento tudo.

-Até mesmo uma chantagem?

-Tudo, Ricardo. Qualquer coisa.

-Não é assim, Cora. Eu corro o risco de perder a minha família.

-Sabe qual é o meu único risco? É de perder a minha vida, se não tiver você do lado.

Os dois trocam um caloroso beijo, quando Cristina entra no quarto e fica sem saber como agir. Cora abre os olhos e se afasta de Ricardo, que se assusta com a presença da esposa.



*****



Viviana volta do banheiro e vê Fabrício de cabeça baixa, chorando muito.

-Fabrício? O que foi?

Ele gira a cadeira e volta-se pra ela.

-Você dormiu com o Pedro, não foi? Você levou aquele cretino pra cama também, Viviana?

-O quê?

-Eu li seu celular. Ele trocou mensagens românticas contigo. Desde quando você sai com ele e eu não sei, sua vagabunda?

-Fabrício, não é nada disso.

-Sai da minha casa!

-Você não pode...

-Não posso o quê, vagabunda? Botar você pra fora? Te colocar no seu lugar? Mandar você pro lugar da onde você veio, onde tem gente igualzinha? Sai da minha casa, sua piranha! Sai da minha casa!- diz pausadamente, enquanto chora e Viviana fica surpresa de ouvir seu amado falar dessa maneira.

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