-Diego...
Vê se para pra me escutar...
-Que
mentira você vai inventar agora, Bete? Eu já sei de tudo da tua vida, do teu
passado sujo. Quer que eu leia de novo tudo que tá escrito aqui nesse diário?
-Leu,
e daí? Tá pensando que é quem pra questionar o que eu faço ou deixo de fazer da
minha vida?
-Eu,
Bete? Eu pensava que era o cara de quem você gostava, com quem você queria
ficar!
-Uma
coisa não impede a outra, Diego...
-Deixa
de ser cínica! Você nunca quis contar a verdade sobre teu passado, escondeu que
teu pai era rico, e que você é tia do Fábio!
-Porque
isso não importa.
-Importa,
sim, e muito. Senão, você não tava inventando esse plano de acabar com o Fábio.
-Tá
com pena dele? Leva pra tua casa. Porque o que eu puder fazer pra ferrar com a
vida daquele desgraçado eu vou fazer, pode ficar certo disso. Não vou descansar
até ver aquela imbecil da Alice chorando na frente do caixão do filho dela.
Porque dinheiro nenhum no mundo vai salvar o Fábio do fim que ele mesmo
procurou! E se a vida me deu a chance de empurrar aquele infeliz do precipício,
quem sou eu pra questionar a oportunidade, não é?
-Você
é mais cínica do que eu pensava.
-Um
monstro. Pode dizer, eu sei que é isso que eu sou. Acha que eu me arrependo de
sentir esse ódio todo, Diego? Me sinto feliz só de saber que não vai demorar
nada pra vida daquele bostinha acabar! O meu pai sempre soube da minha
existência, sempre soube que eu era filha dele, mas nunca deu um tostão pra
ajudar minha mãe. E quando ele ficou sabendo que tinha pouco tempo de vida, o
velho tratou de fazer um testamento.
-Metade
dos bens deles foi pra mãe do Fábio. A outra metade quem vai tomar conta é ele,
quando fizer vinte e um anos. Até lá, é a tal de Alice que mexe no dinheiro do
cara.
-Isso,
se ele chegar lá. Aquela cachorra pode ficar com o dinheiro dela, do Fábio,
gastar no que bem entender. Mas o mais importante que ela tem eu vou tirar.
-Ouve
bem o que você tá falando, demente! Você ficou louca? Alice não sabe nem que
você existe!
-Mas
vai saber. Não vou passar a vida toda me escondendo, não. Ela só vai me
conhecer e saber tudo o que eu fiz pra acabar com o filho dela depois que ele
virar uma lembrança.
-O
que eu tinha pra ouvir de você eu já escutei até demais. Achava que você ia
inventar uma desculpa esfarrapada pra me dar.
-Me
humilhar pra você, como minha mãe fez a vida toda correndo atrás daquele
cafajeste, que preferiu a filha do casamento a da prostituta, com quem ele teve
um caso depois que ficou viúvo? Nem a você nem a ninguém eu vou me rebaixar, tá
me entendendo?
-Como
é que... Como é que você consegue colocar tua cabeça no travesseiro toda noite,
hein? Planejando isso tudo sozinha, pronta pra atacar a tua própria irmã?
-Ué,
você é drogado, facilita o trabalho de uma traficante, aumenta os índices de
violência no estado e ninguém fala nada.
-Quer
saber de uma coisa? Eu não vou mais perder meu tempo com uma menina que dormiu
sei lá com quem pra chegar aonde chegou!
-Com
gente poderosa, meu amor. Isso a minha mãe soube me ensinar muito bem, ossos do
ofício.
-Devia
acabar com tua raça agora, sabia?
-Então
pega a faca que você deve ter usado pra abrir a porta da minha casa e me mata!
Me mata! Você acaba com a minha vida e, de quebra, acaba com a sua também. Vai
pro reformatório, é isso que você quer? Por causa de uma prostituta, como você
mesmo fala? O que você queria que eu fizesse? Hein? Não pensa que minha mãe
ficou triste com o abandono do salafrário e esperou a morte chegar como num
romance, não; ela se matou! Me deixou sozinha! Transei, sim! Transei com muito
homem, com muita gente mesmo. Tanto que ate perdi a conta de quantos transaram
comigo em cima dessa cama que a gente dorme toda noite!
-Cala
a boca... – diz, em voz baixa- Eu não quero fazer uma besteira pior do que te
bater. Então, vê se cala a porcaria dessa boca!- começa a gritar novamente.
-Não!
A gente vai até o final com essa conversa! E eu tô pouco me lixando se você vai
me largar ou se vai me querer, eu vou falar! Cala a boca você!- Bete faz uma
pequena pausa, leva as mãos à cabeça, anda pelo quarto enquanto Diego soluça,
consternado com as revelações- Até que página você leu?
-Até
a última página. Não tem nenhum detalhe que eu já não saiba, Bete...
-Então,
você deve ter lido como foi que eu consegui esse sobrado pra morar, né? Sim,
porque na zona com a minha mãe eu não ia ter como ficar. Foi com pouco tempo
que ela morreu, eu comecei a sair com um advogado. Sabe aquele cara que finge
ser certinho, mas é dos piores? Pois é. Adorava uma menininha... Um pedófilo
nojento. Não foi meu primeiro homem, não, mas era o que mais me machucava na cama...
-Se
você continuar com essa palhaçada, eu juro que eu faço uma besteira! Para de
falar... Por favor, para de falar- Diego diz pausadamente, a ponto de agredir
Bete novamente.
-Você
não é meu namorado, Diego? Tem que saber de tudo, sem tirar uma vírgula. Ele
até que gostava de mim, sabe? Tinha uma tara... Quando eu descobri no que ele
trabalhava, convenci ele de que queria estudar. E ele me perguntou aonde, eu
disse que no mesmo colégio do meu sobrinho amado. Só que eu fiquei com medo que
não me aceitassem porque eu passei anos da minha vida sem estudar, sem querer
ver cara de livro, de colégio, de professor... Daí, ele criou uma certidão de
nascimento falsa, e eu fiquei “na idade certa de ser ensino médio”. Molhou a
mão de muita gente pra tirar documento falso pra mim, mas o pagamento eu
garantia. A todos eles. Sabe que até hoje eu não sei como a mulher dele nunca
soube que ele tinha um caso? Tem mulher que é burra, né? Ele até me ensinou a
dirigir quando eu era menor de idade. Arranjou um carro velho, lógico, pra
ninguém desconfiar, e esse sobrado. Era aqui que eu recebia ele e atendia os
outros também. Sabia que tem homem que fantasia através da droga também? Só
acha que vai chegar “lá” se estiver chapado- ri alto- Foi por isso também que
eu comecei a vender. Era um atrativo pros homens virem até aqui.
-Quando
você não precisou mais dele, matou. Foi isso que eu li no diário. Não foi?
-Não
podia correr o risco de ser presa ou o cara me denunciar. Ele sentia muito
ciúme de mim com os caras. Imagina se ele usasse do emprego de advogado dele e
me entregasse pra polícia, dissesse que eu tinha certidão de nascimento com
data alterada, que eu tinha veículo no meu nome sendo de menor, que eu morava
sozinha num sobrado onde recebia homem de todo tipo? Aí tive que me livrar, né?
Mas pra todos os efeitos, ele se acabou sozinho numa overdose. Sabia bem a dose
que ele não podia tomar e injetei. Pronto. Resolvi o problema.
-Até
onde você acha que vai chegar?
-Ao
túmulo do Fábio. A Alice vai pagar pelo que me tirou. Ninguém vai me impedir
disso.
-Eu
vou.
-O
quê?
-Pensou
mesmo que eu ia ficar calado depois de tudo que eu fiquei sabendo? A Alice vai
saber o que você tá querendo com ela e com o filho, e vai afastar o Fábio de
você.
-Como
se alguém tivesse prova contra mim...
-Se
você quisesse destruir esse diário, teus documentos falsos e tudo mais, já
tinha se livrado.
-O
que você pensa que vai fazer, Diego? Me entregar pra polícia?
-Polícia?
Não, meu amor. Vou jogar o teu vídeo de sexo na internet. Sabe o que vai
acontecer? A justiça vai me procurar e tirar o vídeo do ar, mas até isso
acontecer, Bete... Já vão ter achado o médico. Ele é afastado do trabalho, te
deda, a polícia começa a investigar tua vida de cabo a rabo e aí... Fim de
linha pra você. Se a tal de Alice não souber por mim, vai saber do mesmo jeito
por qualquer um. Imagina só: tráfico de drogas, prostituição infantil,
assassinato... Tudo pra se vingar da madame da zona oeste da cidade. Que
história, hein, Bete? A televisão não vai falar em outra coisa nos próximos
dias.
-Não
faz isso comigo, Diego. Por tudo que a gente já viveu, e por tudo que a Alice e
o Fábio me tiraram, não faz isso comigo. Guarda o meu segredo. Eu faço o que
você quiser, mas não me entrega pra ninguém.
-Tá
bom, então. Sabe o que você pode fazer por mim agora?
-Pede.
Pede o que quiser, meu amor. Pode pedir.
-Que
você se dane- Diego cospe na cara da traficante e deixa o quarto da moça. Em
silêncio, Bete anda até a cozinha, abre a gaveta e retira uma faca amolada,
pondo-a a dentro do bolso. Sem causar alarde, segue o usuário que deixou a
porta do sobrado aberta e está descendo a escada, atacando-o com o talher. Mas
Diego dá meia volta e segura o braço da traficante- Tá pensando que vai me
apagar, vagabunda?
-Você
não vai falar nada! Você não vai acabar comigo!
-Vamos
ver se não vou- machuca o braço de Bete, na tentativa de fazê-la largar a faca.
-Diego,
me solta! Me solta!
-Pode
dar adeus ao dinheiro do teu pai, à tua vingança e à tua liberdade. O inferno
que você vai viver na cadeia vai ser pior que o da tua mãe, vagabunda!- Diego
faz com a faca caia pelo corrimão da escada, mas Bete o empurra e ele rola
pelos degraus rapidamente. A câmera é atirada para fora do bolso do dependente
químico, retirando suas pilhas.
Abalada
momentaneamente, Bete desce a passos lentos, tocando no pescoço do namorado,
desacordado.
-Tá
vivo. Mas só por enquanto.
Bete
recolhe a faca que deixou cair, colocando-a no bolso traseiro da calça e, em
seguida, arrasta Diego para dentro de seu apartamento, mas não sem antes
conferir se a câmera está ou não danificada.
-“O
que tá rolando comigo”, Gabriela? Essa pergunta eu devia fazer pra você. Não
vejo nada demais um casal querer ir pra cama. A não ser que não exista tesão de
nenhuma das partes.
-Desculpa,
mas é que é estranho a gente tocar nesse assunto. Eu disse que não tava
preparada e você respeitou isso, sem me questionar. O que foi que mudou e eu
ainda não sei?
-Do
que você tem medo? Por acaso não confia em mim?
-Sei
que pode parecer besteira, mas eu...
-Fala,
Gabriela.
-Eu
romantizo esse dia, entende? Não quero fazer de qualquer jeito. Tem que ser uma
coisa especial.
-Só
espero que sua primeira vez seja comigo, então.
-Por
quê? Pensa que não vai ser?
-Você
quem sabe.
-Fábio,
o que é que tá acontecendo com você, hein? Por que você deu pra agir desse
jeito?
-De
que jeito? Tá viajando? Eu tô normal; na medida do possível, é lógico.
-O
que é que você tá entendendo como “normal”? Agredir os outros a troco de nada?
Fazer insinuação o tempo todo? Falar nas entrelinhas? Você não é assim, Fábio.
-Talvez
eu tenha virado essa pessoa, mesmo que ninguém goste. Vai ver as pessoas tenham
culpa por isso, por essa transformação que eu tô passando.
-E
quando você pensa dessa forma, tá me incluindo nisso? Porque eu quero que uma
coisa fique bem clara entre a gente: eu não tô gostando nada do seu jeito.
-Gabriela...
Você não tem que gostar do meu jeito. Tem que gostar de mim e aceitar.
-Como?
Me diz. Se tem uma coisa que eu quero é te ajudar. Mas é difícil de fazer isso
sem que o meu namorado se abra comigo. Aliás, é impossível.
-Enrolou,
enrolou, enrolou e não respondeu o que eu perguntei: eu vou ser seu primeiro
homem?
-Fábio,
é só você lembrar daquilo que a gente conversou no dia do acidente.
-Parece
que aquele dia não terminou e não vai acabar nunca pra mim.
-Pois
é. Desde aquele dia, você voltou outra pessoa pra casa: transtornado, pronto
pra peitar o mundo à sua volta. Pode até ser que você não lembre, mas eu
prometi ficar do seu lado. Fica tranquilo, tá? Você não vai ser meu primeiro
homem, vai ser o único... Mas se você quiser e quando nós dois, juntos...
Quando a gente quiser.
-Você
já vai pra casa?
-Vou.
-A
gente acaba de chegar, Gabriela. Relaxa aí.
-Se
preocupa, não, Fábio. Vai ficar tudo bem. Só precisa me dizer quando- Gabriela
deixa o quarto do rapaz, que tranca a porta e retira os cigarros da mochila.
Alice vê a namorada do filho deixando a casa.
-Ué,
Gabriela! Você já está indo?
-Pois
é, Dona Alice. É que eu tenho trabalho do colégio pra entregar amanhã, por isso
eu já vou.
-Você
não faz todos os trabalhos com meu filho e o seu irmão?
-Só
que esse daí é individual. Tchau!
-Tchau...
– cumprimenta a moça, observando-lhe fechar a porta- Será que ela ficou
constrangida pelo que aconteceu entre mim e a mãe dela ou... Brigou com o
Fábio?
Alice
vai até o quarto de Fábio, onde gira a maçaneta uma só vez, estranhando que a
porta esteja trancada. Pensa em chamar o filho, mas sente um cheiro diferente
emanando do quarto. Desconfia, mas prefere não insistir pra falar com o rapaz,
usando um dos cigarros que Bete lhe vendeu.
Esperando
a noite avançar, Bete amarra a boca e os braços de Diego, e novamente o leva
para fora de seu sobrado. Aproveitando a baixa iluminação de sua rua e um
horário de nenhum movimento, arrasta o rapaz para dentro do carro velho que
ganhou do cliente, pondo o namorado dentro do porta-malas. Dirigindo até uma
rua erma e sem sinalização, a meliante estaciona o carro próxima de um
precipício.
Diego
finalmente é desamarrado e retirado do porta-malas para ser posto no banco do
motorista. Bete tira a blusa e limpa o volante, as maçanetas e o porta-malas,
mas colocando cautelosamente no porta-luvas alguns cigarros e seringas. Bate
fortemente no rosto do rapaz, que finalmente desperta, bastante fraco.
-O
que... O que foi que você fez?- pergunta, após ter suas mãos e sua boca
desatadas.
Bete
religa o automóvel, pondo Diego na dianteira do veículo e fecha a porta.
-Tô
salvando a minha vida. Mas acabando com a da Alice, a do Fábio e a sua.
Indo
para a traseira do veículo, Bete coloca a blusa novamente nas mãos e empurra o
carro, que despenca e fica em destroços em questão de segundos. Sem nenhum
receio, veste novamente a peça de roupa e volta para casa a pé pelas estradas
de baixa iluminação, chorando pelo seu novo crime.
No
dia seguinte, depois da hora do intervalo, Alice resolve ir até o colégio para
esclarecer com Gabriela se ela notou algo diferente com Fábio quando foi vê-lo
na tarde anterior. Estaciona o carro na rua atrás da instituição escolar, para
que o filho não suspeite dessa visita à nora. Chega ao porteiro e pede pra
falar com a coordenadora do local, que a recebe em sua sala.
-Que
prazer receber a senhora aqui, Dona Alice. Em que posso ajudar?
-Cláudia,
eu queria um favor seu, mas eu queria que isso ficasse entre nós.
-Algum
problema?
-Não...
Quer dizer, eu não sei, mas... Preciso falar com Gabriela.
-Da
sala do seu filho?
-É,
a namorada dele. Mas eu não quero que ele saiba que eu estou aqui.
-Já
entendi. O assunto é confidencial. Vou chamá-lo agora mesmo.
-Com
licença- Luciano entra na coordenação do colégio, mostrando o distintivo de
funcionário do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
-Você?-
Alice se surpreende.
-Vocês
dois se conhecem?
-Sim,
nós já nos vimos algumas vezes.
-Como
vai, Alice?
-Bem,
eu vou bem. O que está fazendo aqui, Luciano?
-Preciso
falar com uma aluna sua- diz à coordenadora.
-De
quem se trata?
-Elizabete
Correia, do terceiro ano.
-Desculpe,
mas o que um policial pode querer com uma aluna da escola?
-É
muito sério, senhora. Pode, por favor, chamar a Elizabete aqui? A polícia está
investigando e ela é parte fundamental nessa história.
-Alice,
você se incomodaria de esperar? Eu preciso levar esse rapaz até a sala.
-Sem
problema, eu espero aqui.
-Obrigada.
Vamos?
-Sim,
podemos ir- Luciano é acompanhado pela coordenadora. Na sala, Vinícius olha pra
Bete e nota que Diego não está presente.
-Cadê
teu rolo?
-E
eu é que sei?
-Lógico!
-Sei,
não- mente Bete- Nem falei com ele hoje.
O
professor apaga o quadro e Gabriela, sentada numa das primeiras carteiras,
lamenta.
-Ah,
não acredito! Nem deu tempo da gente anotar esse monte de coisa!
-Ele
é rápido demais, Gabi, já devia estar acostumada- observa Eduardo.
-Amor,
você escreveu?- pergunta pra Fábio- Fábio?
-Você
me chamou?- diz, após perceber sua distração.
-Quis
saber se você anotou antes de ele apagar o quadro.
Eduardo
vê que o caderno de Fábio está praticamente em branco.
-Sabe
que eu nem consegui pegar também?
-Deixa,
Gabriela. Eu tenho anotado- Eduardo arranca uma folha- Eu copio aqui o resto e
depois passo a limpo.
-Valeu,
maninho- Gabriela beija Eduardo, que não deixa de reparar na distração contínua
do amigo.
-Com
licença, professor- Cláudia entra na sala.
-Pode
falar, Cláudia.
-Bete,
dá pra você dar um pulinho na minha sala agora?
-Ui-
os alunos começam a brincar com Bete, que se levanta e segue a diretora.
-Será
que já sacaram o que ela faz?- imagina Fábio.
Luciano
está na porta da coordenação, esperando pela moça. Alice ainda está lá dentro,
mas escuta o diálogo.
-Que
houve, Cláudia?
-Bete,
esse policial quer falar com você.
-Comigo?
-A
gente precisa conversar, e não vai ser uma conversa nada fácil.
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