07/07/2015

TEMPO PERDIDO/ CAPÍTULO VII

-Se eu vou gostar do que eu vou ouvir ou não é problema meu! Eu quero saber o que você tá fazendo aqui!
-Eu disse que vinha, não disse?
-Espera aí: vocês se conhecem?
-Sabia que eu tenho minhas informantes na boate, Norberto? Coitada... A menina contou que você trouxe uma mulher pra cá. Adivinha o que ela me pediu em troca pela informação? Que eu arrume um emprego decente pra ela, pra ver se ela sai dessa vida- começou a rir até olhar pro meu rosto e mudar de expressão- Quando a você: tem meio minuto pra sair da minha casa, senão eu mesma tiro você daqui.
-Calma, Vivinha. A gente pode conversar, não precisa fazer escândalo nenhum.
-Já não falei que meu assunto é com essa vadia aqui, não com você?
-Olha aqui, veja lá como fala comigo!
-O que é? Você não se respeita como mulher e ainda quer que eu te respeite? Por acaso eu vou pra casa dos outros, dar em cima do marido das outras?
-Baixe sua voz! Tá pensando que a senhora é quem? Minha mãe?- perguntei para ver se ela acabava com aquela farsa na frente do Norberto. Foi o mesmo que nada...
-Ainda bem que eu não sou! Aliás, ainda bem que nunca tive filho nenhum! Imagina só parir uma piranha feito você!
-Repete!- tentei partir pra cima dela, que se mantinha com o mesmo ar de superioridade de sempre. Norberto me segurou.
-Pode soltar, Norberto. Eu quero que ela venha mesmo, que quebre minha cara!
-Não vai ter nada disso, tratem de se aquietar! A gente não tá fazendo nada de errado! Olha, minha filha, você deixa seu número, e depois a gente marca de conversar sobre a vaga que você quer. Qual é o seu nome?
-A vagabunda não disse nem o próprio nome? Mas é uma profissional mesmo... Veio com essa conversa de procurar emprego pra dar em cima do meu marido, pensa que eu não sei? Vai embora daqui, menina! Sai da minha casa!
-Só saio se Seu Norberto me mandar sair. E o senhor vai me desculpar a sinceridade, mas sua mulher não manda em mim. Eu não vou sair daqui à força!
-É isso que a gente vai ver agora!- segurou pelos meus cabelos enquanto Norberto gritava.
-Solta a menina, Vivinha!
-Vou soltar, sim. Na zona, onde você encontrou essa peste!
-Já disse pra soltar ela, Vilma!- agarrou a minha mãe, pretendo agredi-la.
-Bate em mim! Bate, mostra que é homem! Ou melhor: chama um dos seus capangas pra me dar uma lição. Faz isso, Norberto, e amanhã eu vou aparecer morta na capa do Diário! Adivinha quem vai ser acusado?- ele a soltou- Você faz o que quiser fora daqui, mas quem manda nessa casa sou eu! Eu e mais ninguém! Quanto a você, sua vigarista, você vai ter o que merece e vai ser agora!
-Me larga, Vilma! Me solta!
-Cala essa boca! Vem comigo, infeliz!
E pela primeira vez, desde o seu abandono, que Vilma conseguiu pôr medo em mim. A essa altura, Norberto pretendia se ver livre de desentendimentos com a justiça. Eu era só mais uma.

/////

O desprezo e a frieza com os quais minha mãe me tratava fizeram com que eu, pela primeira vez, refletisse sobre a frase que eu ouvi: a de que eu estava aproveitando a viagem a Pernambuco para cobrar explicações da Vilma, me vingar... Enfim, qualquer coisa que não remetesse ao pedido de Bento. Claro, ele era constantemente mencionado nos atritos que tinha com ela e com Celine, mas eu só queria saber de levá-la pra casa. Não importando o que fosse fazer ao voltar pra Salvador.
Sequer imaginava que minha expulsão não foi a única “emoção” da noite. O quarto do hospital no qual Bento estava internado foi palco de uma cena inquietante para o meu pai. Já estava perto da meia-noite, e meu irmão não conseguia pegar no sono. Meu pai se sentou ao lado do seu leito.
-O que foi, Bento? Não tá passando bem?
-Cadê Ariela, Painho?
-Ô, meu filho... Já é quase outro dia, ela não pôde vir hoje.
-Eu sei que já vai amanhecer. Eu tô perguntando por que ela não veio me ver. O que é? Ela não quis me ver assim, cheio de fio no peito, doente?
-Bento, a gente achou que talvez fosse melhor você não saber, mas...
-Tem a ver com Mainha, não é?
-Tem. Lembra que você me pediu pra trazer sua mãe aqui? Porque você acreditou que ia morrer e...
-Eu vou morrer. Não precisa o médico mentir pra mim, o senhor dizer que tá tudo bem, eu sei que vou morrer.
-Não fala mais isso. Nunca mais diz isso, Bento. A gente ama demais você pra pensar em te perder!
-Painho, o senhor tá fugindo do assunto. O que minha mãe tem a ver com o sumiço de Ariela?
-Filho, você... Falou desse seu pedido na frente de Ariela. Daí, ela resolveu que ia procurar Vilma pra que ela viesse te ver.
-E ela não me visitou mais porque não achou Mainha... Ou é porque Mainha não quis vir...
-É que é muito difícil encontrar Vilma, meu filho. Ela agora tá em outro estado.
-Peraí... Ariela foi sozinha?
-Não, foi com Celine.
-Como é que ela sabe onde minha mãe tá?
-Eu... Descobri. Descobri e acabei contando.
-Descobriu ou procurou saber?
-Tá querendo dizer o quê, Bento?
-Quase nunca o senhor fala de Mainha. Agora, tá me contando essa estória que descobriu onde ela tá. Tudo pela metade. Vai ver o senhor ainda gosta dela.
-Se eu gostasse de sua mãe ainda, eu não tava com outra há dez anos.
-Se não gostasse, não tava me respondendo. Tipo... Não precisa.
-Já faz tempo que eu não sinto nada por sua mãe, Bento- dizia, com certo pesar. Meu irmão não acreditou.
-Na boa... Se o senhor quer me contar alguma coisa, conta logo de uma vez. Pra que esse mistério todo? O senhor acha que a gente merece ficar sem saber do que tá rolando?
-Filho... Existe muito de mim que as pessoas não sabem.
-Como assim? O que mais o senhor tá escondendo?
-Vamos fazer o seguinte: Ariela vai vir essa semana. Ela vai te explicar o que aconteceu com sua mãe.
-Por que o senhor não fala?
-Porque eu sou um covarde. Eu errei muito, e não quero errar contando tudo do meu jeito, do meu ponto de vista. Deixa sua irmã voltar, e ela vai saber explicar melhor que eu.

/////

O portão da mansão foi aberto por um segurança. Vilma me parou na frente do homem e segurou meu rosto.
-Tá vendo essa menina aqui, Nélio?
-Tô, sim, senhora.
-Então, decora bem a cara dela! Porque se ela inventar de aparecer aqui, você bota pra fora, ouviu?- afastou-me um pouco do rapaz e começou a falar em voz baixa- Eu já deixei bem claro que é pra você parar de me desafiar.
-Você não manda em mim! E eu tenho direito de vir aqui quantas vezes me der vontade! Ou a senhora esqueceu que essa é a casa do meu padrasto?
-Já entendi seu jogo! Você quer ficar perto de mim pra botar a mão no dinheiro de Norberto, não é?
-Eu sou sua filha, não sou você, não! Eu tenho um pai e um irmão, que sabe que eu vou voltar pra casa!
-Vai, então! Vai de uma vez! E vê se me esquece!
-A senhora é surda? Eu vou com você, não interessa se o seu marido sabe de Bento ou não!
-Com você, eu não vou pra canto nenhum! Até pensei em visitar Bento, mas depois do que você fez hoje, seduzindo o meu marido pra entrar na minha casa e me pressionar, não vou voltar com você! Nunca!
-Deixa de mentira! Você não tava pensando em ir nada! Queria era me ver e inventar qualquer desculpa pra não ir!- nesse momento, chegava Rique em sua nova moto, mas nenhuma de nós percebeu.
-Pode esquecer também a possibilidade de procurar Norberto na Lust! Vou ligar pra Gustavo e dizer pra ele dar ordem aos outros funcionários da boate pra proibirem sua entrada.
-Como é que a senhora tem coragem? Fingiu pro seu marido que eu era só mais uma menina que foi procurar emprego!
-Do mesmo jeito que você fingiu. Tão bem que Norberto ia te arrastar pra cama dele e você continuou mentindo. Quem é a atriz agora, filhinha?
-Será que você não entende? Bento tá morrendo!- o táxi chega e trouxe Celine, que vem até mim.
-Bento, Jayme e você estão no meu passado! Enterrados os três, ouviu bem? Eu vou dizer até você cansar: não quero mais saber de vocês! Aliás, eu só me casei com Jayme porque eu tava grávida de você! Se você não existisse, eu não teria perdido meu tempo com ele, e com essa família que eu nunca quis ter! Vê se para de me culpar por ter abandonado essa família há catorze anos! Ela não existe desde que foi formada! Pra mim, nunca existiu!
-Mas o que ela tá falando?- Rique escutava parte da conversa, e se mantinha distante.
-Olha aqui, sua desgraçada, vê como fala com Ariela!
-E você? Defende tanto ela por quê? Pra ganhar pontos com seu marido? Aquele também não vale grande coisa, não...
-Lava essa boca pra falar de Jayme!
-Grande homem que você defende! Um que é capaz de usar a filha pra ter a mulher dele de volta! Quantas vezes ele deve ter te levado pra cama pensando em mim?
Rique pensou em intervir na discussão quando Celine se descontrolou e deu uma bofetada em Vilma, mas desistiu. E nós continuamos sem vê-lo.
-Pena que os médicos pensem que seu filho é quem tá com problema no coração. Pior é você, que não tem nenhum.
-Dói a verdade, não é?- põe a mão no rosto- Aposto que essa menina, sozinha, não tinha como me achar. Foi ele quem me procurou, não foi?
-Fomos nós dois! Algum dia, os filhos dele iam perguntar de você, e a gente tinha a obrigação de explicar.
-Então explica pro Bento que eu não faço parte da vida dele, e não quero que ele faça da minha. E quanto a você, não adianta apelar pra chantagem. Eu vou continuar te blindando, até você tirar essa ideia estúpida da cabeça de me fazer voltar! Pode parar por aqui, com seu jogo de sedução, essa sua mania de querer me aterrorizar!
-Então reza! Reza pra ele ficar bom! Porque se ele não ficar, eu procuro seu marido até no inferno, e conto pra ele quem você é!
-Chega, Ariela. Até agora, a gente perdeu tempo com essa mulher! Não vale mais a pena. Vamos embora.
-Não, eu ainda tenho muito pra dizer a essa mulher.
-Eu disse que nós vamos embora! Chega! Já não basta o que você fez hoje? Vamos agora pro hotel!- Celine segurou meu braço e me pôs no táxi- Fique tranquila, Vilma, Ninguém da minha família vai te incomodar de novo, pode sossegar. Ouviu o que eu falei? Da minha família! Minha!- entrou no táxi também, muito nervosa.
Abalada com tudo que tinha passado- e com o que poderia ter se passado comigo- continuei sem perceber Rique cada vez mais perto. Desta vez, seguindo o táxi no qual estávamos.

/////

Querendo ou não, as minhas palavras amedrontaram Vilma. Ela começou a pensar numa forma de contornar aquela situação sem que o marido desconfiasse. Até que resolveu, ao entrar novamente na mansão, em usar o deslize que ele quase cometeu a seu favor. Norberto a esperava.
-O que você fez com aquela menina, Vivinha?
-O que você está esperando que eu fale? Que eu mandei matar? Não, Norberto, eu não tenho vocação pros seus serviços sujos- subiu pro quarto, seguida pelo marido. Sentou-se na cama, e fingiu estar abalada pela tentativa de adultério.
-Não vai dizer mais nada?
-Eu acho que... A gente precisa dar um tempo, Norberto.
-Como assim? Você tá se separando de mim por causa de uma coisa que não aconteceu?
-Por falta de tempo. Por falta de oportunidade. Porque eu cheguei bem na hora, Norberto. Mas a culpa não é daquela mulher, não. Se não fosse com ela, seria com qualquer outra. Até hoje, eu sempre achei que ninguém ocuparia o espaço que eu tenho. Já vi que me enganei.
-Por que acha que eu estou todo esse tempo com você?
-Porque eu sou sua mulher em todos os lugares, Norberto. Menos na cama. Lá, eu não consigo te satisfazer. Só sirvo pra cuidar da casa, mandar nos empregados e tentar dar um pouco de limite ao filho rebelde que na verdade é seu. Mas até nisso eu falho.
-Vivinha, me escuta...
-Me deixa sozinha, Norberto. Eu preciso descansar um pouco. Amanhã, eu arrumo as minhas coisas e vou pra algum lugar.
-Pensa bem no que você está fazendo, meu amor.
-O tempo que eu quero dar, Norberto, é pra você pensar. Não eu.

/////

Entramos no quarto do hotel em que estávamos hospedadas. Celine jogou a bolsa sobre a poltrona.
-Já passou de meia-noite. Se eu não tivesse ido te buscar, onde é que você ia estar, Ariela?
-Não era pra me tirar de lá! Eu não disse nem a metade do que ela e aquele marido dela mereciam ouvir! Você não tinha esse direito!
-Ah, eu esqueci que só você tem direito! Direito de me deixar louca, preocupada, a ponto de chamar a polícia! Seduzir o padrasto pra coagir a própria mãe? O que te passou pela cabeça, Ariela?
-Você diz isso porque não é com você!
-Deixa de ser egoísta! Sabe que Vilma não quer mais ter nenhuma relação com a família! E se esse homem tivesse abusado de você, eu ia dizer o quê pra seu pai?
-Já entendi tudo... Você me proibiu de procurar minha mãe, depois me procura na boate... Tá doida pra fofocar pro meu pai o que eu fiz, não é?
-Pode ficar certa de que eu vou contar pro seu pai! Só que eu não jogo baixo pra prejudicar ninguém! Eu fui bem clara quando disse que não queria você perto de Vilma!
-Eu faço o que eu quiser! Entende que você não manda em mim! Nunca mandou!
-Está enganada, Ariela! Seu pai só deixou você vir pra cá por acreditar que eu cuidaria de você! E se não fosse por mim, você não colocaria nem o pé num ônibus de rodoviária!
-Pois então liga- peguei o telefone do quarto e entreguei a Celine- Liga e conta tudo o que eu fiz.
-Ariela, para com isso! Me respeita, que eu sei o que estou fazendo.
-Respeitar por que, Celine? Você é uma mentirosa, finge que se importa com a gente pra ganhar pontos com Painho. Pensa que eu e Bento não vemos quem é você?
-Vai se calar ou quer que eu mesma dê o corretivo que está merecendo levar?
-Por quê? Você não é minha mãe! Aliás, você só baba o ovo da gente, meu e de Bento, pra esquecer que você é seca! Que não pode ter filho nenhum. Enquanto a Vilma, que nem se importa com a gente, conseguiu dar pro meu pai dois filhos!- pude machucá-la naquele momento.
-Tem razão. Nunca fui mãe. Vai ver que é por isso que... – deixa uma lágrima escorrer- Vai ver que é por isso que eu tenha tanto cuidado com você e Bento. Também não consegui realizar o sonho de me casar com seu pai. Eu sou só “amigada”, “chegada”, a “babá dos filhos do corno”. Mesmo assim, eu me satisfaço com pouco, Ariela. Porque eu não casei só com Jayme. Casei com os filhos dele.
-Se conforma com pouco? Problema seu.
Fui para o meu quarto. Estava certa que tinha tocado na ferida de Celine. Punia minha madrasta por ela ter impedido meu plano de continuar. Ouvia-lhe chorando. Sem remorso nenhum. Aos poucos, via que não era mais a mesma adolescente. Passei por cima da autoridade daquela mulher, ameaçando silenciosamente não parar, mesmo que eu voltasse pra casa.

/////

Naquela mesma manhã, acordei ouvindo uma ligação de Celine confirmando o voo da nossa volta para as dezesseis horas. Saí do meu quarto para confirmar. Pensei em pedir desculpas por tudo que eu disse. Ao abrir a porta, eu dei de cara com Rique, que me esperava no corredor.
-Você é aquele menino... Do táxi, não é?
-Pelo que eu tô vendo, não me esqueceu. Tanto é que foi me procurar.
-Te procurar? Como assim?
-Ontem você teve na minha casa. Eu vi você saindo de lá, batendo boca com Vivinha. Qual é o teu lance com ela, hein?
-Moço, você tá me confundindo com alguém...
-Ariela, é esse o seu nome, né? Só pode, pela cara que fez quando eu falei...
-Olha só, eu tô voltando pra casa, tenho que arrumar minhas coisas. Dá licença, por favor?
-Não precisa mentir pra mim. Eu vi você lá ontem, você e outra mulher, brigando com a mulher do meu pai.
-Espera... Norberto é teu pai?
-Você também conhece ele, não é? Quem é você? Mais uma dessas meninas que ele mandar trabalhar na boate? Porque se for, eu quero saber quanto.
-Quanto o quê?
-Quanto você cobra pelo programa.
-Não sou quem você tá pensando.
-Deixa de conversa. Eu vi a roupa que você tava usando, a hora que você saiu da minha casa... Vai me dizer que não veio por causa do meu pai? Aposto que Vilma tava daquele jeito porque pegou vocês dois no flagra.
-Você tá entendendo tudo errado, cara.
-Já saquei qual é a sua. E te confesso que, desde o dia do acidente, eu não consigo tirar seu rosto da minha cabeça. Por isso, eu vim até aqui.
-Me seguiu de madrugada? Você é louco! Eu vou chamar o segurança- agarrou-me com força- Quer me soltar?
-Porque com ele você faz programa e comigo você faz todo esse doce?
-Vem cá, eu já não te falei pra me largar?
-Com ele, você deixa, né? Se interessou pelo dinheiro dele, quer ficar cativa? Nossa,você deve cobrar muito caro, hein? Mas eu pago mais pra você ser minha, e agora.
-Solta Ariela agora, rapaz!- Celine chegou para me defender.
-E se eu não quiser soltar? Vai fazer o quê?
-Escuta, já não basta tudo que seu pai e aquela mulher dele fizeram pra ela? Ainda vem você pra infernizar Ariela? Some daqui, menino!
-Defende ela por quê? Leva sua parte toda vez que ela faz programa?
-Seu imbecil, solta Ariela agora- Celine tentou soltar o meu braço da mão de Rique, mas ele continuou agarrado a mim- Quer saber o que foi que ela foi fazer na sua casa?
-Celine, para!
-Enquanto você fica no bem-bom, com um pai bandido e uma madrasta que esbanja dinheiro por aí, o filho dela tá morrendo numa cama de hospital!
-Filho? De quem a senhora tá falando?
-Da Vilma! Ela é mãe de dois adolescentes, e um deles é Ariela!
Olhou pra mim como se eu estivesse prestes a aplicar um golpe em sua família. Não pôde ver verdade em meus olhos. Via dupla indignação- pelo fato de Celine ter revelado minha identidade a Rique e por não ter ainda atingido Vilma. Nem supunha que era questão de tempo...

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