-Entendeu perfeitamente bem,
menina. Quanto você quer pra sumir da vida do Bruno, inclusive retirando essa
acusação ridícula?
-Ridícula? É isso que você
tem pra me dizer sobre acusar um cara que matou a sua irmã?
-Ah, vamos encurtar essa conversa.
Todo mundo tem um preço, Valentina, eu só preciso que você me diga o seu.
-Por acaso você vai ter
dinheiro pra me pagar?
-Não pense que o fato de ser
uma governanta me torna uma mulher tão simplória quanto você.
-Verdade. As suas economias
são o suficiente pra me calar. O Bruno está por trás disso, não é?
-Bruno não tem nada a ver com
isso.
-“Claro” que não tem. Eu vou
ao shopping agora. Quem sabe eu encontro o Papai Noel e peço que ele me levar
até o Polo Norte?- começa a falar em tom mais agressivo- Se engana que eu vou
desistir de fazer justiça!
-Isso, minha querida, não é
justiça. É obsessão. Pensa que eu não reparei nesse jeito com o qual você olha
pra ele? Não é com ódio, muito menos repulsa. Você é louca por ele.
-É isso que ele pensa sobre
mim? Que eu vou cair na lábia dele?- ri, tentando disfarçar o óbvio- Diga a ele
que não vou me vender. E que vou colocá-lo no seu devido lugar. Se não for no
hospício, vai ser na cadeia!
-Já afirmei que o Bruno não
sabe do que estamos conversando...
-Do que você está
conversando, não é? Porque eu não vou compactuar com a sujeira dele. Certamente
ele deve te pagar o dobro do que você pretende usar pra me subornar. Eu não
devia ter vindo, foi um erro.
-Erro maior será quando a
polícia arquivar o inquérito por falta de provas. Desista, Valentina. Você
nunca vai conseguir destruir o Bruno. A morte da Virna vai ficar no vácuo, será
esquecida.
-Não por mim. Eu vou fazer
com que a polícia não esqueça. Pode avisar ao seu filho postiço que eu não vou
descansar até vê-lo completamente destruído.
-Perda de tempo.
-Coitada... É incapaz de ver
o ser nojento que conviveu durante tanto tempo.
-Só vou te avisar que não vai
ser fácil acabar com o Bruno. Independente do paradeiro dele, eu não vou deixar
que você ou qualquer outra pessoa acabe com ele.
-Bruno já acabou faz tempo.
Eu só vou fazer o favor de jogá-lo no fundo do poço.
-Não se atreva!
-Cala essa boca, velha
maldita! Pensa que eu tenho medo de você?
-Devia começar a ter.
-Pois é. Mas eu prefiro
desafiar você, e o calhorda que você protege- abre a porta do escritório,
pegando a bolsa em seguida.
-Melhor você deixar o Bruno
em paz, Valentina, ou vai se arrepender! Vai se arrepender!- Noêmia grita, mas
Virna sai da casa sem dar ouvidos à governanta.
|||||
Leandro e Giovanna conversam.
-E foi isso que aconteceu. Eu
preferi mentir pro Bruno a ter que expor o meu filho a algum perigo.
-Não posso dizer que não
entendo as razões que te levaram a isso, mas imagino a dor que ele deve ter
sentido ao escutar de você essa mentira.
-Sente pena do Bruno? Depois
de tudo o que ele fez à sua cunhada? Quer dizer, que ele pode ter feito?
-É o filho dele. De uma
maneira ou de outra, ele não vai deixar de sentir alguma coisa pelo próprio
filho.
-Você é mesmo um homem admirável,
delegado.
-Por favor, pode me chamar de
Leandro.
-Tudo bem, Leandro.
-A verdade é que eu não
consigo confiar no Bruno. Até tentei na época que explodiu o escândalo da morte
da Virna.
-Pois é.
-Por isso que o Iago colheu o seu depoimento. Afinal, você, teoricamente, era uma das poucas pessoas que poderia conhecer melhor o Bruno.
-Por isso que o Iago colheu o seu depoimento. Afinal, você, teoricamente, era uma das poucas pessoas que poderia conhecer melhor o Bruno.
-Que depoimento?
-O Iago disse que tomaria seu
depoimento, pra saber sobre os e-mails que a Virna emitiu ao Bruno antes do
casamento.
-Desculpe, mas eu não fui
convocada pra depoimento nenhum. Jamais fui à polícia falar dele.
-Mas, então, por que...
-Onde está o meu neto?
-Plínio? O que está fazendo
aqui?- Giovanna se assusta.
-Eu o chamei, filha. Disse que
estava na hora de deixar o orgulho de lado e pensar no Henrique. Ele vai fazer
o exame pra saber se é ou não compatível com o bebê- explica Marisa.
|||||
Virna volta pra casa e começa
a vasculhar sua bolsa, com medo de algo tenha sido roubado ou que Noêmia tenha
preparado alguma armadilha. Aparentemente, não há nada modificado dentro dela.
É então que ela pega o celular e liga para Iago.
-Fala logo.
-O que deu em você, hein?
-Bom, já deu pra perceber que
você detesta quando eu tento dizer alguma coisa agradável. Vamos ver se sendo
ríspido, eu consigo seu respeito.
-Se você não tivesse meu
respeito, não era meu cúmplice pra destruir o Bruno, Iago.
-Nisso, você está certa. Só
mesmo tendo muito respeito pra seguir com sua obsessão em incriminar o Bruno. E
ainda por cima, ser cúmplice.
-Você não faz ideia do que me
aconteceu hoje.
-O quê?
-Noêmia, a governanta da casa
do pai de Bruno, ligou pra mim dizendo que precisava conversar comigo.
-Por quê? Resolveu colaborar
com a polícia? Sabe onde o Bruno se meteu?
-Quem dera! Ela queria me
comprar pra que eu retirasse a queixa contra o Bruno.
-A gente precisa colar nessa
mulher, hein? Ela é governanta da casa, deve saber segredos do Plínio e do
próprio Bruno.
-Mas o que me importa é o
paradeiro dele! Não há nada sobre ela ou o Plínio que me interesse.
-Eu acho que você deveria
pensar na proposta da Noêmia. Aceita o dinheiro que ela te oferecer, e continua
tentando destruir o Bruno paralelamente.
-Eu já não aguento mais esse
inferno, Iago! Não bastasse a morte da minha irmã, que não deu em nada pra ele,
também a morte do Abílio, que daqui a pouco completa um ano e nada. Depois de
todo o esforço que eu fiz pra incriminar o Bruno.
-Calma aí! Não foi só você
que se esforçou pra isso. Tirar o explosivo da sala do Bruno foi fácil pra
você, mas e eu, que detonei a bomba no carro do Abílio? Tendo que pilotar um
helicóptero, seguindo os dois em alta velocidade e ainda explodir?
-Só que você fez isso, meu
querido, pra me proteger.
-Pra te proteger, não,
Valentina. Pra te agradar, o que é muito diferente.
-Se arrependeu, Iago? Por que
não decreta um mandado de prisão pra você mesmo? Ou pra mim?
-Desde que você disse que o
Bruno matou a sua irmã, eu tenho feito de tudo pra destruir esse cara, movido
céu e terra, na esperança de que você largue o Leandro e venha viver comigo.
Mas ele te deu um pé na bunda e você ainda não saiu dessa casa.
-Já disse que não quero que
as pessoas suspeitem que temos alguma coisa.
-Não temos nada, Valentina. Literalmente!
E eu não prometi castidade pra fazer tudo por você sem receber nada em troca.
-Durma com outra, então! Mas
não é fogo?
-Cuidado comigo. Você mesma
já viu do que eu sou capaz de fazer por causa de um sentimento. Eu matei um
homem, contratei um bandido pra assaltar a casa do safado do Bruno, coloquei
uma arma pra ele ser preso por porte ilegal...
-Uma arma que continha bala
de festim. Bela porcaria. Era pra ter destruído aquela idiota da Giovanna e o filho
dela. Porcaria também é a mira do Bruno. Só soube atirar quando matou a minha
irmã!
-Para com essa ladainha de
Virna e Bruno o tempo todo! Se a velha descobre dos planos, a gente se ferra,
Valentina! Aceita o dinheiro dela e dá um tempo nessa vingança.
-Porque não é você que está
no meu lugar, seu hipócrita! Mas quer saber de uma coisa? Dane-se! Eu vou
continuar fazendo de tudo pra que aquele canalha apodreça na cadeia, e não vou precisar
de você pra isso!
-Valentina... Se você pensa
em me deixar, eu mato você! Eu não esperei todos esses anos pra morrer na
praia! Não se atreva a me abandonar.
-A gente só abandona aquilo
que é nosso, e eu nunca fui sua, Iago. Porque não quis. E nunca vou querer
você. Quer saber a verdade? Eu gosto mesmo é do Bruno, não consigo passar um
dia sem pensar nele. E só quando ele me amar, mas me amar de verdade, é que eu
vou livrá-lo da cadeia. Por isso, jamais dormi com você. Nunca vou fazer isso.
-Bem que eu desconfiava- Iago
fica perplexo e começa a gaguejar- Eu sabia que aquele desgraçado tinha
seduzido você! Por isso, sua obsessão, dia após dia, em acabar com ele!
-Não, Bruno não precisou
fazer isso. Bastou ele viver que é o suficiente pra que eu me apaixonasse!
-Como é que você pôde se
apaixonar pelo cara que matou a sua irmã? A não ser que... É isso! Você matou a
sua irmã!
-Que loucura é essa?
-Claro! Vocês sempre dividiam
todos os segredos. Então, você sabia que ela gostava do Bruno. E a matou pra
ficar com ele. Por isso toda essa obsessão. Culpa! Culpa por ter matado sua
irmã!
-Cala a boca!
-Sabe o que eu vou fazer? Vou
seguir sua orientação e procurar o desgraçado do Bruno, incansavelmente.
Adivinha o que eu faço depois que eu encontrá-lo? Mato! Mato, e ainda ponho a
culpa em você.
-Vai se arrepender de ter
nascido se tocar num fio de cabelo dele!
-Já me sujei muito por você!
Joguei minha reputação no lixo, me meti com bandido, virei assassino. E o Bruno
não sofreu a metade do que eu tive que me submeter por sua causa!
-Toca no Bruno e eu te jogo
na cadeia- Iago desliga o telefone, indignado- Alô? Alô! Droga!- joga o celular
contra a parede.
|||||
-Essa mulher é um monstro, Bruno!
Um monstro!- dispara Noêmia, após ouvir tudo através de uma escuta, no quarto
onde dormiam Helena e Plínio.
-Entendeu agora por que eu
queria que você a trouxesse até aqui? Mesmo sem saber que ela se chama mesmo
Valentina, ou se é a tal de Virna, já se sabe que ela não presta, que bolou
isso tudo pra acabar comigo. Bem como eu suspeitava- anda pelo quarto- Ela
matou o Abílio pra pôr a culpa em mim. E o delegado me seguiu.
-Você não sabe o quanto eu me
sinto aliviada em descobrir isso.
-Por quê, Noêmia? Desconfiava
de mim?
-Impossível não desconfiar,
depois de tudo o que aconteceu. Eu sabia que você carregava consigo um ódio
muito grande. Talvez só a sua mãe e a Giovanna sejam as pessoas por quem você
conseguiu nutrir algum sentimento bom.
-E agora, o meu filho.
-Mas eu sempre soube que esse
ódio que você tem pelo Dr. Plínio poderia te cegar. Te levar a fazer coisas condenáveis,
como esse desejo que você tinha de que ele morresse. Ou que pelo menos fosse
prejudicado. Eu sempre desconfiei das conversas mais recentes que o Dr. Plínio
teve com o Dr. Abílio. Pensava que você poderia ter feito algo que prejudicaria
seu próprio pai, dentro do instituto que foi gerido há duas gerações da família
Reinchenbach.
-Por favor... Aonde você
chegar?
-Sem que o Dr. Plínio se
desse conta, eu saí daqui naquela noite. Fui conferir se você tinha ido à casa
do Dr. Abílio. Pedi a uma das empregadas pra dizer que eu havia me recolhido
por não estar me sentindo bem. Ela deveria dizer isso assim que ele perguntasse
de mim, depois de voltar do hospital com William.
-Como você foi capaz de
suspeitar de mim?
-Na tarde daquele dia,
encontrei uma faca jogada no jardim, e alguns parafusos soltos. Percebi que você
tinha feito aquilo pra que o William se machucasse e o doutor não fosse ao
jantar. Quando soube que a Giovanna te procurava por não ter voltado pra casa,
resolvi ir à casa do Dr. Abílio. Não sabia nem o que diria, mas fui na
esperança de te encontrar e impedir que você cometesse algo grave. Tarde
demais. Encontrei a casa aberta, com uma mancha de sangue na toalha da mesa de
jantar. Num impulso, eu fechei a porta pra que nenhum vizinho me visse. E
comecei a vasculhar os documentos dele, pra ver se encontrava algo que te
incriminasse. Achei, Bruno- começa a chorar- Os comprovantes que mostravam que
você transferiu o dinheiro que recebeu do Governo Federal e os repassou para
uma conta no Caribe no nome do seu pai. Tudo pra incriminá-lo.
-O que pensa em fazer, Noêmia?
Me jogar na cadeia por isso? Impossível. Eu não estou mais com esse dinheiro.
Quando o ladrão contratado pela Virna e pelo Iago me assaltou, foi dessa conta
falsa que eu transferi o dinheiro pra conta do bandido. E ladrão que rouba
ladrão tem cem anos de perdão, já bem diz o ditado. Plínio acabou se livrando
da cadeia porque eu não quis dar um só centavo meu pra aquele canalha. Agora me
fala: e sobre esses documentos? Vai entregá-los à polícia?
-Se pensa em fazer chantagem
emocional comigo, pode esquecer, Bruno. E não ouse me calar! Fique tranquilo,
jamais sairá dos meus lábios novamente uma estória tão podre quanto essa.
-Pensa que eu sou capaz de te
matar?
-Você é capaz de todas as
coisas que te acusam, Bruno. Ninguém, mais do que eu, sabe quem é você. O único
problema é que eu tenho você e o William como os filhos que eu não pude gerar,
e por isso sempre passo a mão na cabeça dos dois. Por isso mesmo destruí esses
documentos- lembra-se do dia em que jogou álcool e um fósforo aceso neles- Como
também dei um fim na toalha ensanguentada da sala de jantar. Certamente você
deve ter se sentido acuado e ferido o Abílio. Mas, por sorte, você não é
culpado por essas tragédias. Se fosse, eu preferiria ser consumida pelo
remorso, a ter de jogar um filho meu na cadeia- enxuga as lágrimas e vai até a
porta do quarto- Mais alguma coisa?
-Localiza o Leandro pra mim,
Noêmia- pede o arqueólogo, estupefato.
-Sim, senhor.
-Obrigado por tudo, Noêmia.
-Hoje é um dia daqueles dias
de agradecer aos céus pelo fato de Dona Helena não estar mais viva. Sei que ela
não aguentaria ver no que você se tornou. Coloque esses dois na cadeia, Bruno.
Essa vai ser a sua última chance de fazer algo de bom pros outros e pra si
mesmo.
|||||
O corredor da área oncológica
está com Leandro, Marisa, Giovanna e Plínio à espera de notícias. O médico
chega.
-E então, doutor? O que deu o
meu exame?
-Parabéns, Dr. Plínio. O
senhor é compatível e poderá doar a medula ao Henrique.
Os quatro se abraçam,
aliviados pela frase do médico.
-Quando será o transplante?
-Como é um caso urgente, eu
precisarei de quarenta e oito horas. Mas posso garantir que a cirurgia será um
sucesso.
|||||
Na manhã seguinte, Noêmia
conversa com Bruno em frente à mansão. O motorista está esperando, com o
porta-malas aberto.
-Tem certeza de que vai até
lá?
-O Leandro também é uma
vítima daquela cobra, Noêmia. Ele não só precisa saber da verdade como também
pode montar uma operação pra colocá-la na cadeia sem o Iago saber.
-Ô, Dona Noêmia, eu não sei
se eu levo ele, não. E se me param numa blitz?- questiona o motorista,
apreensivo.
-Se te param numa blitz, você
paga uma multa. E a recompensa que eu vou te dar por me levar até lá é o dobro
do que um fiscal do Detran vai te cobrar. Sossega esse bigode aí, meu filho-
Bruno é ríspido com o motorista.
-Bruno, você já pensou no que
pode acontecer se esse Leandro decreta voz de prisão contra você?
-O Leandro não só vai
descobrir que a esposa tem um amante como também é uma criminosa. Até ele
descobrir a cereja do bolo, que é o fato de a Valentina ser uma farsa, ele já vai
ter me livrado da cadeia. Leandro não tem outra escolha.
-Que dê tudo certo, meu
querido- beija-lhe, com pesar.
-Tudo não deu certo sempre?
Hoje não vai ser diferente- Bruno retribui o beijo da governanta e se esconde
no porta-malas do carro, que é conduzido pelo motorista da mansão.
-Aquele homem que entrou no
carro, quem era?- pergunta William, sem reconhecer o irmão.
-Em breve você saberá,
William. Assim como todos.
|||||
Horas depois, já à tarde, Leandro
sai do quarto onde a mãe está internada e dá de cara com Bruno.
-Finalmente voltamos a nos
ver, delegado.
-O que é que você está
fazendo aqui?
-Eu vim falar com o senhor.
-Por quê? Veio se entregar?
-Nunca. Eu vim revelar a
verdade.
-A única verdade que pode me
contar é sobre o seu envolvimento na morte da minha cunhada.
-Isso, a sua ex-mulher pode
explicar melhor. Com riqueza de detalhes.
-Como sabe que eu e a...
-Leandro, me deixa terminar.
Eu só preciso que você escute. Eu tenho uma prova da minha inocência. Descobri
que tem gente graúda envolvida nos crimes que me acusam, inclusive gente da
polícia.
-A quem está acusando, Bruno?
-Ao Iago Pereira.
-E por que ele faria algo pra
te prejudicar?
-Pela Valentina. Ela pediu
que ele fizesse de tudo pra me incriminar.
-Valentina não desceria tão
baixo por você.
-Desceria porque me ama!-
Bruno é agarrado por Leandro, que o encosta na parede.
-Não toca no nome dela na
minha frente, assassino! Você é um dos culpados pelo fim do meu casamento!
-O seu casamento terminou
quando aquela mulher apareceu morta no cartório.
-Quer dizer que você se
envolveu mesmo com a Virna?
-Não, o que eu quero dizer é
isto aqui!- Bruno começa a executar a gravação que fez da conversa de Iago e Valentina.
O delegado vai escutando tudo e, aos poucos, solta o colarinho do arqueólogo.
-Isso é uma montagem, não é?
Está me enganando, não está?
-Não, Leandro. Eu tenho
comigo a prova definitiva de que sou inocente. E só você pode me ajudar a
colocar o Iago e essa mulher atrás das grades!
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