CENA 1
VLAVIANO:
Como assim “o Vlad é você”? Eu perguntei se você sabia a verdadeira identidade
do moleque.
DOUGLAS:
E sei. É a sua.
VLAVIANO:
Douglas, não me confunde mais do que eu já tô.
DOUGLAS:
Você não tá confuso. Só é teimoso.
VLAVIANO:
Tudo bem, então vamos jogar da maneira que você quer. Explique de onde você
tirou essa estupidez.
DOUGLAS:
A Maria Clara Anveres fez os testes com Semancol pra saber se essa substância
realmente causa felicidade nas pessoas.
VLAVIANO:
E já deu pra sacar que não, a minha vida virou de ponta-cabeça depois disso.
DOUGLAS:
Pois é. E se só você consegue ver o Vlad porque no seu subconsciente ele é a
representação da felicidade?
VLAVIANO:
Aquele adolescente insuportável? Tuas teorias estão cada vez piores.
DOUGLAS:
Acho que não me fiz entender.
VLAVIANO:
Não mesmo.
DOUGLAS:
Vamos parar de pensar no Vlad e sim na idade que ele tem.
VLAVIANO:
E aonde vamos chegar pensando nesse aspecto?
DOUGLAS:
Quando você tinha a idade do Vlad, você também era Vlad. E talvez sonhasse tão
alto quanto ele, achando que jamais teria necessidade de voltar pro chão.
VLAVIANO:
Mas o que o Semancol tem a ver com tudo isso que você tá falando, cara?
DOUGLAS:
O efeito de medicamento é transmitir a felicidade pra quem toma. A sua
felicidade é a época que o Vlad está vivendo agora, no universo paralelo de
onde ele veio pra te conhecer.
VLAVIANO:
Por quê, Douglas?
DOUGLAS:
Porque não existia, em sua mente, todas as preocupações de agora. E a relação
dele com o Colégio Providencial representa o retorno ao lugar em que você
passou a maior parte da sua infância e o começo da adolescência. Possivelmente
lá foi o cenário em que você se viu assumindo um papel importante no mundo.
VLAVIANO:
Até que faz sentido.
DOUGLAS:
E digo mais: o desaparecimento do Vlad nada mais é do que a dissipação do
efeito do medicamento.
VLAVIANO:
Tudo se encaixa perfeitamente. Menos uma coisa.
DOUGLAS:
Qual?
VLAVIANO:
Por que você disse, antes de conseguir me esclarecer tudo o que conversou
comigo, que não gosta de ferir a ética?
DOUGLAS:
Simples: eu ia dizer que você é muito burro. Seu entendimento me privou desse
prazer particular.
(ABERTURA)
CENA 2
(fundo
musical: “Jack Soul Brasileiro (Jørd and Mojjo remix)”- “eu só ponho/ eu só
ponho/ eu só ponho”)
Vlad
começa a desfolhar uma árvore que fica próxima à quadra do Colégio Providencial.
Letícia se aproxima do novo namorado aparentemente carinhosa, e com os braços
abertos.
LETÍCIA:
Meu amor... (é surpreendida quando Vlad joga as folhas no seu rosto) Ah! O que
foi que eu fiz?
VLAD:
Posso saber o que você andou fazendo ontem de tarde?
LETÍCIA:
Fui pra locadora pegar “Crossroads” pra assistir.
VLAD:
E chamou o Jean pra rebobinar a fita por quê?
LETÍCIA: Jean... Claude Van-Damme? Ele não tá nesse
filme, meu amor; é com a Britney.
VLAD:
Para de se fazer de idiota e me diz: ele rebobinou a fita VHS por quê?
LETÍCIA:
Não era VHS, era DVD... Eita!
VLAD:
Se entregou!
LETÍCIA:
Não é nada do que você tá pensando, não. O Jean foi à minha casa pra... Por
causa de um trabalho de biologia que o professor Marcelo passou pra sala da
gente.
VLAD:
Claro. E vocês tiveram que procurar no malheiro aqueles livros de ciências da
sétima série pra pesquisar sobre o corpo humano também?
LETÍCIA:
Deixa disso, cara. Quem foi que inventou essa mentira?
VLAD:
Letícia, eu sei das coisas. Você queria fazer ciúme pra esse cara e me fez
acreditar que queria me namorar. Pois
agora ele vai saber, e o Colégio Providencial todo. Porque nunca vou querer
namorar uma mentirosa.
LETÍCIA:
Quanto drama, rapaz. A gente nem tinha nada sério.
VLAD:
E o que foi aquilo que você me falou tem dois dias?
LETÍCIA:
Foi só pra que ele visse. Tá doido que eu vou querer um cara feito você, com o
Jean perto de mim?
VLAD:
Não precisa mentir mais, não. Agora vê se me faz um favor: até o dia que você
quiser estudar em outro lugar, não olha na minha cara. Aproveita o Jean, já que
ele deve ser melhor que eu.
LETÍCIA:
Favor eu vou fazer é pra mim, pode apostar. Só me diz uma coisa: quem foi que
abriu teus olhos?
VLAD:
Isso não te interessa. Mas eu tenho que dar “obrigado” a quem me falou a
verdade. Agora toma cuidado, viu?
LETÍCIA:
Com quê?
(fundo
musical: “Se a gente pode sonhar (Zerky remix)”- “ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,
ô”)
VLAD:
Pro Jean não escangalhar teu coração, como você fez com o meu.
NARRADOR:
“ESCANGALHAR”: também chamado de “esculhambar”, é o verbo que significa
“quebrar algo”.
LETÍCIA:
Só me faltava essa mesmo. O pirralho acabou de me guizar com folha de árvore e
eu ainda recebi lição de moral... Babaca!
NARRADOR:
“GUIZAR”: no Amazonas significa “agredir”, em outros estados significa
“cozinhar”.
CENA 3
Na
redação do “Chicoteando”, Paloma recebe a visita de Nick e fica irritada.
PALOMA:
Que ideia de ter vindo me procurar aqui foi essa?
NICK:
Não podia mais esperar o dia em que você tivesse alguma disponibilidade.
PALOMA:
O que é que tu queres? Fala logo, antes que alguém nos veja.
NICK:
Desde o dia da armação que eu tento falar contigo pra solucionar um problema.
PALOMA:
É, você já tinha me falado por alto. Qual é?
NICK:
Uma das cobaias da Maria Clara...
PALOMA:
Ah, não, Nicole! Agora que eu consegui lavar a égua, você vem encher minha
cabeça de problema? Tenha dó!
NARRADOR:
“LAVAR A ÉGUA”: também conhecida como “lavar a burrinha”, é uma expressão que
significa “levar vantagem”, “ter um momento de felicidade”, “ter sorte em
alguma coisa”, “ganhar algum prêmio”.
NICK:
Sinceramente, eu não tô preocupada com sua inveja pela Maria Clara. E sim pelo
que nós duas fizemos.
PALOMA:
Você fez, minha querida.
NICK:
A seu mando, Paloma. Tá lembrada?
PALOMA:
Tudo bem. Fala o que é.
NICK:
Na noite em que eu tinha que ir ao karaokê, o Vlaviano me procurou na empresa.
Quer dizer, ele foi atrás da Maria Clara.
PALOMA:
E quem é Vlaviano?
NICK:
Uma das pessoas que receberam cachê pra testar o Semancol.
PALOMA:
O que é que ele queria?
NICK:
Contestar a Maria Clara sobre os efeitos do remédio.
PALOMA:
Mas até aí eu não vejo problema. Pelo contrário, ele endossa as denúncias que
foram feitas até agora. O que tem de perigoso nesse homem?
NICK:
Ele não tomou a segunda dose.
PALOMA:
Nicole, eu não sou farmacêutica e era péssima nas aulas de biologia. Quer, por
favor, ir direto ao assunto, que essa conversa já tá chata?
NICK:
Vou refrescar a sua memória, então. A primeira dose é a do Semancol que a Clara
vinha desenvolvendo na fábrica. E a segunda foi o alucinógeno que eu apliquei
pra que acusassem a Pharmanveres de drogar as cobaias.
PALOMA:
OK, mas onde é que esse Vlaviano entra na história?
NICK:
Eu injetei nesse cara apenas o Semancol, e depois eu lhe entreguei o pagamento,
como fiz com todos os outros. Só que ele sumiu do laboratório sem tomar o
alucinógeno. E dias depois foi tirar satisfação com a Maria Clara.
PALOMA:
A manauara dos infernos foi contatada por ele?
NICK:
Não, eu enrolei o Vlaviano. Ele apareceu na empresa na noite do karaokê e eu o
fiz esperar lá. Depois que eu voltei, já não estava mais. Mas, pelo que eu sei,
ele não chegou a vê-la.
PALOMA:
Será que o Semancol trouxe benefícios à saúde dele?
NICK:
O que eu reparei é que ele tava bem irritado porque teve alucinações, mas
estava ciente de que precisaria tomar duas doses do medicamento porque eu falei
isso pra todos, sem que a Maria Clara soubesse.
PALOMA:
Talvez seja esta a prova de que o experimento dela não funciona tão bem quanto
ela acha.
NICK:
Você não sabe o que tá falando. Aquela mulher é um gênio!
PALOMA:
Tanto que caiu na nossa armadilha.
NICK:
Só que nós sabemos que ela jamais colocaria no mercado algo que pudesse
prejudicar alguém. Já tem anos que ela pesquisa sobre o Semancol e sabe, mais
do que ninguém, que ele não é prejudicial à saúde. Se as pessoas estão
reclamando é porque foram vítimas da nossa sabotagem. Já parou pra pensar que
eu vou ser alvo da desconfiança dela se o Vlaviano disser que os outros
receberam duas doses, quando o acordado comigo foi que eu desse apenas uma
injeção? Mesmo que ela não saiba da ministração da droga, vai achar que todos
foram vítimas de uma overdose do medicamento, e a culpa vai recair sobre mim de
todo jeito. O que é que a gente faz agora? Ele não pode encontrar a Maria Clara
e contar que o remédio funciona.
PALOMA:
E não vai. Marca um encontro com ele e risca esse rapaz do mapa.
(fundo
musical: “À francesa (Extended club mix)”- parte instrumental)
Estamos
apresentando “Catch back”.
(fundo
musical: “Linha de fogo (DJ Corello soul inside remix)”- “dance, dance, dance
mania”)
NARRADOR:
Um produtor recebeu a proposta de voltar ao Brasil pra gravar um programa que
promete ser o maior sucesso.
THIAGO:
Com licença. Eu estou procurando...
ANTONIO:
Já não está mais.
(fundo
musical: “A noite”)
NARRADOR:
Só que o apresentador autoescalado pra tarefa de comandar a atração parece não
ter tino pra coisa.
ANTONIO:
“Gato se torna ‘aluno’ mais conhecido de faculdade”. É, é mais fácil ele ir do
que eu.
NARRADOR:
“Do naipe do Nipo”, uma superprodução gravada no Japão com atores brasileiros.
Nessa sexta, duas e meia da tarde, no “Cinema em casa do (censurado)”, porque
convenhamos: que lugar longe da (censurado)!
WILSON:
Eu só lamento.
Voltamos
a apresentar “Catch back”.
(fundo
musical: “Linha de fogo (DJ Corello soul inside remix)”- “dance, dance, dance
mania”)
NICK:
O que foi que você falou?
PALOMA:
Nick, você só é minha cúmplice porque eu não ia escalar alguém com inteligência
limitada pra fazer o serviço sujo. Você me entendeu.
NICK:
Mas me transformar numa homicida? Você ficou louca de vez?
PALOMA:
Não vai querer que eu suje as minhas mãos, não é?
NICK:
Paloma, você tá passando dos limites.
PALOMA:
Tem uma ideia melhor? Claro que não.
NICK:
Essa história de prejudicar a Maria Clara tá indo longe demais!
PALOMA:
A minha preocupação não é com a Maria Clara, e sim com a gente. Sem contar que,
se colocarmos na balança, os seus motivos pra lhe odiar são mais fortes do que
os meus.
NICK:
Me peça qualquer coisa, mas isso não. Por favor, Paloma!
PALOMA:
O que você quer? Que eu faça o serviço? Se você não sabe, eu sou uma figura
pública, tenho uma reputação pra zelar...
NICK:
E a minha que se dane?
PALOMA:
Exatamente! Nós duas estamos juntas no propósito de acabar com a raça daquela
infeliz. E, se surgir algum empecilho, a gente vai ter que descartar. Quanto
mais cedo, melhor.
NICK:
Já tô arrependida de ter vindo pra cá te contar essa história...
PALOMA:
Tarde demais, Nick. Agora um plano vai ter que ser executado pra neutralizar
esse rapaz. Ele pode me conhecer do trabalho que eu faço na TV, então nós dois
juntos pode dar muito na vista. Pensa bem. E rápido, porque o tempo tá correndo
contra a gente.
NICK:
Tudo bem, se não tem outro jeito... Por onde a gente começa?
PALOMA:
Primeiro: você vai procurar a ficha completa desse Vlaviano na Pharmanveres.
Certamente ele deve ter deixado um número pra contato.
NICK:
Ligo pra ele, entendi. E quando ele perguntar o que eu quero?
PALOMA:
Chama o Vlaviano pra comer um kikão. Se ele recusar, você vai ser obrigada a
usar seus dotes lascivos. Talvez seus lábios carnudos possam lhe oferecer uma
aventura estimulante, já que ele só vai olhar pra eles.
NARRADOR:
“KIKÃO”: “cachorro-quente” em Manaus. A expressão surgiu após o sucesso de
cachorros-quentes vendidos por um homem conhecido como Kiko.
NICK:
Que pretexto que eu vou usar?
PALOMA:
Diz que você tem alguma coisa contra a Clara; sei lá, conta alguma mentira
convincente. Fala um item que chame a atenção dele contra essa mulher. Marca um
encontro, faz um lanche e depois...
NICK:
Depois?
PALOMA:
Partimos para a segunda parte do estratagema. Diz que tem uma ideia pra
processar a Maria Clara, e que vocês têm que agir com cautela pra não sofrerem
represálias. Assim que acabar, você diz que está sem o dinheiro da passagem pra
voltar pra casa, e pede algum tostão.
NICK:
Pra quê isso?
PALOMA:
Pra saber se ele veio com carteira. Se você conseguir seduzir o Vlaviano, ele
te paga a passagem, nem que pra isso ele tenha que voltar pra casa a pé.
NICK:
Ainda não tô conseguindo acompanhar o teu raciocínio.
PALOMA:
Pede pra ele te acompanhar até o ponto de ônibus. Mas deixa ele ir na frente.
Tire da bolsa um capuz, coloque e, então...
NICK:
Paloma...
PALOMA:
“The end”, queridinha. Ah, e lembra que a carteira tem que ser roubada. Quando
a polícia encontrar o presunto, vai achar que foi um assalto.
NICK:
Você é doente... Completamente demente...
PALOMA:
Se recuse, Nicole. Se recuse a fazer o que eu tô te dizendo e você vai ter
certeza do quanto que eu sou desequilibrada. Inclusive, vai ser a última coisa
que você descobrirá na tua vida.
CENA 4
(fundo
musical: “Adrenalizou (Gabe Pereira remix)”- “olhando um filme de terror/ roubei
um disco voador/ N maneiras de te encontrar”)
Maria
Clara está em frente à mesa na qual Nick trabalha e não encontra a secretária.
MARIA
CLARA: Onde é que ela se meteu, hein? Quando a gente tá metida numa confusão
tão maceta quanto esse vendaval da minha vida, até as nossas subordinadas
desaparecem!
NARRADOR:
“MACETA”: grande, imensa, de proporções anormais.
Alguém
bate a porta.
MARIA
CLARA: Aposto que ela chegou e já tem uma desculpa na ponta da língua pra
justificar o atraso. (destranca a porta) O que é, Nicole?
POLICIAL:
Maria Clara Anveres é a senhorita?
MARIA
CLARA: Sim, sou eu.
POLICIAL:
Por favor, tenha a bondade de assinar aqui.
MARIA
CLARA: O que é isso?
POLICIAL:
Uma intimação. A senhorita deve comparecer à Delegacia de Tretas Amazonenses para
esclarecer fatos acerca da investigação sobre o remédio Semancol.
MARIA
CLARA: Não é possível... Não vão descansar até eu ticar bodó!
NARRADOR:
“TICAR BODÓ”: enlouquecer.
POLICIAL:
Não mesmo. Agora assina!
CENA 5
Vlaviano
volta ao consultório de Douglas, mas agora é o psicólogo que está no divã.
DOUGLAS:
Sabe, Vlaviano? Eu preciso conversar sobre mim.
VLAVIANO:
Não era eu que deveria estar deitado?
DOUGLAS:
Dá um desconto pra mim. A coluna tá
praticamente um amontoado de peças de Lego.
VLAVIANO:
Andou pegando peso, Douglas?
DOUGLAS:
Na academia. Mas não vou seguir fazendo, não. Vou desistir.
VLAVIANO:
Olha que você falou isso há dois anos. Vai mudar de ideia de novo?
DOUGLAS:
Tenho refletido sobre muitas coisas a respeito da minha vida. Principalmente o
lado profissional. O consultório tá passando por dificuldades financeiras.
Talvez seja a hora de me permitir respirar novos ares.
VLAVIANO:
Trocar de profissão? É isso que quer me dizer?
DOUGLAS:
Podemos dizer que sim.
VLAVIANO:
Tinha que ser meu psicólogo mesmo. Até minhas neuras te atingiram. E que
profissão você quer exercer agora?
DOUGLAS:
Acho que agora eu poderia virar um...
(fundo
musical: “Luz que me traz paz (Astronauts & Deep Motion remix)”- “eu vou
contar pra ela que sem ela não existe mais”)
VLAVIANO:
Espera um minuto, tem alguém me ligando. Alô?
NICK:
Alô! Aí quem fala é Vlaviano Barroso, com V de “viril” e B de “bonitão”?
VLAVIANO:
Que é isso, minha gente? Trote?
NICK:
Aqui quem fala é uma amiga. Se você quiser, a nossa relação pode evoluir, mas
ainda é cedo pra falar nisso.
VLAVIANO:
Quem é você?
NICK:
Alguém que pode te revelar muitas coisas sobre o Semancol. E eu sei o quanto
está ansioso pra saber. Me encontre quinta-feira, meia-noite, na entrada do
bodozal. Você não tem nada a perder. Muito pelo contrário (desliga o celular).
VLAVIANO:
Alô? Alô, quem é? Alô!
DOUGLAS:
Quem falou com você?
VLAVIANO:
Não sei. Marcaram um encontro comigo. Pra falar do medicamento da Pharmanveres.
De madrugada.
DOUGLAS:
Isso me parece uma armadilha.
VLAVIANO:
Tem razão. E vou ao encontro de quem pode estar por trás disso.
DOUGLAS:
Você não está raciocinando direito, Vlaviano. Você concorda comigo que é uma
situação perigosa e quer ver o mentor desse plano?
VLAVIANO:
Ou mentora.
DOUGLAS:
De quem está desconfiando?
VLAVIANO:
De Maria Clara Anveres. Mas isso vai acontecer à luz do dia, em terreno neutro,
e muito antes do que ela imagina. Se ela quiser mesmo me fazer algum mal, eu
vou descobrir. E impedir também.
(fundo musical: “Puro êxtase (Sax in the house
version)”)
O
episódio congela na feição da dúvida que paira sobre a mente de Vlaviano.
(CRÉDITOS FINAIS)
(fundo
musical: “Livre pra viver (DJ Ippocratis ‘Grego’ Bournellis, DJ Silvio Müller,
DJ Cabello e DJ Ricardo Guedes)”- “viver é bom demais/ ninguém vai me prender,
ninguém vai me prender”)
(VINHETA DA JOGA FORA NO LIXO PRODUÇÕES)
CHAMADA
(fundo
musical: “Dias e noites”- “viver/ viver/ viver/ viver”)
NARRADOR:
Próxima quinta- Vlaviano vai conseguir revelar o que sabe para Maria Clara.
MARIA
CLARA: Eu sabia! Eu sempre falei que o Semancol funciona, e o tal de Vlad é a
prova disso! Como é que eu faço pra encontrá-lo?
IVAN:
Basta submeter esse rapaz ao medicamento.
NARRADOR:
E pode ter chegado a hora de Nick cair numa armadilha.
DOUGLAS:
Só tem um jeito de provar que essa Nick é uma mulher perigosa.
VLAVIANO:
E que forma é essa?
DOUGLAS:
Usando a Maria Clara como isca. Se ela foi prejudicada por essa secretária, é a
maior interessada em saber se ela mentiu e quando.
(fundo
musical: “Dias e noites”- “viver algo novo/ tocar”)
NARRADOR:
Próxima quinta- as emoções dos últimos episódios de “Catch back”.
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